O que 2017 tem sido bom em termos de show é uma coisa de outra mundo, a quantidade de opções em vários estilos tem sido bem gratificantes a todos fãs de música do Brasil, que fica difícil comparecer a tantos eventos com apenas dois rins para serem vendidos, mas longe de nós reclamar disso, que somos daquela filosofia quando mais melhor, e anuncia mais que ainda tá pouco… e queremos sim que todo fã de música tenha seu emprego, e consiga ir nos shows que sempre esperou.

O Manifesto Bar nos brindou com uma das grandes atrações do ano, finalmente o Airbourne desembarcava no Brasil, e venhamos e convenhamos, como é bom ter em nossas terras bandas que nunca tocaram por aqui, ou em ocasiões especiais, e ainda esse ano teremos Tesla, entre outros por vim, e sempre e nunca iremos reclamar. Outro ponto que vale destacar foi a primeira banda da noite, uma das bandas queridinhas do nosso site, pois eles representam e muito o nosso Rock’n’Roll e tinha uma sonoridade e qualidade perfeita para tocar junto com o Airbourne em qualquer parte do mundo.

Baranga no palco, e podem ter certeza disso, a diversão é garantida, e não há como não pensar em ver a banda sem uma cerveja na mão, eles representam muito isso, o que realmente é o Rock, o metal tudo isso, com diversão, bebidas, sexo, contestação e o melhor com muito boa música.

As clássicas” Três oitão” “ O Céu é o Hell”, claro que estavam lá tocadas a perfeição com a excelente presença de palco de todos, que a banda sempre se caracterizou por fazer um dos melhores shows, e claro que nesse não foi diferente. Deixaram claro de estarem felizes tocando com o Airbourne.

Xande detona muito ao vivo sempre um grande vocalista, Soneca no baixo e Alemão aquela cozinha perfeita, e Deca consegue solar e fazer todas suas caras e bocas e brincadeiras com a guitarra que quem já assistiu um show do Baranga sabe muito bem. O final sensacional com a música “ Piratas do Tietê” fez até com que Deca descesse do palco do Carioca e tocasse de uma área que parecia ser uma espécie de Pista Vip, jogando a bomba para a atração internacional ter que fazer uma apresentação superior a essa.

Chegava a hora do Airbourne, o público já querendo ficar mais perto do palco e rapidamente começa o que parecia lógico, para quem costumar assistir os shows via youtube por exemplo, mas inesperado por ser no Brasil, como aquilo nunca acontecesse conosco, ainda mais no Brasil e a banda entra a milhão com “Ready to Rock”, e ali fotografando, pensando, deslumbrando com o acontecimentos e a banda pedindo palmas e prontamente sendo atendidos, com aqueles coros de “ooooo” nos riffs quando permitem, eu só pensava “ Fudido vai acontecer no Brasil também”.

A presença de palco dos caras levanta até pi…nto muxo e teta cai..da, e como disse um amigo, cansa até de ver, é de um lado para outro, agitando, bangueando e cantando perfeitamente, “ Too Much, Too yong, Too Fast” segue com aquele estivo australiano que só os caras sabem fazer, agitando muito, e a vibração plateia-músico era daquelas poucas vezes vista no ano, a primeira intervenção de estar pela primeira vez no Brasil e relembrou um dos maiores representantes do Brasil no exterior, o inesquecível, Senna.

“Down on you” começou direto, e como era bom ver o relative bom público no carioca cantando alto todas as músicas, e o melhor conhecendo elas, cantando e agitando na melhor forma possível, relembrando o quanto era bom encontrar São Paulo oficialmente, e aos gritos de “olê olê olê, Airbourne” a banda fez uma jam improvisada musicalizando o grito e ai sim, o show se confirmava em uma grande festa.

A cadenciada “Rivalry” veio depois e qual não foi a surpresa de todos quando o vocalista Joel O’Keeffe, vai até o camarote e fica tocando ao lado de um jovem garotinho curtindo o show e qual a surpresa dele, ao ver o ídolo, segundos antes do palco e depois ali do seu lado, tocando, ambas as crianças, claro que ficaram muito felizes, e como sempre digo, os geniais são diferenciados o que o músico poderia muito bem voltar e continuar seu show, fez questão de entregar palheta as duas com todo carinho que qualquer criança merece ser tratada e logo após volta rapidamente ao palco.

O sucesso, “Girls in Black” veio depois, e com aquela energia de sempre e Joel começa a frase errado, falando que estavam felizes de estar de volta ao Brasil, e rapidamente corrigiu, e avisou que a próxima seria para o Motorhead, pedindo a todos para gritar” Lemmy, Lemmy”, e assim foi “ It’s all for Rock’n’Roll”.

Lembram daquele esquema, 1,2,3 4 dos Ramones, então eles, não cantam os quatro músicos como os britânicos ícones do punk faziam, mas a aceleração dos caras é absurda, levantam guitarra, veio pra frente do palco agitam sem parar, apontam para a galera, só não fazem o meu Monte Azul voltar a primeira divisão , pois o resto a banda fez tudo.

Claro que apareceu uma bandeira do brasil e com todo o respeito a uma nação ela respeitosamente foi colocada nos P.A.’s Marshalll da banda, o final da primeira parte do show veio com uma das minhas preferidas da banda com “ No Way but the hard Way” com aquela intro bem tranquila para ir botando peso e que toda a plateia totalmente ensandecida, pudesse cantar junto e finalizaram com aquele arrasa quarteirão “ Stand Up for Rock,n,Roll”

Tão rápido como o show veio o bis com “Liv it Up” e “Running Wild” e meu que show, ao final todos ovacionados faltava a cereja do bolo, e claro que uma moça subiu ao palco, e fez de crush o baixista Justin Street, sendo comemorada por toda a plateia que assistia ao show e claro depois do beijo foram comemorar o brilhante show nos backstage do Carioca Club

1. Ready to Rock
2. Too Much, Too Young, Too Fast
3. Down on You
4. Rivalry
5. Girls in Black
6. It’s All for Rock ‘n’ Roll
7. Breakin’ Outta Hell
8. Diamond in the Rough
9. No Way but the Hard Way
10. Stand Up for Rock ‘n’ Roll

Encore:
11. Live It Up
12. Runnin’ Wild

Que Noite, Que Show, o que foi visto no Carioca Club, tanto pelo Baranga como pelo Airbourne, fazem você relembrar o porque gosta tanto de Show de Rock’n’Roll daqueles que são pura diversão e que faz a noite valer a pena, que vai fazer você lembrar muito desse dia.

Outro Show Impossível não estar na lista de melhores de 2017.