Liberation Fest @ Espaço das Américas – são Paulo/SP (25/06/2017)
Postado em 03/07/2017


O Rei veio e fez melhor do que todos imaginavam!!!

King Diamond veio e literalmente fez miséria, não há outra palavra, e desde o anúncio do Liberation Music Festival a euforia foi enorme, e mesmo com o anúncio de Lamb of God, e Carcass no festival, a atenção era toda para King Diamond .Completou-se o line up do Festival as bandas Heaven Shall Burn e os brasileiros do Test

A quantidade de pessoas como King Diamond em suas mais variadas fases, e também a quantidade de pessoas que se deslocaram de outras países para assistir o show é uma coisa a se mencionar, pois era comum bandeiras do Chile, Bolívia Argentina entre outros, fazendo da data um acontecimento único em São Paulo

Texto: Geane S. Borges/ Marcos Almeida

Álbum de Fotos: Click Aqui

A ansiedade finalmente chegava ao fim e no domingo desde que os portões do Espaço das Américas se abriram, a quantidade de gente que tinha já surpreendia positivamente e ainda eram pouco antes das cinco, ou seja, o público compareceu em massa ao evento e isso é de encher os olhos de qualquer fã do estilo.

Chega de enrolação e vamos aos shows.

Pontualmente no horário previsto, Test no palco, a banda “mais batalhadora e underground do Brasil” , formada por Barata na bateria e João Kombi na guitarra e vocal.

Todo banger que se preza já assistiu a um show do Test , nem que seja quando eles montam sua aparelhagem e fazem show do lado de fora de algumas casas, onde acontece algum show Gringo.

Quem já viu show deles, sabe, que normalmente não existe muita comunicação , e é um tocando de frente ao outro, normalmente em um pedaço pequeno do palco e dessa vez não foi diferente, embora estavam quase que no meio do palco, e isso é uma surpresa para o Test.

O que vimos foi a mais profunda brutalidade e bem característica brasileira, pedrada em cima de pedrada, a banda executou músicas de seus dois Cd’s e com pouca ou quase nenhuma comunicação  com a galera.

O que vale destacar e que achamos que uma boa quantidade de pessoas, que compareceram para a primeira apresentação e que agitaram e respeitaram durante toda a apresentação da banda paulista.

Ao final aquele agradecimento a produtora e a todos presentes que sim sempre merece ser citado em um acontecimento como o Festival que acontecia naquele dia.

Heaven Shall Burn

Chegava a hora dos alemães que os mimizentos de internet reclamaram, e pelos Deuses do Metal não compareceram nesse Festival.

Marcus Bischoff , Vocais, os excelentes, Maik Weichert e Alexander Dietz , Guitarras, e a dupla de uma base perfeita Eric Bischoff no Baixo e Christian Bass , Bateria mostram um Metal Extremo melódico de qualidade e razão de dizermos que foi mais um Gol da Alemanha!!!

Natural nós brasileiros admirarmos o metal feito na Germania, e isso ocorre desde os anos 70 principalmente a partir do Scorpions,e já seguimos Accept, Helloween, Edguy, kreator, Sodom, Destruction e os famosos etc… e o Heaven Shall Burn mostrou muito talento.

Desde 1999 com se debut em Split a banda já tem 14 CD/Álbuns split e mostra o quanto essa banda é ativa, e iniciartam um verdadeiro massacre com a trinca, “The loss of Fury”, “Bring Ther war home”,e “Voice of Voiceless”.

Sempre pensando em como seria a reação da galera, ela foi excelente, a galera apreciando e o mais importante se divertindo com a apresentação da banda, que infelizmente, o som da caixa, estava bem baixo para ouvirmos as pancadas de Christian Bass.

Uma puta presença de palco, a banda, principalmente o vocalista Marcus Bischoff, não param um minuto. Um show muito bom, principalmente em um festival como esse anima quem está assistindo.

Marcus brinca com a galera dizendo que o povo estava bom, mas queria a memória da galera do Brasil e não da Argentina, onde seria o próximo show da banda, e claro, após todo esse conhecimento futebolístico, a platéia respondeu e mostrando a força brazuca nesses momentos.

Um show muito bom, que claro por toda a programação do Liberation Festival foi curto encerrando com as espetaculares Counterweight e Black Tears.

