Call The Police @ Tom Brasil – São Paulo/SP (31/03/2017)
Postado em 02/04/2017


Algumas bandas simplesmente dão vida ao Rock’n’Roll e influencia uma quantidade enorme de pessoas, e no Pop não é diferente, uma delas é a banda The Police, que desde 2008 o mundo espera pela Reunião de Sting, Summers e Copeland, porém o baterista diz que isso nunca mais voltará a acontecer.

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Texto e Fotos: Geane S. Borges/ Marcos Cesar Bullino.Inc

Enquanto Sting continua sua carreira solo, o guitarrista Andy Summers, faz algumas Tours e como a que nosso fotografo acompanhou em novembro de 2014 com o Site irmão Rock on Stage (leia a resenha aqui), quando anunciaram essa Tour que percorrerá a América Latina esse ano, era algo que qualquer esforço valeria a pena para estar presente.

O companheiro de Tour por aqui desde 2014, Rodrigo Santos, baixista do Barão Vermelho, e na baterista, um dos mais técnicos do Brasil, João Barone do Paralamas do Sucesso formaram uma super banda que todos esperavam e esperam a data que passará por várias cidades do Brasil.

A estreia deste projeto Call The Police nos palcos aconteceu em São Paulo no Tom Brasil e um excelente público que as 10:26 quando se apagaram as luzes e esse poderoso trio assumiu o palco, a ansiedade foi se transformando e êxtase já na abertura com “Synchronicity II“, lembrando que inclusive o Angra gravou a versão desta música no CD Secret Garden.

Walking on the Moon” do segundo álbum de 1979, Reggatta de Blanc, veio depois, e como Rodrigo Santos, consegue cantar como Sting, afinal ambos possui o mesmo tom de voz, o que torna esse projeto mais interessante, Andy Summers agradece todos por estarem no Tom Brasil, e confessa que adora a cidade, e que estava tocando com dois grandes músicos e amigos, e começa mais uma, essa do Zenyattà MondattaDrive to Tears“.

Muitos já se perguntaram qual a importância do The Police? Uma vez que a banda foi ativa de 1978 a 1983 com cinco álbuns, foi principalmente a qualidade técnica dos músicos, que mesclavam o punk, o ska, o reggae e o Jazz, com alguns toques de progressivo que absolutamente foram inovadores na época e continuam até hoje.

E o que dizer deste trio, três músicos que no palco , assombraram, Rodrigo Santos, apavorou literalmente, cantando, debulhando seu baixo, abaixando e reverenciando o amigo de várias Tours Andy Summers, que foi completamente fiel a maneira que encantou o mundo , tocando muito, e claro era o centro das atenções do palco, e lá atrás, João Barone, que ao ver tocando The Police, era nítido perceber que sua maneira de tocar, via do grupo inglês e a felicidade dele tocando com o ídolo, só o deixava ainda mais feliz, e tocando muito, mas muito mesmo!!!!

Spirits in the Material World” outro hit, que estaria em qualquer coletânea do The Police veio depois, seguida por “Hole in my life” do primeiro álbum da banda que estava ali sendo homenageada, e seguindo o show, tivemos três músicas digamos mais lado B do show, com “Invisible Sun“, “Bring on the Night” numa versão primorosa nos vocais de Rodrigo Santos, e “Tea in the Sahara” que se não era os hits que a plateia esperava e ainda estava por mim, mostrou como a banda estava segura, improvisando, mostrando o lado jazzístico dos músicos, com pequenos solos inspirados de Summers, acompanhados brilhantemente por Rodrigo e Barone.

So Lonely” foi facilmente reconhecida na intro, assim como “Can’t Stand Losing You” e “Roxane“, o sucesso radiofônico que falava abertamente de uma paixão por prostitutas, e se isso é comum e clichê nos dias de hoje, 39 anos atrás em 1978 era surpreendente e chocava o mundo a época, fechando mais uma trinca do primeiro álbum do The Police, simplesmente sensacional.

Pausa para respirar, que nada, o Riff de “Message in a Bottle” vem forte e Rodrigo Santos, e João Barone ficam olhando pois essa não seria a próxima da ordem do set list que estava no palco, e um olha para o outro com aquele sorriso, a vamos nos divertir ele sabe incendiar a plateia e assim tocaram essa também do álbum de 1983 Synchronicity e finalizaram a primeira parte do show com o maior hit ” Every breath you take“.

O bis veio rapidamente com outros sucessos “Every Little Thing She Does Is Magic” e “Next to You” onde finalizaram um excelente, surpreendente, técnico com aquela pegada Rock’n’Roll que faz você viver uma verdadeiro show de Rock e atitude, tão em falta hoje em dia.

Reclamar do show, claro que vou, certamente faltaram três músicas na minha concepção, “Don´t Stand so close to you“, “De Do Do Do, De Da Da Da“, e “King of Pain“, afinal quem não gostaria de ver essas músicas na versão desses gênios do Rock, que atendem pelo nome de Andy Summers, João Barone e Rodrigo Santos?

Uma ressalva importante, que seria na verdade um desejo pessoal, que algum desses shows dessa Tour fosse registrado para um CD/DVD, pois seria algo para ser guardado, colecionado e obrigatório nas melhores prateleiras de Rock do Mundo.

Obrigado Andy Summers, João Barone e Rodrigo Santos, e que esse projeto continue em outras oportunidades.

SET LIST

Synchronicity II

Walking on the Moon

Driven to Tears

Spirits in the Material World

Hole in My Life

Invisible Sun

Bring on the Night

Tea in the Sahara

So Lonely

Can’t Stand Losing You

Roxanne

Message in a Bottle

Every Breath You Take

 

Every Little Thing She Does Is Magic

Next to You

 

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