Desde o anuncio do show por parte do Sesc aos clássicos e desbravadores discos da Coletânea SP Metal, seria realidade do alvoroço que foi os dois dias de apresentação e era certeza de casa cheia, e com muitos do pessoal da época, alguns bem saudosos em relação a aquela “União” que existia nos anos 80 e os espaços para Heavy Metal eram raríssimos.
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Fotos: Marcos “Bullino” e Wallace Andrade
A movimentação no Sesc começou algumas horas antes da apresentação em cada um dos dias, com pessoas mais experientes digamos assim do que normalmente temos nos shows que usualmente estamos cobrindo e a cada hora que aproximava. Outro fator importante e quando Luis Carlos Calanca subiu ao palco ele lembrou que nos anos 80 não existia material importado no Brasil, a abertura feita pelo para importação de instrumentos importados ocorreu vários anos após o lançamento da coletânea e a gravação dos Lp’s foi feita então com todos instrumentos 100% nacionais e o visionário empresário lembrou que tocando hoje no SESC certamente o som e e a iluminação seria um espetáculo com melhor qualidade que os antológicos discos.
Dia 1 – Vírus, Salário Mínimo e Centúrias
A primeira noite começo com o Virus que se reuniu especialmente para o evento e teve em sua formação Flávio de Barros nos vocais Fernando e Renato De Barros na guitarra, Deio no baixo e Lucio Del Cielo na bateria, começaram com a faixa instrumental e bluesistica Ignis e na intro da seguinte a faixa Mathew Hopkins, mencionaram que a inquisição ocorreu no Século 19, e para quem aprecia historia aquilo doeu na alma ( Já que o nome da música se refere a um caçador de bruxas do século 17), mas mesmo assim, ver aquela levada anos 80 que só quem viveu sabe, e ao final ao Riff do filme Contatos imediatos do terceiro Grau de Steven Spielberg e o solo da música impressiona pois desde os anos 80 prova que já tínhamos grandes guitarristas.
A seguinte mostra como a influencia do cinema ecoa nas músicas, se hoje temos temas de zumbis, e o senhor dos anéis, na época havia muitos filmes de ficção científica e a faixa Povo dos Céus, ecoam isso numa clara referencia ao livro/filme Eram os Deuses astronautas e mais um grande solo do Guitarrista Fernando Piu. Assim se seguiu nas Faixas Sacrificio, O Eremita e finalizaram com a segunda do SP metal com Batalha no Setor Antares.
Como a banda voltou para o evento o show realmente surpreendeu e fez um belo show e esperamos que o Virus de continuidade as atividades e que tenham mais shows em 2015.
Ignis
Mathew Hopkins
Povo Do Céu
Sacrifício
O Eremita
Batalha No Setor Antares
Chegava a hora de um dos maiores frutos do SP Metal, o poderoso Salário Minimo que como teve troca de todo equipamento a troca de palco nos dias teve uma média de 20 minutos, e quando apagou a luz, China Lee (vocal), Daniel Beretta (guitarra), Junior Muzilli (guitarra), Diego Lessa (baixo) e Marcelo Campos (bateria) sobem ao palco e de cara já tivemos Delírio Estelar do próprio SP Metal.
China Lee desta vez falou muito pouco, o que venhamos é raro para o excelente frontman, talvez até pelo pouco tempo que tinham no palco já colocaram na sequencia 3 clássicos do seu debut Beijo Fatal, Anjos da Escuridão e Noite do Rock que claro teve a intro mais que clássica de China convocando todos a cantarem. Vale destacar quando o grande batera Paulão Thimas subiu ao palco para cantar Cabeça Metal e quase foi expulso pelos seguranças, mas contido pelo China ele pode ficar e cantar junto, sem contar que nesta segunda faixa do Salário Mínimo no SP Metal com Cabeça Metal, onde tivemos o momento mais fofura do show quando a filha de China Lee sobre ao palco no colo do vocalista que a apresenta a todos da plateia mostrando seu futuro do Rock.
Realmente show do Salário é um ponto fora da curva, a banda sabe como se posicionar, como agitar com uma presença de palco sempre muito acima da média
Delírio Estelar
Beijo Fatal
Anjos Da Escuridão
Noite De Rock
Cabeça Metal
Centúrias no palco também após o tempo de troca de palco para fechar o primeiro dia da homenagem ao SP Metal e dessa vez com outra formação Nilton “Cachorrão” Zanelli, Ricardo Ravache, Júlio Príncipe e o novo guitarrista Eduardo Boccomino que pareceu bem entrosado com a banda, até talvez pela experiência de Eduardo em outras bandas bem conhecidas do meio.
O set do Centurias foi bem interessantes que acabou tendo músicas de toda sua discografia desde a abertura com Guerra e paz, até seu último lançamento, o novo single Rompendo o silêncio, da qual tocaram sobreviver sem esquecer claro dos hits Duas Rodas, que claro teve a participação de Paulão Thomas, atual Kamboja, mas que gravou a faixa no SP Metal, seguido por Portas negras e finalizaram com a grande Metal Comando.
Vale destacar que no show não tivemos a clássica plaquinha de Poser, que foi substituída em homenagem a baratos Afins a plaquinha teve o símbolo da loja e selo que nos brindou com o SP Metal. E assim finalizou o primeiro dia.
