Trinta anos de Thrash Metal! Pense que alguns de vocês leitores da Ilha do Metal nem tinham nascido ainda, enquanto que os alemães do DESTRUCTION já estavam quebrando tudo por ai. Melhor, ainda continuam quebrando tudo como foi visto na noite do dia 03/02/13 no Via Marquês em São Paulo! Confesso que existia um certo receio após as confusões ocorridas em Curitiba (o show teve que mudar de data por problemas técnicos) e com os problemas do agendamento do show de São Paulo (veja aqui), mas tudo ocorreu bem!
Por: Bradock
Fotos: Érika Beganskas – http://www.flickr.com/photos/erikabeganskas/
Edi Fortini – http://www.flickr.com/photos/efortini/
Em uma noite agradável de domingo a cidade de São Paulo pode presenciar novamente o thrash metal do Destruction. A banda já “bate cartão” aqui na cidade sempre fazendo ótimos shows, e o dessa noite não foi diferente. Porém, faz-se necessário comentar sobre os shows de abertura.
A primeira banda a subir ao palco por volta das 18:15 foi a NERVOSA. Logo de cara já foi possível notar uma surpresa: para quem não sabe a baterista Fernanda Terra havia deixado o grupo em 2012. A dúvida seria quem iria ser sua substituta. Tal posto fora ocupado pelo baterista do Torture Squad Amílcar Christófaro para deleite da galera. Infelizmente a casa ainda estava bem vazia quando a banda subiu ao palco. Divulgando a demo “Nervosa” e já gravando um novo álbum o que se viu foi uma banda muito mais segura e coesa no palco. Fernanda Lira (vocal/baixo) e Prika Amaral (guitarra) parecem estar bem mais à vontade mostrando que a banda tem muito potencial para crescer! Um bom show!
Como estamos falando de comemorações o GENOCÍDIO foi a próxima banda a subir ao palco comemorando seus incríveis 25 anos de estrada! Incríveis em se tratando de Brasil. Uma pena foi perceber que o público reagiu de maneira um pouco fria ao show. Efetivamente a única música que realmente mexeu com a galera foi o cover do Venom “Black Metal”. Mesmo assim, a banda fez um show muito bom e direto sendo a estreia do baterista João Gobo em São Paulo. A boa notícia é que o grupo anunciou que o novo disco, In Love With Hatred, já está em fase de gravação. Vamos aguardar!
Agora estava na hora do DESTRUCTION subir ao palco! A casa apresentava com um público médio (talvez umas 400 pessoas) ávido pelos alemães. Porém, algo realmente irritante parecia acontecer no palco. Durante 47 minutos (sim, não tinha nada o que fazer e fiquei cronometrando o tempo!) os roadies ficaram testando e testando e testando e testando e testando e testando os malditos microfones! Notava-se claramente o descontentamento geral da galera que não aguentava mais ouvir aquele blá blá blá que os caras ficavam falando. Após essa espera torturante que pareceu ter durado uma eternidade finalmente as luzes se apagaram para histeria coletiva! Finalmente o trio liderado por Marcel “Schmier” Schirmer (baixo/vocal), Mike Sifringer (guitarra) e o estreante Vaaver (bateria/backing vocal) subira ao palco. A banda já começou com uma voadora no peito abrindo o show com Thrash Till Death. Como se tratava da tour de divulgação do novo álbum (Spiritual Genocide) a segunda música foi justamente a faixa título esfriando um pouco o público. Um soco no pâncreas veio em seguida: Nailed to the Cross. Até a quarta música (desenterraram Satan ´s Vengeance) o som estava embolado, só melhorando efetivamente em Mad Butcher. O show seguiu com a nova Carnivore, seguida de Eternal Ban, Life Without Sense, Cyanide e Antichrist. Chegara a hora do baterista Vaaver fazer seu solo! Eu toco bateria e simplesmente acho muito chato mesmo solo de bateria durante show! Só serve para esfriar a galera. Seria muito mais útil tocar uma música a mais, colocar alguém para ficar contando piada ou mostrar algumas videocassetadas nesse tempo, mas até que o solo não foi longo, ainda bem,…Já imendaram com mais um clássico: Tormentor, seguida de Hate is my Fuel. Schmier pediu que o público escolhesse uma música. Após algumas sugestões a escolhida foi Death Trap. A galera no mosh pit ficou enlouquecida! Várias rodas foram abertas durante o show mostrando a animação do público. O show estava chegando ao seu fim quando o clássico absoluto The Butcher Strikes Back foi tocado. Após Total Desaster, veio a penúltima: Bestial Invasion. Imagine você no meio de 40 mulheres solteironas encalhadas no momento em que um buquê de noiva é jogado. Foi exatamente essa a sensação provocada pela roda gigantesca formada nessa música! Para aqueles que sobreviveram ainda restava a última da noite: Curse the Gods para fechar com propriedade mais um show intenso.
Falando sobre a atuação dos músicos: Schmier sempre à vontade no palco com seu três microfones, andando de uma lado para outro sem parar e cantando muito. O estreante Vaaver realmente é muito mais técnico em relação ao seu antecessor Marc Reign, mas agita pouco, talvez por estar muito concentrado. Porém, os backing vocals graves realizados por ele encaixaram muito bem com o vocal de Schmier. Já Mike é um caso à parte. Quem olha para aquele cara estranho, todo feio com cabelo armado daquela sua tia velha que vive com sete gatos em uma kitchenette realmente não bota fé no cara, mas quando pega a guitarra vemos aquela figura se transformar em um verdadeiro monstro com um caminhão de riffs, solos e bases absurdas. Na minha humilde opinião sempre será o destaque do Destruction!
Com certeza a banda deixa uma ótima impressão nos fãs que presenciaram o evento, mostrando músicas novas, mas mantendo um set list recheado de clássicos que todos querem ouvir.
SET LIST
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Thrash Till Death
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Spiritual Genocide
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Nailed to the Cross
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Satan’s Vengeance
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Mad Butcher
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Carnivore
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Eternal Ban
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Life Without Sense
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Cyanide
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Antichrist
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Solo Bateria
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Tormentor
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Hate Is My Fuel
- Death Trap
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The Butcher Strikes Back
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Total Desaster
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Bestial Invasion
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Curse the Gods
Agradecimentos: Assessoria de Imprensa Hoffman & O´Brian e à produção do evento pelo credenciamento.
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Tags: 04/02/13 • Destruction • Genocídio • Nervosa • São Paulo • Show • Via Marquês
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