Echo & The Bunnymen @ HSBC Brasil – São Paulo/SP (02/11/14)
Postado em 30/11/2014


Quatro anos após a ultima passagem pelo país, os dois rapazes de Liverpool mais uma vez retornam as terras tupiniquins para dois shows, um em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro.

É notório que o Echo & The Bunnymen tem um grande elo com o público brasileiro, pois o primeiro show dos ingleses no país foi em 1987, na época a banda estava no auge, nem o público e nem a critica estava esperando pelo que aconteceu. O líder, Ian McCulloch, conta sempre destes shows, inclusive na biografia oficial da banda, como alguns dos melhores que os Bunnymens fizeram em toda carreira.

Naquela ocasião eles aproveitaram para gravar o clipe para a faixa “The Game” – que se passa em São Paulo, na lanchonete Bunny, localizada na Rua da Consolação, e pelos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro.

Agora a banda retorna para promover o seu mais recente álbum Meteorites, que andou tendo grande aceitação dos americanos, a turnê do álbum passou pelos EUA e contou com shows esgotados e participação em grandes programas televisivos como o “Late Show With David Letterman“.

Após um show conturbado no RJ, que contou com uma série de problemas de som que acarretaram no encurtamento do setlist, o Echo agora, desembarca em São Paulo.

O Domingo era quente e as ameaças de chuva ao longo do dia foram frequentes, mesmo assim o público paulista compareceu em peso ao show dos ingleses, precisamente as oito e meia da noite, Ian McCulloch, Will Seargeant & Cia, entram em cena com a belíssima “Meteorites“, faixa-título do mais recente trabalho do grupo.

Já de cara podia se perceber que aquele não seria somente “mais um show“, pois o público cantou em plenos pulmões os versos da nova canção, deixando Ian visivelmente emocionado.

Se com o trabalho novo a platéia se mostrava empolgada imagina com os clássicos, “Rescue“ veio em seguida, música que abria a maioria dos shows da banda nos anos 80 e 90, e claro…inflamou ainda mais o público.

“Do It Clean”, foi tocada de uma forma ortodoxa, misturada com “When I Fall in Love”, que foi imortalizada na voz de Nat King Cole, e “Sex Machine” da lenda James Brown, mostrando que há sim, influencia da música negra no som do grupo, mesmo que de uma forma suave.

“Never Stop“, clássico de 83 que nunca saiu do set list dos ingleses veio seguida de “People Are Strange“, clássico do The Doors que foi regravado pelo grupo de Liverpool para a trilha sonora do filme “The Lost Boys, a faixa foi produzida por Ray Manzarek o tecladista do grupo de Jim Morrisson.

Ian e Will se mostram visivelmente emocionados com a resposta do público, e conversam entre si dizendo: “É, parece que teremos o público mais alto da turnê hoje, vamos ver como vocês se saem na próxima canção“, os acordes de violão anunciam “Seven Seas“, e a reação do público é imediata, Mr.Lips (como foi apelidado McCulloch, pelos brasileiros em 87, por conta de “Lips Like Sugar“, que estava bombando nas rádios do país), se afasta do microfone para apreciar o som do agitado público na hora do refrão.

 “Bedbugs and Ballyhoo” vem seguida de “Holy Moses“, a faixa mais comercial do no novo álbum, que ganhou grande repercussão após ser executada no programa de David Letterman, o público cantou em alto e bom som as partes de Stephen Brannan, mostrando  para os ingleses que o público brasileiro dá sim importância para os matérias mais recentes do grupo.

A lenta “Rust“ do subestimado álbum What Are You Going To Do With Your Life?, veio para aquecer o coração dos casais apaixonados da platéia.

A seguir temos “All My Colours“ e “Over the Wall“, dois clássicos de “Heaven Up Here“, segundo álbum da banda, lançado em 81, que teve grande impacto no Reino Unido.

 “Constantinople“, de “Meteorites“ vem na sequencia e “All That Jazz“ do debut do grupo vem para preparar o público para o que ainda estava por vir.

McCulloch então anuncia: “A próxima música é para se cantar junto”, Bring On The Dancing Horses vem para iniciar a sequencia de clássicos, durante o refrão Ian pede para que os músicos parém de tocar, pois quem estava dando o verdadeiro show era o público que entoava em plenos pulmões os versos da música.

Durante a parte do baixo, o vocalista chamou as palmas no ritmo da música e na primeira vez que o público o acompanhou, ele parecia ter tomado um susto, tamanho o barulho emitido pela platéia.

Ian ia os microfone cantando bem baixinho, parecia que ele não queria atrapalhar o belíssimo coro do caloroso público paulista que demorou para parar de aplaudir.

“The Killing Moon“ o maior sucesso do grupo, que faz parte da trilha sonora de diversos filmes, veio para fazer todos sentirem vontade de namorar a lua.

À arrebatadora “The Cutter“, vem para finalizar a primeira parte do set, a música quando executada ao vivo, normalmente é prejudicada pela debilitada voz de Ian, porém em São Paulo isso não foi problema pois o público cantou toda a letra em alto e bom som, tirando risadas do melancólico McCulloch e do “frio“ Sergeant.

Quando a banda sai de cena a platéia mostra que ainda queria mais, e faz MUITO barulho até a volta dos ingleses, com um sorriso no rosto, Mr.Lips ve uma placa na mão de uma fã, pedindo para que eles cantassem “The Game“, e ele se faz de difícil, dizendo “nós não a tocamos á muito tempo, nem ensaiamos“, e então ele começa a cantar os primeiros versos da faixa que acabou se tornando o “hino oficial da banda“ no país por conta do clipe gravado aqui. Quando o vocalista esquecia a letra o público continuava, naquele momento eles haviam conquistado de vez o coração de todos que ali estavam.

Após mais uma chuva de aplausos ele anuncia “Nothing Lasts Forever“, o maior sucesso do grupo nos anos 90, que conta na versão original com os backing vocals de Liam Gallagher, do Oasis, ao vivo a banda faz mais uma de suas misturas “Walk On The Wild Side“ de Lou Reed é executada antes do ultimo verso da música.

Ian faz alusão a Rua Augusta, em um dos refrões, mostrando mais uma vez sua ligação com o país, “Don’t Let Me Down”, “In the Midnight Hour “ e “Coney Island Baby” também entram no medley.

 “Lips Like Sugar“, clássico do “Gray album“, que resultou na primeira e histórica passagem do grupo pelo país, veio para finalizar o bis, ao final Ian ressalta: “Definitivamente o público mais alto da turnê, obrigado Brasil, obrigado São Paulo, aqui nós nos sentimos queridos.“

Porém para o público o show não podia acabar ainda, e sob muitos gritos e coros de retorno o Echo & The Bunnymen, retorna para a ultima canção, “Ocean Rain“, faixa-título do mais famoso e aclamado álbum do grupo.

Após dar o seu melhor e receber o melhor do público, Ian, Will & Cia, saem de cena ovacionados e com um grande e visível sorriso no rosto, deixando bem claro que a cada passagem dos “dois rapazes de Liverpool” pelo país, o elo com o púbico brasileiro fica mais forte.

 

Agradecimento a banda Echo & The Bunnymen pelo credenciamento do site no show de São Paulo

Echo&TB2014

 

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