Saxon @ Tropical Butantã – São Paulo/SP
Postado em 10/05/2018


Power & The Glory, nunca um nome de álbum e de 1983,  representou tão bem qualquer Show de uma banda que ousou lançar um disco com esse nome.

Álbum de Fotos: Click Aqui

Biff Byford é a voz, Paul Quinn, Doug Scarratt as guitarras, Nibbs Carter no  Baixo  Nigel Glocklerna na Bateria  formam um dos pilares do NWOBHM, que difundiu mundialmente o estilo Heavy Metal sendo um dos responsáveis pela grandiosidade que o estilo é hoje, e em alguns acordes eles definiram o que o heavy metal representa no coração de cada um dos que estiveram presentes no Tropical Butantã, mas primeiro teve os brasileiros do Armored Dawn que começamos a contar a seguir.

Aos primeiros acordes da intro que antecede o show subiram ao palco Fernando Giovannetti  Baixo, Rodrigo Oliveira, Bateria, Tiago de Moura e Timo Kaarkoski nas Guitarras, Rafael Agostino, teclados e Eduardo Parras nos vocais sobem ao palco com a difícil missão de aquecer uma casa absurdamente lotada onde todos esperavam pelo Saxon, e a capacidade técnica dos músicos superou qualquer expectativa, já no começo de “Bloodstone” que abriu o espetáculo,  era nítido de ver a excelente energia que a banda tem principalmente no palco.

Verdade seja dita a banda é uma das que mais recebe críticas, quando vemos na verdade se trata mais de mimimi que qualquer outro, afinal a banda é muito ativa seja com entrevistas , ou em apresentações … mas que ninguém cita é o melhor sempre com grandes apresentações, tanto é que no intervalo da primeira para a segunda música “Chance to live Again” muito ouviram os gritos do nome do Plano de Saúde que o vocalista Eduardo Parras trabalha, mas isso durou meia dúzia de segundos.

As criticas vem do som, da temática de tudo, mas algo que não falam é que a banda exala metal nos poros, tanto é que ouvi de algumas pessoas que não conheciam a banda eram só elogios e o elogio de ainda ser brasileiros, e lembramos de quando tínhamos essa comparação como se tudo aqui no Brasil fosse ruim, e não é, apenas a classe política mas isso é outra história.

A banda lembrou dos shows que fez com o Saxon na gringa e os Festivais e mencionou bem levando o nome do Brasil no velho continente e a banda faz parte do Cast da gravadora AFM que tem que tem Udo, Rhapsody of Fire, Evergray, Danzig, Leaves’ Eyes entre outros a banda mandou bem demais com seu estilo “Viking” sem soar datado ou coisa do gênero, a qualidade técnica individual de cada membro do grupo é indiscutível então quando esse time entre em cena, fica coeso e a porrada vem forte na orelha.

Outro destaque que vale a pena citar é a evolução musical e constante de Eduardo Parras afinal, se pararmos e pensarmos desde os anos 80, se o Dinho do Capital Inicial, a Angélica e a Madonna aprenderam a cantar era claro que ele se desenvolveria também já que é nítida a evolução desde a demo do embrionário Mad Old Lady.

A banda lembrou de seu produtor falecido a poucos dias, dedicando seu novo hit, a belíssima balada “Sail Away” a todos que perderam alguém, em um momento que a banda claramente tinha a platéia toda sob os olhares.

“Gods of Metal” ou a faixa título do no álbum “Barbarian in black” com Parras empunhado com sua Espada Mortal no melhor Estilo de Pirata da Sessão da Tarde levava a todos presentes a diversão com muito boa música fechando o show com “Beware of the Dragon”.

Show perfeito e certamente a banda angariou mais fãs, porém para quem conhecia o trabalho deles como eu deixo aqui minha reclamação pois deixar “Power of Warrior” ou “Viking Soul” fora do setlist foi como se o Saxon que tocaria depois não tocasse “Crusader” por exemplo, então registramos aqui nosso #chatiado para a banda.

Bloodstone

Chance to Live Again

Eyes Behind The Crow

Men of Odin

Survivor

Sail Away

Gods of Metal

Barbarians In Black

Beware of the Dragon

Saxon

Existem algumas bandas que marcam alguma fase ou fatos da sua vida, e esses anglo saxões certamente são trilha sonora de milhões de pessoas, e penso que a maioria estava presente no Tropical Butantã, afinal uma data em uma Quinta Feira brava, em um show em um mês que vai ter eventos para todo lado, e vivemos uma crise financeira sem precedentes a banda teve os ingressos esgotados com muita gente do lado de fora.

