Bon Jovi e The Kills @ SP TRIP – Allianz Park – São Paulo/SP (23/09/2017)
Postado em 26/09/2017


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Dois dias após o Estrondoso Show do The Who onde ainda, todos comentavam sobre como foi o espetáculo da aula de rock e todos comentários pertinentes aquela apresentação, que você pode ler nossa resenha clicando aqui, chegava a noite do Bon Jovi, um dia após a apresentação em terras cariocas, onde em toda timeline nas Redes Sociais, eram muitas as criticas a respeito da voz, e presença de palco, embora todo show da banda, independente da fase e formação sempre tenha sido bem interessante de assistir, mas vamos ao dia 2.

A abertura da segunda noite ficou a cargo do The Kills, mas afinal quem é essa banda, então te respondemos, ela é uma banda de garage rock, formada pela norte-americana Alison Mosshart (vocais e guitarra) e pelo britânico Jamie  Hince (vocais, guitarra ) entraram em um estádio já com um excelente público e mostraram todo seu trabalho.

O som da banda, chega ser interessante, seria digamos um White Stripes sem grife,  e com uma melódia bem peculiar próxima ao dos anos 80, mas com aquela distorção que conhecemos das bandas indie, irritava um pouco, algo como se não combinasse a distorção com a harmonia da banda.

A banda sabe e muito bem se portar em um palco, e mesmo com o excelente palco do Festival SP TRIP, tanto Alison como Jamie, souberam conduzir muito bem toda a plateia, que assim como no dia anterior , não se mostrou tão entusiasmada em apreciar show de bandas novas, e toda a expectativa vinha claro de como seria o show do Bon Jovi.

Dizer que o show foi ruim, certamente não, a dupla esbanjou simpatia, mas em todo o cast eles estavam um pouco deslocado pela música que executam, talvez tocando em um Lolapallooza a banda se sinta mais perto dos fãs que normalmente esse festival tem mais a cara da sonoridade da dupla.

Hora de conferir, uma das atrações mais aguardadas, a banda que teve mais sucesso comercial na época de ouro do Hard Rock, Glam Metal, ou o que for, o que eles venderam de discos, tocaram nas rádios e toda a quantidade de fãs que possui, alguns tem o direito de não gostar, criticar e o escambal, mas não reconhecer o sucesso e fama deles, chega a ser esquisito.

A abertura da banda, já começa a mostrar que o show seria legal, e um vídeo até similar, mas não copiado de como se iniciou a Tour do Book of Souls do Iron Maiden, mas ao invés do avião aqui seria um carro percorrendo estradas e a rua da cidade, no caso de São Paulo, até chegar ao destino do show, o moderníssimo estádio Allianz Park, e ao mostrar uma casa velha, começam com a faixa título do novo álbum “ This House is not for sale”, e lá vamos nós com aquela pegada hard, mais para o country, e até diria sem peso nas guitarras, algo como muita dupla daquela música universitária, as vezes se parece, e temos no palco, os ícones, Tico Torres , bateria, David Bryan, teclados e aquele que toda mulher desejaria na noite Jon Bon Jovi e já começa o show esbanjando carisma, simpatia, presença de palco tudo, em 30 segundos você entende o porque eles são sucesso.

A voz dele não estava na melhor fase sim, mas vale lembrar que ele é daqueles que ao vivo, não tem a mesma força como nos álbuns, como muitos vocalistas, são assim, e então já começam uma do Mega platinado Slliperry When Wet, “Raise Your Hands” e pedindo no refrão a todos empunharem as mãos ao céu, óbvio que ele era atendido, a simpatia do cara chega a doer de tanto que ele consegue chamar a atenção, e já emendam outra nova “Knokout”, que claro não teve o mesmo êxito que a anterior.

Uma coisa tem que ficar claro quando temos um Show de Rock, não se brinca, e Bon jovi leva isso a sério, e para ter a plateia inteira em sua mão, como se já não tivesse, as mulheres já estavam mas alguns maridos ainda não, então emendam dois de seus maiores hits, “You give love a bad name” e “Born to be my baby” e como dizemos no interior após essas faixas, ali “Tava feito a merda” e era só cumprir o protocolo.

Eles devem pensar tanto no setlist, de como manter o show com a mesma energia, que a boa música “ Lost Highway” e “We Weren’t Born to Follow”, mesmo considerando ambas como se fosse um lado B da carreira da banda, se encaixou perfeitamente na levada que o show tinha. “Lay Your Hands On Me” , clássica do New Jersey, e ali separávamos Guitarristas de guitarristas, Phil X, o novo dono das seis cordas, é um bom guitarrista, ele não compromete em nada no espetáculos, mas em faixas como essa que Sambora sapateava na qualidade técnica que conhecemos e mostrou em seus shows solos ano passado em São Paulo aqui ficava claro, e a aula de como ser um rock star, também foi dada nessa hora e merece um parágrafo a parte.

