Blind Guardian é uma banda alemã que surgiu em meados da década de 80, na cidade de Krefeld. No principio se chamava Lucifer’s Heritage, mas mudou seu nome porque foram chamados de satanistas e suas demos foram incluídas na sessão de black metal (sendo que nem seus temas e nem sua música tem conexões com esse estilo). Seu primeiro álbum foi lançado em 1988, já com o nome definitivo, com o titulo Batallions of Fear. O estilo da banda gera algumas dicussões, até porque ele variou bastante com o tempo. Eu costumo enquadra-la simplesmente como Power Metal, porém, como entre os headbangers existem muitas discuções de gêneros e subgêneros, é bastante aceito dizer que a banda começou como Speed Metal e depois de algum tempo acabou transformando-se em Power Metal, e finalmente Power Metal Sinfônico (o que quer que isso signifique, pra mim é a mesma coisa).
Podemos identificar facilmente influencias de Helloween (incluso porque o primeiro vocalista e guitarrista desta banda, Kai Hansen, fez muitas participações especiais no Blind Guardian). Em alguns álbuns também encontramos influencia de bandas como Queen e Rush. Os temas abordados pela banda são relacionados a literatura fantástica, principalmente aos livros de J. R. R. Tolkien (Stephen King, mitologia e religião tão aí também).
A banda originalmente era formada por Hansi Kursch (vocal e baixo), Andre Olbrich (guitarra), Marcus Siepen (guitarra) e Thomen Stauch (bateria), e não teve muitas modificações. Apenas o vocalista largou o baixo, e o baterista foi recentemente substituído por Frederik Ehnke. Oliver Holzwarth (baixo) e Pat Bender (teclados) atuam na banda como músicos contratados.
Seguem os comentários sobre alguns álbuns, tentando abarcar os mais importantes e exemplificar e variedade da banda ao longo de sua carreira:
Batallions of Fear (1988) – É o primeiro álbum da banda. Eles tem um som bastante cru e rápido, bastante próximo daquilo que se chama Speed metal. Este álbum se inicia com uma das músicas mais conhecidas da banda, Majesty, que tem sua temática ligada a O Senhor dos Anéis (como quase tudo deles, diga-se de passagem)
Tales from the Twillight World (1990) – Terceiro álbum da banda, é considerado como transição entre o Speed Metal e o Power Metal. É formado por faixas rápidas e pesadas como Welcome to Dying, porem já tem músicas mais trabalhadas como The Last Candle, e a primeira balada da banda: Lord of The Rings. Conta com a participação especial de Kai Hansen na faixa Lost in the Twilight Hall.
Imaginations From the Other Side (1995) – Quinto álbum da banda. Para uma parte considerável dos fãs, o melhor de todos. Álbum muito bem trabalhado, com um quase perfeito equilíbrio entre peso e melodia, a essência do Power Metal. Neste álbum encontramos alguns dos maiores clássicos da banda, como Bright Eyes, Born in a Mourning Hall e A Past and Future Secret. É indispensável pra qualquer um que goste deste estilo.
Nightfall in Middle-Earth (1998) – Sexto álbum da banda, provavelmente o mais conhecido, e divide o titulo de melhor álbum da banda com seu antecessor. A temática deste álbum é inteiramente voltada para o livro de J. R. R. Tolkien chamado O Silmarillion (que narra a Primeira Era da Terra-Média, os eventos que antecederam O Senhor dos Anéis). Neste álbum, a melodia supera um pouco o peso, então alguns começam a chamar seu estilo de Power Metal Sinfônico. É indispensável para qualquer um que goste de Tolkien.
A Twist in the Mith (2006) – Oitavo álbum, e ultimo lançado até o momento, e o primeiro com o novo baterista. É mais pesado que seu antecessor (A Night at the Opera), chegando mais ou menos na mesma relação melodia/peso que o Nightfall in Middle-Earth, porem, com muito menos “ar épico”. Apesar disso é um ótimo álbum que, a meu ver compete sem problemas para estar entre os melhores da banda, apesar de muitos fãs discordarem disso. Entre suas músicas destacam-se Fly e a balada Skalds and Shadows.
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