Verdade seja dita Biff Byford nos deu um belo dum balão quando disse em nossa entrevista que o set seria praticamente o mesmo que eles estavam fazendo na Europa, e as surpresas vieram naturalmente fazendo muitos fãs caírem o queixo e surpreendendo todos.

O começo perfeito com a faixa “Thunderbolt”, e a casa de Shows explodiu, e Biff percebeu isso então apresenta a segunda música inclinado aos PA’s com apenas uma palavra que dá o nome a faixa “Sacrifice” e só ouvíamos dos fãs aquele maravilhoso comentário que também pode ser considerado palavrões “Puta que Pariu que foda” e lá tivemos outra do novo play com a faixa “Nosferatu”.

Biff fala que era hora lembrar o inicio dos anos 80 com um estilo que muitos metaleiros nutellas de hoje em dia esqueceram a rebeldia de duas rodas, e vieram com o clássico “MotorcycleMan” seguido por outro hino, a imponente “Strong Arm of the Law”.

A banda sabe cadenciar bem um show, afinal são mais de 40 anos de banda e com vários clássicos sabem intercalá-los muito bem e assim fizeram com “Battering Ram” do álvum anterior e “Power and The Glory” ambas geniais.

A banda no palco é onipresente, cada um com seu jeito seja as guitarras perfeitas de Paul e Doug desfilam alguns dos melhores riffs do Metal, e a cozinha com Nibbel e Niggs e cada um agitando do seu jeito é ” aquela receita de sucesso” como diriam os antigos locutores de rádio AM do interior, e lá veio mais hits, “Dallas 1 PM” e “Never Surrender”.

A fudida e maravilhosa surpresa viria depois quem está na casa dos 40 anos e acompanha a banda sabe que eles não tocam os hits dos meados dos anos 80 sendo extramamente raro isso, e até perguntamos, na verdade pedimos para incluir alguns no set list e Biff tinha nos dado o balão dizendo que não, e não é que ele nos trolou e inclui duas fodásticas, “Ride Like the Wind” do Destiny e “Broken Heroes” do Innocence is no excuse,  maravilhoso, perfeito nos trazendo praticamente as lágrimas de reviver os tempos de uma década tão viva e cheia de hinos desse estilo.

A homenagem que a banda fez a Lemmy no novo disco claro que esteve presente , “They Played Rock and Roll” maravilhosa, e ainda vieram outros clássicos, “And the Bands Played On” e “747 (Strangers in the Night)”, puta perfeição.

Era hora do ápice do maior hino da banda, e a intro de “Cruzader”, faz todo o público, levantar a mão, os celulares, a alma ou apenas o raio que o parta e cantar junto esse hino que por cada ano que passe parece que a faixa fica mais animalesca, mais representativa de tudo que essa banda significa para os fãs, e logo depois ainda sem deixar o coração voltar ao batimento normal, vem Princess of The Night que termina a primeira parte do show.

O bis com três clássicos setentista poderia expor mil palavras, mas o amor de um fã a banda define, onde um fã, e estava na Grade teve sua jaqueta cheia de patches emprestada e a usou devolvendo em seguida, e qual sentimento que a banda proporcionou a essa pessoa, qual preço se paga por isso??? Nenhum, não há dinheiro que pague uma retribuição dessa a um fã. Atitude maravilhosa da banda e esperamos que ambos tenham se conhecido e autografado a jaqueta.

Um Show monstruoso, grandioso, épico, ou qualquer adjetivo, foi insano, não importa, o Saxon é daquelas bandas que quando vem ao Brasil você mandatoriamente deve ir, pois por pior que o show possa ser, ele ainda sim SERÁ UM DOS MELHORES DO ANO COMO ESSE.

Thunderbolt

Sacrifice

Nosferatu (The Vampires Waltz)

Motorcycle Man

Strong Arm of the Law

Battering Ram

Power and the Glory

Sniper

The Secret of Flight

Dallas 1 PM

Never Surrender

Ride Like the Wind

Broken Heroes

They Played Rock and Roll

And the Bands Played On

747 (Strangers in the Night)

Sons of Odin

Crusader

Princess of the Night

 

Heavy Metal Thunder

Wheels of Steel

Denim and Leather

 

 

 

Categoria/Category: Sem categoria
Tags:


TOP