1-The Loss of Fury
2-Bring the War Home
3-Voice of the Voiceless
4-Corium
5-The Weapon They Fear
6-Combat
7-Endzeit
8-Counterweight
9-Black Tears.

Carcass

A volta da lenda ao Brasil, Outra banda que há um bom tempo não pisava no Brasil, e tendo no histórico no Brasil um show memorável no abominável Santana Hall e o último no Carioca Club que muitos fãs mesmo gostando do show, acharam que o mesmo não foi tão empolgante como o primeiro, então esse seria uma boa contra prova de como Jeff Walker e cia se sairiam neste show.

Primeiro entram Daniel Wilding , Bateria,  Bill Steer  e Ben Ash,  Guitarras, e por último a figura marcante do Carcass, Jeff Walker,  Baixo e Vocal. Inicio devastador com músicas do novo CD Surgical Steel, foi na terceira com o clássico “Buried Dreams“, e com a casa já muito mais cheia, a recepção para a banda não poderia ter sido melhor.

A recepção deixo ainda o show, melhor, e ao contrário de pouca luz, como de costume nos shows do Carcass, a excelente luz sobre os músicos fez a apresentar seguir melhor, e que puta banda ao vivo, como agitam, não são daqueles shows de extremo onde apenas headbangeam por todo o tempo, enquanto os guitarristas Bill e Ben se dividem entre solos e riffs, Jeff soa imponente com o tradicional pé no retorno e ora erguendo o baixo a cima, ora apontando para a platéia, a atitude dos músicas cativa todos os olhares.

“Carnal Forge” e ” No Love Lost” esmagadoras, banda visivelmente feliz com o resultado do show, então Jeff lança aquele chavão a galera de como era bom voltar a São Paulo, e claro sendo ovacionado.

Do novo Cd mais uma “Cadaver Pouch Conveyor System” mostrando não a toa que Bill Steer é um excelente guitarritsa, e que riff bem executando, era o CD como se fosse um sample, e vendo todos batendo cabeças no ritmo, muito foda viver e lembrar tudo aquilo.

A intro mais que clássica de “Reek of Putrefaction” do  Symphonies of Sickness de 1989, ainda soa atual e muito mais técnica com a atual formação. Um clássico reinventado digamos!!

Um final apoteótico com “Corporal Jigsore Quandary” e “Heartwork” termina a apresentação que se alguém não havia gostado daquela apresentação do Carioca Club, essa encheu a alma de qualquer fã da banda, e alguns comentários de que teria sido ainda melhor que a primeira vinda da banda ao Brasil.

1-1985
2-316L Grade Surgical Steel
3-Buried Dreams
4-Incarnated Solvent Abuse
5-Carnal Forge
6-No Love Lost
7-Unfit for Human Consumption
8-A Congealed Clot of Blood
9-Cadaver Pouch Conveyor System
10-Captive Bolt Pistol
11-Edge of Darkness
12-This Mortal Coil
13-Exhume to Consume
14-Reek of Putrefaction
15-Corporal Jigsore Quandary
16-Heartwork

Lamb of God

Um dos grandes novos nomes do Metal da atualidade, também voltando ao Brasil desde sua última passagem em 2015 no Rock in Rio e de volta, como co-headliner no Liberation Fest.

No palco Randy Blythe , vocais, Mark Morton e Will Adler nas guitarras, John Campbell no baixo, e Chris Adler na bateris, sendo esse último o responsável pelas baquetas no álbum já clássico Dystopia do Megadeth.

Começaram com duas bem conhecidas do público “Laid to Rest” e “Ruin” sendo muito bem recebidos pela platéia e já antes da terceira Randy saúda a platéia e juntos anuncia a primeira do último disco da banda soletrando os números “512“.

Algumas rodas se formaram, pois claro havia um grande publico sedento pelo show da banda e outras porradas vieram, como “Still Echoes” e “Walk with Me in Hell“.

A banda como um todo não é daqueles de se movimentar no palco,há pouca movimentação excelto por Randy, que não para sequer um minuto, ocupando todos os espaços do palco.

Randy fala que depois teria King Diamond, e brinca um pouco cantando como se fosse a voz agua de Diamond, cantando a palavra “satan“…, mostrando o tão grande é a influência de King Diamond no meio do Metal.

Para os old schools, quando se depara com essa nova geração do Metal, o som pode no início não ser tão convivativo aos ouvidos, mas quem consegue separar as gerações do metal, e entender a proposta, tem nesses novos grupos uma excelente proposta musical.

