Dois meses se passaram, e os survivors já estão contando os quase 300 dias que faltam até a próxima edição do 70000 tons of Metal. E para relembrar um pouco mais desta incrível experiência com fatos e fotos, confira a segunda parte da nossa resenha sobre a oitava edição do majestoso festival que agitou o Atlântico em fevereiro.
Para a primeira parte da resenha, clique aqui.
Dia 03
O terceiro dia é quando chegamos à paradisíaca ilha de Turks and Caicos, no mar do Caribe. Todos temos a opção de sair do navio e aproveitar a ilha, que oferece várias atrações pré agendadas como snorkel, passeios de caiaque, safaris etc. Os preços são salgados, mas vale a pena. Mesmo assim, muitos preferem continuar gastando suas doletas em cerveja, encontram um bar e seguem a confraternização que começou no navio. Relaxar num bar com vistas para o mar é também a opção de muitos músicos, assim as chances de tirar uma selfie com seu ídolo tendo o mar do Caribe como pano de fundo são bem grandes.
Tem também as espreguiçadeiras na praia, onde muitos aproveitam pra pegar um brone entre um mergulho e outro nas águas cristalinas deste lugar fantástico. Independente da escolha, a galera reembarca sorridente depois de um dia ensolarado e bem relaxado. A intensidade do festival pede este break, músicos e fãs agradecem.
Quando o navio zarpa novamente, desta vez com o destino de volta a Fort Lauderdale, as primeiras bandas do dia já estão no palco. No caso, DIE APOKALYPTISCHEN REITER no pool deck e EVERTALE no Studio B”. Entre 17:00 e 06:00 da matina, foram 29 shows em 4 palcos. Sequência matadora no “pool deck”, o palco mais legal do festival, qu teve EXODUS, SEPULTURA, MESHUGGAH, SONATA ARCTICA e INSOMNIUM.
Pequena amostra dos brasileiros a bordo – Foto por Seed Htx
O SEPULTURA ja tinha matado a vontade de muito headbagers vê-los ao vivo no 70000 tons of Metal, durante a apresentação do dia anterior. Mas tocar no palco open air é especial, é lá que todos gostam de estar, o astral é incrível, e dá pra escolher diferentes formas de assistir ao show, seja da pista, dos decks superiores, ou dos ofurôs localizados na frente ou ao lado do palco. E durante o segundo set do SEPULTURA, a festa foi em todos estes lugares! Mais uma excelente apresentação da banda.
Exodus no pool deck
Em cada apresentação do SONATA ARCTICA, a banda tocou um setlist distinto, mudando quase todas as músicas de um show pra outro. Ainda assim, teve gente que saiu insatisfeita, pois esperava um show mais pesado dos finlandeses. Mas para os fãs mais aficcionados, ter a chance de ver ao vivo ‘White Pearl, Black Oceans’ partes I e II na íntegra, foi realmente especial.
Um grande destaque da noite foi o FREEDOM CALL, que se apresentou no teatro Alhambra. A banda já tinha feito bonito em 2014, primeira vez em que se apresentou no festival. Desta vez, os caras detonaram ainda mais! Além de estar entre os caras mais gente fina do cruzeiro, os alemães fizeram todo mundo se mexer com seu “Happy Metal”, músicas cheias de energia e talento cantadas sempre com um sorrisão no rosto de todos eles (e todos nós). Sem dúvida merecem o pool deck e mais tempo de show na próxima vez.
Dia 04.
E eis que chega o último dia de festival. Até então 3 dias intensos, vivos, incríveis. Todo mundo cansado por tentar (e conseguir) se manter acordado para aproveitar ao máximo o que o cruzeiro tem a oferecer. E não sei de onde, mas tiramos aquela última reserva de energia para curtir a finaleira do evento. Também, está fora de cogitação perder bandas como o KREATOR ou o RHAPSODY no pool deck, nem os gigantes do SABATON, e muito menos o fechamento do cruzeiro com o ALESTORM. No total, 31 shows no dia, além de atrações especiais.
Depois do café da manhã ao som do EXCITER e do DESTRUCTION, foi a vez do tradicional “Belly Flop Contest”, competição onde os participantes mostram todo seu talento em dar barrigadas na piscina. E quem vota são músicos, que se divertem mais do que prestam atenção. É divertido e sempre lotado de público, que se divide ainda para ver as bandas que tocam no mesmo horário. Ainda, tem aqueles que estão recarregando as energias, dormindo confortavelmente em suas cabines.
No último dia também acontece o “All Star Jam”, apresentado pelo Jeff Waters (Annihilator). É o momento de ver talentos combinados no palco. Músicos de várias bandas se reúnem para tocar clássicos de Heavy Metal. Se por um lado é bom demais e sai muita coisa boa, por outro tem vocalista que não sabe nem o ritmo de clássicos do Iron Maiden, muito menos a letra. De qualquer maneira, é uma grande festa que lota o teatro principal (Alhambra), e muita gente fica em pé ou nem consegue assistir. Já virou uma tradição do festival.
Dos shows do último dia, destaque para o IN EXTREMO que colocou todo mundo pra dançar no pool deck, com seu rock moderno com uma boa pegada folk. O RHAPSODY também agradou muito, showzaço, e como é bom finalmente ver o Luca Turilli de volta ao palco com a banda, o que deixa a performance ainda mais especial. E o KREATOR, um dos grandes nomes do Thrash Metal que sempre manda muito bem ao vivo.
Além de nomes bem conhecidos como os citados acima, algumas bandas são menos populares, mas certamente merecem seu lugar ao sol. Uma coisa muito boa sobre o 70000 tons of Metal é que traz a oportunidade de conhecer bandas novas, que você ainda nem tinha ouvido falar, ou ao menos não cogitaria pagar para ver seu show. Uma boa surpresa foram os estonianos do METSATÖLL. Tinha visto alguns clipes da banda antes do cruzeiro, achei legal mas não me impressionei. Mas quando vi ao vivo, UAU !! E não fui a única, um bom público prestigiou a forte raíz folk que a banda traz, com ótimas melodias que funcionam muito bem ao vivo. E mais, os caras da banda levam o público muito bem.
Outra banda muito boa, extremamente técnica, é o THRESHOLD, que já havia se apresentado no festival em 2015. Preencheu bem o pouco espaço dado à música mais progressiva.
É também neste dia que o criador, organizador do festival e nosso querido “skipper”, Andy Piller, agradece a todos, fala um pouquinho do festival e anuncia o que está por vir no ano seguinte. Mas o discurso dele não marca o fim do festival, pois ainda tinham mais bandas para tocar, entre elas o SABATON, que fez um show bonito de se ver no Alhambra, abarrotada de gente.
Em termos de show, o gran finale ficou para o carismático Chris Bowes e sua turma do ALESTORM. O show foi ótimo, mas o que marcou mesmo foi a morte do pato, este simpático animal inflável que aparece atrás do Chris na foto abaixo, durante o show. Definitivamente uma das bandas com maior talento em entreter e divertir o público.
A noite continuou com o “70000 tons of karaoke”. Na última noite, o solário é usado para o karaokê, e bastante gente comparece, já que é a última oportunidade de confraternizar com a galera e celebrar o sucesso de mais um 70000 tons of Metal. Ainda bem que ano que vem tem mais, então anota aí: de 31 de janeiro a 04 de fevereiro de 2019, com destino a Labadee, no Haiti.
Confira a primeira parte da resenha aqui.
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