Após quatro anos de uma memorável apresentação em São Paulo, os suecos do Hypocrisy retornaram para mais um turnê impecável, onde misturaram grandes clássicos e novos sucessos de forma equilibrada para grande apreciação dos fãs.
Resenha: Vinícius Starteri
Fotos: Marcos Cesar (Bullino.Inc)
Agradecimentos: Costábile Salzano Jr.
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Para uma noite de feriado, já era de se esperar uma boa massa de fãs da música extrema neste show, e foi o que realmente aconteceu. Pois não seria apenas a apresentação dos “pais” do death metal sueco, mas sim uma festa de celebração de culturas (tanto brasileira como sueca).
Às 18 horas a casa foi aberta com uma fila realmente expressiva, pois muitos estavam ansiosos para uma das grandes apresentações da noite, a banda de death metal paulistana Torture Squad.
A banda subiu ao palco pontualmente às 18h30 e deu o pontapé inicial para a turnê de seu novo álbum “Esquadrão da Tortura” (2013) com um setlist meticuloso e bem estruturado para a ocasião. O novo álbum é o primeiro registro com André Evaristo nos vocais, que agora, além de guitarrista é também o frontman da banda.
Com a casa com um número bem grande de espectadores, o Torture Squad não deixou ninguém poupando energia para o próximo show e fez muitos entortarem começando o show com uma bateria de três músicas incríveis do novo álbum “No Escape From Hell”, “Pull The Trigger” e “Pátria Livre”.
Após a execução das novas canções, o público ovacionava por Torture Squad com grande ênfase. Foi então que André Evaristo anunciou o grande clássico da banda, Pandemonium do seu álbum homônimo.
A banda se manteu imponente a todo instante e mostrou o porque são um dos grandes símbolos do metal nacional. E após a execução da música “The Beast Within” do álbum Hellbound (2008), o baterista Amilcar Christófaro realizou um solo de bateria imponente, e assim, levando o público a loucura. Essa foi a deixa para começar a nova música “Nothing to Declare”, que deixou muitos espantados pela sua base forte do instrumental.
Com mais duas músicas fenomenais, a banda anuncia sua última música “Horror And Torture” que digamos que foi a chave de ouro para fechar essa excelente apresentação.
Após anos de ver a cena brasileira relativamente fraca em abertura de shows, com público vazio e lotação após o término de suas apresentações, a banda Torture Squad quebrou este paradigma mostrando que isso está começando a mudar até nos shows mais extremos, com uma ótima recepção do público e grande aclamação do mesmo após o término.
Enfim a hora mais aguardada pelos fãs, a banda Hypocrisy subia pontualmente às 21h no palco para mais uma apresentação que marcaria na memória de muitos brasileiros naquele feriado ameno. Quando Peter Tägtgren surgiu, o público grito ensandecisamente por Hypocrisy e sem delongas se iniciava a faixa homônima do mais recente álbum e da atual turnê, “End Of Disclosure” (2013).
Com aquele som background que mistura a genialidade melódica sueca com o peso impactante do instrumental, fez os headbangers brasileiros sentirem na alma o que é a banda Hypocrisy. Foi como uma grande sinfonia anunciando o fim do mundo, e sem perder tempo, os fãs mais alucinados subiram até em cima do ombro de seus amigos para querer se aproximar ainda mais da banda.
Foi então que sem pausas, uma sequência devastadora foi executada. As músicas “The Tale Of Thy Spineless”, “Fracture Millenium”e o clássico “Killing Art” levou o público ao delírio, onde diversas pessoas balançaram suas cabeças de forma sincronizada junto a banda, dando um ar de orquestra ao Carioca Club.
Após um grande “punch” sonoro, Peter disse ao público que já fazia tempo que não voltavam, e prometeu que não demoraria mais tanto tempo assim para retornar. Foi então que o mesmo anunciou mais uma nova música, que particularmente é a melhor do mais recente álbum, a música denominada “The Eye”. Logo em seguida a banda emendou a excelentíssima “Valley Of The Damned” do penúltimo álbum “A Taste of Extreme Divinity” (2009) e Fire In The Sky do álbum “Into The Abyss” (2003).
Outro discurso e grande interatividade com os fãs, Peter Tägtgren soltou uma leve piada para “quebrar o gelo” e fazer o público se sentir mais a vontade com a banda, pois o povo aclamava repetidamente por Hypocrisy e Peter respondeu:
“- Vocês gritaram para a gente, mas agora a gente também vai gritar um pouco para vocês”
E iniciou um grande medley para espanto da platéia, com a sequência absurda de “Pleasure Of Molestation/Osculum Obscenum/Penetralia”, nesse sequência de músicas que viria junto ao medley era altamente perceptível a ótima equalização do som, onde esbanjou equilíbrio dos agudos aos graves. O som ecoou por todo Carioca Club de forma imponente, fazendo até fãs mais novos ficarem impressionados com tal apresentação.
Esta parte do show se estendeu por mais cinco músicas fora o medley, e individualmente cada uma mais formidável que a outra, até a execução de “Warpath” do álbum Virus (2005) onde fez que o público se mantivesse mais aficionado pelos suecos, pois Peter pegou a bandeira do Brasil e disse que adorava este país. Após essa demonstração de afeto pelos fãs, a banda encerrou sua parte principal com “The Final Chapter” do álbum homônimo The Final Chapter (1997).
A banda se despedia do palco com um ar de graça, pois teríamos um bis incrível a ser executado, mas a única coisa que se ouvia dos fanáticos que estavam na frente do palco era os gritos de mais músicas. E após uma pausa de pouquíssimos minutos, todos retornariam ao palco para execução do bis, e obviamente, das músicas mais esperadas pelo show.
Quando iniciou-se o hino “Roswell 47” do álbum Abducted (1996), foi a gota d’água para que os fãs ficassem totalmente enlouquecidos, a mistura da base pesada com a introdução melódica foi ecoada dentro da alma, digamos que este foi o ponto mais forte do show. E para fechar esta apresentação memorável, quee diga-se de passagem, que tem tudo para ser um dos melhores shows de 2013, as músicas “Adjusting the Sun” do álbum “The Final Chapter” (1997) e “Eraser” do álbum “The Arrival” (2007) foram executadas de forma simplória para alegrar a noite dos fãs que já estavam satisfeitos com o belo espetáculo ali visto.
Poucas apresentações foram tão tocantes ao público como vimos neste show, onde fãs extremos da música aplaudiram ininterruptamente no fim do show e inclusive alguns relataram que se sentiram tão satisfeitos como a última apresentação em 2010.
SETLIST TORTURE SQUAD:
– No Escape From Hell
– Pull The Trigger
– Pátria Livre
– Pandemonium
– Living For The Kill
– Come To Torture
– The Beast Within
– Nothing to Declare
– Fear To The World
BIS:
– Chaos Corporation
– Horror And Torture
SETLIST HYPOCRISY:
– End of Disclosure
– The Tale Of Thy Spineless
– Fractured Millenium
– Killing Art
– The Eye
– Valley Of The Damned
– Fire In The Sky
– Pleasure Of Molestation/Osculum Obscenum/Penetralia (medley)
– Buried
– Elastic Inverted Visions
– 44 Double Zero
– Warpath
– The Final Chapter
BIS:
– Roswell 47
– Adjusting The Sun
– Eraser
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Tags: End Of Disclosure • Esquadrão da Tortura • Hypocrisy • Peter Tagtgren • Torture Squad
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