Show claramente era apreciado por grande parte da platéia, que sim curtia e muito o show dos caras, “Set to Fail”, “Blacken the Cursed Sun“, outras canções que sim merecem o destaque.

O final não poderia ter sido outra faixa senão, “Redneck” terminando a apresentação do “Cordeiro de Deus“, sendo muito aplaudido por seus fãs.

1-Laid to Rest
2-Ruin
3–512
4-Now You’ve Got Something to Die For
5-Still Echoes
6-Walk with Me in Hell
7-Hourglass
8-Engage the Fear Machine
9-Set to Fail
10-Blacken the Cursed Sun
11-The Faded Line
12-Redneck

King Diamond

O clima dentro do Espaço das Américas , mudou, tudo ficou diferente, uma grande cortina cobria a vista para o palco e nada era visível, absolutamente nada.

King Diamond disse em todas as entrevistas que fez para a imprensa brasileira, inclusive a nossa, que dessa vez ele traria todo o palco e tudo seria grandioso e perfeito, ou seja, a mesma estrutura dos Festivais Europeus onde o músico gravou um DVD que se encontra em fase final de produção.

Quem já conhecia o setlist sabia que a partir da música “The Wizard” do Uriah Heep, a banda já estaria pronta atrás das cortinas que após a aberura, a definição de que todos estavam presentes neste dia, mudaria completamente.

Se quando temos em estádio grandes produções como vemos em shows do David Gilmour, AC/DC e Iron Maiden que sempre tem palcos monumentais, este de King Diamond não perdia em nada. Tão maravilhoso quanto, cheio de detalhes em gárgulas, estatuas, escadas, e no inicio enquanto a intro era tocada, uma cadeira de rodas entra e tudo já fazia parte do show, enquanto todas emoções de espanto, ansiedade, satisfação se misturavam o Rei entra no palco e ao lado da cadavérica personagem começam com “Welcome Home” e aquele visual que comentamos linhas atrás só se enriquecia e tínhamos o que três minutos de show.

A galera se preparou e bem para a apresentação “Sleepless Nights” bem cantada por todos, e a banda como quem está acostumado a ler nossas resenhas, sabe que valorizamos postura de palco e todas da banda são espetaculares, King Diamond claro é o centro das atenções mas a direita do palco seu parceiro de longa data, o produtor e guitarrista Andy Larocque agita muito, e acaba sendo o maestro comandando os outros músicos da banda.

Sabe o primeiro álbum do Rei, o clássico Fatal Portrait, então ele não ficou de fora da apresentação, e tivemos “Halloween” e como a galera escutou a discografia da banda, pois todas as letras estavam na ponta da língua.

Ora de anunciar “Eye of the Witch“, faixa do LP The Eye,  e era muito bom ver todos se divertindo cantando as músicas levantando o braço, participando do show, querendo que o Rei das Trevas olhasse para ele, uma admiração por um músico que dificilmente temos hoje em dia.

Quem não sabia o set, passava mal nesse momento, afinal se tocaria um clássico na íntegra, mas quem avisou que o hino do Heavy Metal “Melissa” seria executado, mas como se ningu´pem soubesse vamos deixar escrito que se trata de uma música da banda Mercyful Fate que King Diamond fez parte.

E quando o rei pergunta ” Are you ready to Sabbath?”, que sinceramente não sei se as palavras foram essas, mas ao ouvir a introdução de  “Come to the Sabath” ninguém mais foi o mesmo outro hino do Metal, do Don’t break the Oath, também do Mercyful Fate e o que era aquilo até aquele momento.

a escuridão que ficou o palco, entregou um pouco o que viria a seguir, a introdução do álbum Abgail, “Funeral“, onde King Diamond desce da parte superior do palco digamos assim, onde os Roadies paramentados sobriamente deixa um caixão do meio do palco, onde King Diamond levanta um bebÊ que segundo a história do CD seria um bebê que nasceu morto devido ao pai ter matado a mãe empurrando da escada, e para que nenhuma maldição caísse sobre a casa, a nenê deveria ser prepgadas com 7 estacas de prata e a última em sua boca, que é o que King Diamond faz quando enfia a faca na boca do Nenê, que claro foi ovacionada por todos do Espaço das Américas inclusive nós.