Não toca mais Rock nas rádios, público em shows pequenos etc…, mas engraçado que essas “bandas velhas “ vem tocar e tocam para 40 ou 50 mil pessoas, sabe por que , porque eles fazem músicas boas, que o público canta, que o pessoal que gosta de hard Rock se identificou com discos como o New Jersey, que o principal, o vocalista é carismático ao absurdo que enquanto era cantado o refrão de “Lay on Hands on me” ele desce e vai até a grande cumprimentar as fãs, tirar self com algumas sortudas, e conquista todos, isso que o rock precisa de carisma e bons discos  e não de músicos choramingando em rede social que ninguém vai no seu show… mas isso é outra história e segue o baile.

A grande surpresa do set viria depois com “In Theses Arms” do Keep The Faith, e que até não é tão executada ao vivo, e neste ponto, ou eu já estava acostumando com a voz do Bon Jovi no dia, ou nessa parte do show em diante a voz foi ganhando potência, e anuncia mais uma do novo CD, “New Year’s Day“, seguida pela desconhecida para muitos, “Make a Memory”. Chegava a hora de começar com as baladas, aquelas que já foram trilha sonora de muitas “viradinha de zoio”, e a primeira foi “Bed of Roses” cantando por 100% do coro feminino do estádio, e qual a surpresa, uma fã consegue subir no palco, não sei se autorizada, ou se deu um olé nos seguranças, e até acredito na primeira opção, mas ali Jon Bon Jovi gastou seu Sex Appeal cantando, dançando de rostinho colado, declamando para ela, olhando nos olhos, deixando a fã, a que estava com ele, a mulher mais invejada do estádio, e como ele consegue fazer isso bem, e o show não fica nada monótono ou forçado, para os homens soa engraçado, para as mulheres, aquele “eu queria ser ela”…

Hora dos hist novos, ou não tão novos assim, e lá vem “ It’s my life” e todos pulam agitam, como deve ser um show de Rock, seguida pela “Someday I’ll Be Saturday Night” e não a versão acústica e ruim que tocou no Rio, mas elétrica se encaixando perfeitamente para um sábado a noite, John, pergunta… “ Tem muitos cowboys ai…” e claro que o mega hit “Wanted Dead or Alive” é cantada em voz alta, dessa vez mais por homens que pelas mulheres, em uma versão perfeita, mas que sim lembramos do Sambora, com os motivos que já citamos acima.

Outra surpresa da noite, “I’ll Sleep When I’m Dead”, foi perfeita, embora ela seja bem lado B, com um show perfeito como esse, divertindo todos presentes, funcionou muito bem, e emendando com “Have a nice day”, e aquele rosto característico do disco enchendo o telão, a festa estava completa, para na sequencia vermos o baixista Hugh McDonald chamar a faixa mais dançante da banda, “Keep the Faith” com seus groove, que até ficou muito boa ao vivo, e finaliza essa primeira parte do show com a clássica pergunta “ Algum doutor na casa?” e porque não encerrar com “Bad medicine” a primeira parte da apresentação que já tinha mais de uma hora e meia e passou em um piscar de olhos.

Ele deve ser tão atento, que a equipe deve ter comentado sobre o que aconteceu ou faltou no Rio, que o bis, foi de quase ficar surdo, “Aways” que ficou de fora no show carioca, em São Paulo teve uma execução primorosa, com o público cantando bem alto, e pensei o que é uma música de novela?

Embora seja uma boa balada, a banda tem baladas bem mais legais, como “I’ll be there for You” ou “never say goodbye” e o show acabava com aquela música que todo mundo conhece e que levou a banda ao patamar que eles mantém há mais de 30 anos, “Living on a Prayer” é claro ser a canção, e as luzes eram acesas e ali acabam o show. Muitas pessoas já saindo do estádio e Jon volta, agradece pela noite incrível e como disse no começo de show que gostaria que aquela noite fosse melhor que no Rio e Porto Alegre, e certamente foi, a tour estava maravilhosa e por esses dias a ultima da noite não poderia ser outra “These Days” e encerra assim um Show de Rock, muito honesto e divertido, independente dele já não cantar mais como anos anteriores, mas o melhor de tudo, uma noite divertida.

Show só de elogios, claro que não, deixar faixas como “Runaway” e “Blood on Blood” de fora soa quase como um sacrilégio, e uma pena ele deixar de fora algo de seu segundo disco “7800 Fahrenheit” que seria uma surpresa e tanto para seus fãs. Uma outra noite perfeita, se o The Who, mostrou que o Rock não tem idade e já fizeram o melhor show do Festival, Bon Jovi, provou, que podem me criticar a vontade, que os meus shows são excelentes e a diversão é garantida.

SP TRIP TO BE CONTINUED

This House Is Not for Sale

Raise Your Hands

Knockout

You Give Love a Bad Name

Born to Be My Baby

Lost Highway

We Weren’t Born to Follow

Lay Your Hands On Me

In These Arms

New Year’s Day

(You Want to) Make a Memory

Bed of Roses

It’s My Life

Someday I’ll Be Saturday Night

Wanted Dead or Alive

I’ll Sleep When I’m Dead

Have a Nice Day

Keep the Faith

Bad Medicine

 

Encore:

Always

Livin’ on a Prayer

 

Encore 2:

These Days

 

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