Guerra e Paz
Fortes Olhos
Sobreviver
Cidade Perdida
Senhores Da Razão
Duas Rodas
Portas Negras
Metal Comando
Dia 2 – Santuário, Abutre e Korzus
O Segundo dia que também teve lotação máxima da casa, e muita gente que foi comprar na porta, deu com a bilheteria escrita esgotado, e teve que assistir ao show do lado de fora e nessas condições tivemos no mínimo umas 30 pessoas por dia, e ai lembramos a importância de sempre comprar antecipado todo ingresso, e uma das pessoas que assistirem nessa condição era da nossa equipe que só encontramos na saída.
A primeira banda foi o Santuário, com Jorge “Rato” Bastos no baixo, Alessandro Marco na bateria e Ricardo “Micka” Michaelis no vocal e na guitarra, e vale lembrar que Micka também é o produtor do documentário Brasil Heavy Metal e fez parte de outras importantes bandas como Naja e Extravaganza, esse último junto com China Lee.
Voltando ao show que teve aquele impacto de bandas fortemente influenciadas pela NWOBHM principalmente Iron Maiden, mas Micka com sua guitarra Frankenstrat similar a de Eddie Van Halen empolgaram bem a galera e mesmo tendo se juntado apenas para o show mostrou um bom entrosamento, e fez inclusive uma homenagem ao mestre brasileiro dos riffs Helcio Aguirra tocando o clássico Salém do Harppia com uma boa alteração das letras trazendo para o momento do show, mostrando muita qualidade.
As duas últimas foram as presentes no SP Metal e claro as que mais levantaram a galera com Santuário e finalizaram com Espartaco, Gladiador rei. Porém outro detalhe do show e importante também para a historia do Heavy Metal Brasileiro é que Micka falou sobre o documentário e que esta em fase final, porém como o projeto não foi aprovado para um financiamento da Ancine, ele optou para que façamos o financiamento coletivo e consiga finalmente lançar esse documentário que terá um valor muito grande a história da música brasileira.
Homens Em Combate
Fiéis De Aço
Salém (A Cidade Das Bruxas)
Santuário
Espártaco, Gladiador Rei
Assim como no dia anterior tivemos uma média de 20 minutos de troca de palco, o Abutre voltava aos palcos brasileiros com o guitarrista Ricardo Giudice, o batera Adalberto Rosado Junior, Tomas Catafay no baixo, o vocalista Ramon Risso, e o convidado mais que especial o guitarrista Adriano Giudice, que foi apresentado como ex guitarrista do Centúrias na época do EP “Última Noite”.
E da-lhe o som que achei mais voltado para o blues rock com o verdadeiro peso feito no Brasil e como a banda se reunião para a apresentação, muitos ali estavam vendo algumas bandas pela primeira vez, e sim eu era um deles, e realmente ver as bandas que foram a sensaçao do Metal 30 anos atrás era uma coisa indescritível.
Como claro, todos os músicos tem uma vasta experiência de palco em outros projetos o show rolou perfeitamente com a galera cantando as músicas conehcidas e assistindo com o maior interesse as músicas do repertório que nunca foram gravadas, afinal o único registro oficial da banda é o SP Metal.
Assim como todas as bandas agradeceram e terminaram a apresentação também no curto tempo porém importantíssimo de legado as bandas.
Generais Da Moral
Quando O Fogo Começa A Arder
Uma Mulher, Um Whisky, Uma Noite
Rock, Rock, Rock
Fui
Tudo que é bom dura pouco e segundos antes do Korzus subir ao palco eu pensaba, p…. já acabou esperei mais de mês por esse show e passou tão rápido os dois dias, e eu pensava beleza chegou a hora do Korzus, e nacionalismo a parte essa banda eu considero uma das melhores do mundo, não há como ficar apático vendo um show deles e quando começou a intro da primeira música que seria o tema de seu maravilhoso álbum Legion, a banda entrou coma partida ganha, como diria os pífios comentaristas esportivos (escrita por outro pífio crítico musical), e com todos cantando e pulando a sensação era das melhores.
Duas na sequencia que dispensa qualquer apresentação, Raise your Soul e Correria, essa última com grande performance de todos, Pompeu lembra que a próxima teve o clip dirigido por Micka do Santuário e continuou a pancada com Truth e seu forte refrão cantado por todos, assim como as anteriores.
Neste festival , tivemos dois grandes frontman, se China Lee foi mais calmo nas palavras, Pompeu foi absoluto no palco como sempre, e lembrando que considera o Sesc Belenzinho sua segunda casa, dominou o palco certamente como poucos que pisaram ali.
Lembrou que o heavy Metal nunca morrerá e anunciou Never Die, empolgando o mais cansado que estivesse na plateia e finalizou a rápida e perfeita apresentação com o clássico que costuma fechar os shows da banda e presente no SP Metal Guerreiros do Metal, e uma homenagem certa a todos aqueles que registraram esses dois LP`s mais que históricos.
Um set escolhido a dedo, perfeito e certamente foi o melhor show dos dois dias
Legion
Raise Your Soul
Correria
Truth
Never Die
Guerreiros Do Metal
Um evento de certa forma até saudoso, mas mostrou a força de algumas bandas ao vivo mesmo 30 anos depois do lançamento dos LP`s e isso foi algo que ficará sempre registrado em todos corações que estiveram presentes, e essa lembrança nada vai apagar. HOMENAGEM MAIS QUE MERECIDA.
VIDA LONGA AO METAL DO BRASIL
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