Sábado 30 de janeiro de 2016 e o povo brasileiro já começa os preparativos para o carnaval, marchinhas, folia, e tudo mais… Ao sair do metro na estação Republica, a estação e as ruas já estavam tomadas por foliões, cantando marchinhas, dançando e tudo mais. Mas o papo aqui é outro, também está relacionado a cultura brasileira, mas de uma forma muito mais legal e diferente para os amantes de heavy metal!
Hey você ai que está lendo esta resenha, você já ouviu falar sobre o “levante do metal nativo”?
O projeto é a junção de bandas nacionais que falam em suas musicas sobre a história do Brasil, o movimento até então é formado por 8 bandas e vem ganhando forma e força dentro da cena do metal nacional.
Além das letras falarem sobre a história do Brasil, algumas das bandas também incluem instrumentos e características, vestimentas típicas da cultura brasileira.
Até o momento o projeto é formado pelas bandas: Aclla (SP), Armahda (SP), Arandu Arakuaa (DF), Cangaço (PE), Hate Embrace (PE), MorrigaM (AP), Tamuya Thrash Tribe (RJ) e Voodoopriest (SP).
E neste ultimo sábado 30 de janeiro, aconteceu o primeiro evento reunindo algumas dessas bandas, e nós da Ilha do Metal marcamos presença.
Ao chegar no Gillans Inn Rock Bar, local do evento, já havia começado a coletiva de imprensa, na qual estavam presentes: Tato Deluca (Vocal – Aclla), Vitor Rodrigues (Vocal – Voodoopriest), Maurício Guimarães (Vocal/Guitarra – Armahda), Renato Domingos (Guitarra – Armahda), João Pires (Bateria – Armahda), Ale Dantas (Guitarra – Armahda), Paulo Chopps (Baixo – Armahda), Luciano Vassan (Vocal/Guitarra – Tamuya thrash tribe), Leonardo Emanoel (Guitarra – Tamuya thrash tribe), J.P. Mugrabi (Baixo – Tamuya thrash tribe) e Bruno Rabello (Bateria – Tamuya thrash tribe).
Na coletiva foi apresentado o projeto, cada integrante presente falou um pouco sobre cada banda e como queriam inserir o projeto na cena, como o publico estava reagindo, quais as dificuldades que as bandas enfrentam, como eles fazem para compor, quais os próximos passos, etc.
Após a coletiva todos integrantes se misturam pelo bar e foram dar atenção para o publico.
Por volta das 23:30 a abertura ficou por conta do Armahda.
A banda tocou musicas do debut álbum “Armahda” lançado em 2013, e o mais recente trabalho “Last Farewell”, esta musica fala sobre os últimos de Dom Pedro II em terras brasileiras, após a proclamação da republica, Last Farewell é uma musica lenta, com muito sentimento; Nela podemos sentir todo o patriotismo que Dom Pedro II tinha, a musica fala da partida dele do Brasil deixando tudo para trás, e é cantada metade em inglês e metade em português, uma forma muito boa para todos entender.
A banda encerrou a apresentação com “Paiol em chamas”, e foi basicamente o que aconteceu naquele momento, a coisa pegou fogo, muitas pessoas agitando, fazendo circle pit, bangueando muito e muitas pessoas cantando também. Foi uma apresentação que deixou gostinho de “quero mais”.
A próxima apresentação ficou por conta dos cariocas do Tamuya Thrash Tribe, a banda tem como temática escravidão, religião, índios, etc.
O principal objetivo da banda é divulgar as historias do Brasil e mostrar também o lado mais sombrio da cultura brasileira.
A banda tem uma ótima performance de palco, com seu estilo que é uma mistura de thrash/death com instrumentos percussivos, em algumas musicas com elementos como tambor e até berimbau, fizeram uma apresentação muito energizante.
O encerramento ficou por conta do Voodoopriest. A banda esta a algum tempo já divulgando o álbum “Mandu”, as letras deste trabalho relatam a historia verídica de Mandu Ladino, um índio que liderou a resistência contra o extermínio de tribos e as invasões das suas terras pelo homem branco, no século XVIII na região do Piauí.
A performance da banda é sempre sensacional, com muitos riffs pesados, bateria igual metralhadora e toda a fúria dos vocais do Vitor. E claro que não podia faltar por parte da galera muitos circle pits, o publico não parava um minuto.
No final, o Vitor agradeceu muito e frisou a importância de todos ali presente, naquele momento único e histórico.
Este é apenas o inicio de um projeto muito importante para a história da cena do metal nacional, certamente muita coisa boa está por vir.
Ficamos por aqui ansiosos aguardando o próximo evento.
Setlist Armahda:
1 – Ñorairô (intro)
2 – Armahda
3 – Spears of Freedom
4 – Flags in the Find
5 – Last Farewell
6 – Canudos
7 – Queen Mary Insane
8 – Echoes from the River
9 – The iron Duke
10 – Paiol em Chamas
Setlist Tamuya Thrash Tribe:
1 – Von (Voice of Nhanderu)
2 – UTI Possidetis
3 – The Last of the Guaranis
4 – Violence & Blood
5 – Favela / Senzala
6 – Immortal King
7 – Tamuya
Setlist Voodoopriest:
1 – Dominate and Kill
2 – Religion in Flames
3 – Warrior
4 – Eye for an Eye
5 – Trail of Blood
6 – Mandu
7 – Warpath
8 – Swallowed by the Waters
9 – We shall Rise
10 – Juggernaut
Categoria/Category: Sem categoria
Tags: Armahda • Cultura brasileira • Levante do Metal Nativo • Tamuya Thrash Tribe • Voodoopriest
Notícia mais recente: « Bandas Nacionais: Furia Inc.
Notícia mais antiga: Death: Entrevista Exclusiva com a banda percussora do Punk Rock »