Vale destacar que vimos uma pessoa que cuida da parte da limpeza do Espaço das Américas ou ver a cena se benzeu várias vezes e acabamos rindo da situação.

Arrival” veio na sequencia com ” A Mansion in Darkness“, a minha preferida do álbum com uma perfeição de querer sair do show com o tal do DVD que está em produção. O espetáculo é grandioso, de encher os olhos, o visual apresentado no palco, segue um roteiro pré estabelecido fazendo um forte elo da música que soava dos P.A’s com o que víamos com os olhos, “The Family Ghost” outra perfeição, “The 7th Day of July 1777” onde a data do nome da música na verdade segundo as letras do disco é a data do assassinado que gerou a morte do bebê ( A faixa Funeral) que se chamaria Abgail.

King Diamond, atuando e como o grande mestre das cerimonia se transforma em “Omens“, a próxima faixa do álbum, e a maldção de Abgail seguindo a história do LP ganha vida a partir da próxima faixa “The Possession“.

A próxima “Abgail” , o tema título do Cd, e se você não conhece a história do LP, apenas as cantas, de uma procurada no Google que tem várias versões traduzidas e facilmente encontradas.

A última faixa “The Black Horsemen” que encerra Abgail, teve sua intro ao violão perfeita e King Diamond, cantou muito, afinal ele prometeu isso em nossa entrevista, e decididamente o cumpriu, pois após uma hora e vinte minutos ainda estava cantando muito, e lembramos que o Rei das Trevas tem 61 anos.

A banda junto agradeceu a todos os presentes e assim se encerrava um dos shows mais memoráveis de nossa vida, de emocionar os tiozão que foram escutar um clássico da adolescência, e outros mais jovens que descobriram King Diamond nos últimos anos.

Que show, e daqueles, que quando saímos não parece que foi daquele jeito e ao conversar com amigos que foram, sim foi tudo aquilo que vocês disseram e mais um pouco. Teremos ainda neste ano muitos apresentações que podem ser memoráveis mas dúvido que cheguem perto desta. Show do Ano de 2017.

Tomara que volte logo e mesmo não tendo sido um grande sucesso comercial porque não executar Abgail  e Abgail II, fica nossa dica ao Rei, único e onipresente. King Diamond.

Ao Liberation Music Festival, que festival, parabéns a todos os envolvidos que tudo foi perfeito, falhas, no som luz, são perfeitamente compreendidas, nada que fizesse não darnota máxima ao evento.

A platéia também a mesma nota que entendeu cada banda com seu próprio estilo e todas foram muito bem aplaudidas e claramente entenderam que o sucesso de um evento faz termos outros, pois assim gira a roda da vida, e esses momentos que ficam em nossa memória são criados na relação produtores – bandas -e público se divertindo e mostrando que o Metal ainda chama público, Afinal mais de 8.000 pessoas compareceram ao evento.

A dica para melhorar o evento seria mais pontos de Merchandising que com apenas um ponto, uma enorme fila ficou por todo o evento para adquirir as camisas, CD’s e Copo.

Mais uma vez agradecemos a Produtora Liberation e The Ultimate Music pelas entrevistas e credenciamento ao evento. O público Metal do Brasil agradeceu e muito.

1-Welcome Home
2-Sleepless Nights
3-Halloween
4-Eye of the Witch
5-Melissa
6-Come to the Sabbath
7-Arrival
8-A Mansion in Darkness
9-The Family Ghost
10-The 7th Day of July 1777
11-Omens
12-The Possession
13-Abigail
14-Black Horsemen

A ILHA DO METAL tem o Apoio Cultural da T4F – SOLID ROCK FESTIVAL

SOLID ROCK – DEEP PURPLE, LYNYRD SKYNYRD E TESLA
Cerveja Oficial: Heineken
Realização: TIME FOR FUN

CURITIBA (PR) – Pedreira Paulo Leminski

Data: Terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Ingressos: de R$ 145 a R$ 660 (ver tabela completa)
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.

Pontos de venda no link: http://premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=pdv

SÃO PAULO (SP) – Allianz Park

Data: Quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Ingressos: De R$ 130 a R$ 580 (ver tabela completa)
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.

RIO DE JANEIRO (RJ) – Jeunesse Arena
Data: Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017.
Ingressos: de R$ 125 a R$ 650 (ver tabela completa)
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.

 

 

 

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