The Devil, Cellar Darling & Therion @ Carioca Club – São Paulo (11/05/2018)
Postado em 13/05/2018


Na verdade foi um Baita Festival proporcionado pela EV7 diga-se de “passage”

E que noite de Heavy Metal !!!!!

Os suecos do Therion estiveram pelo Brasil neste mês mês de maio para uma turnê m de seu mais novo disco Beloved Antichrist e por si só já merecia toda nossa atenção, porém além da banda dois convidados mais que especiais, Cellar Darling, formado por ex-membros do Eluveitie, e a banda inglesa The Devil.

Podemos dizer que esse é um dos finais de semana com mais shows internacionais em São Paulo, pois além deste tínhamos, Living Color, Erasure , The Kooks, a tour de despedida do Ozzy, fora bandas importantes, como o Titãs, ou a festa de comemoração do Selo Baratos Afins que acontecia neste mesmo dia, no clássico Sesc Pompéia, e Além de dinheiro e tempo para isso tudo quem pode? E saibam que muitos outros fins de semana assim teremos esse ano.

Um razoável público compareceu ao Carioca Club e era interessante, pois a sonoridade das três bandas é bem diferente o caracteriza mais ainda um Festival, sendo que duas delas tocariam pela primeira vez no Brasil, então vamos a noite.

The Devil

Banda que se apresenta como inglesa, tem um disco auto intitulado de 2012, todos são mascarados, e com a luz bem escura, da  aquela sensação que o The Devil é um Ghost sem grife, embora as sonoridades e propósito sejam bem diferentes.

A musicalidade da banda soa até simples, com riffs de cavalgada bem marcados e claro que a banda tinha uma postura interessante no palco e uma narração, era a voz das músicas.

O mais interessante de ver e ouvir as músicas era a atenção da plateia que aqui no Brasil normalmente em banda de abertura só amigos e parentes prestam atenção mas desta vez todos buscavam um som novo e isso é ótimo para o estilo.

o clima sombrio com luzes variando nas músicas entre o vermelho e o azul a banda seguiu mostrando seu trabalho, sem uma palavra ao público onde o destaque foi o baixista com uma dancinha meio estranha tocando seu instrumento.

O set de cerca de 40 minutos foi perfeito, pois já ao final sem interação e as músicas bem similares o show estava ficando bem monótono e mesmo a banda sendo cada vez mais aplaudida.

De sonoridade a banda não apresentou nada de novo e as músicas servem bem para acelerar o carro em uma rodovia quando estiver livre e poder sentar o pé, mas se a banda quiser sair de onde está certamente precisará de um vocalista.

Cellar Darling

A estreia da banda no Brasil, Anna Murphy, vocais,  Ivo Henzi, guitarras e Merlin Sutter na bateria onde todos os músicos fizeram parte do Eluveitie, que é a banda de Folk Metal mais querida aqui no Brasil, e após a saída da banda montaram o Cellar Darling e vem fazendo enorme sucesso pelo Mundo afora.

Uma boa parte da plateia realmente estava ali pela banda, afinal Anna Murphy tem uma legião de fãs por aqui, e o clima de um show de Folk Metal era nítido nas dependências do Carioca.

Ao abrir as cortinas, lá estava a banda e os riffs da primeira faixa “Black Moon” já deixava evidente a sonoridade da banda, embora tenha elementos folk, eles não são tão utilizados como na sua antiga banda e aqui o destaque fica mais para a voz de Anna.

O som é um Heavy Metal, com harmonia e riffs fortes com a bateria precisa de Merlin Sutter e já emendam com “Hullabaloo” e plateia assim como prevista participava muito, seja aplaudindo , seja cantando ou simplesmente com os braços para o alto conhecendo a banda.

Uma das minhas preferidas “Avalanche” que achei que seria impactante e forte ao vivo, não teve o retorno que pelo menos eu esperava, mas mesmo assim, era ótimo ver a faixa ao vivo, chegando até Anna se abaixar a frente do palco e ficar a altura de seus fãs como se tivesse cantando no meio da galera, os mais sortudos da fila do gargarejo certamente conseguiram.

Anna claro que elogiou o Brasil dizendo que estava feliz em tocar por aqui e apresentar a Cellar Darling ao Brasil e lá seguiu mostrando um peso diferenciado, com uma sonoridade diferenciada do Metal hoje em dia, ficando difícil rotular nesse ou aquele estilo, ficando melhor classificando como uma banda de metal que é a base de tudo o que amamos.

A banda por ser um trio mais um baixista convidado, tem uma excelente postura com Anna e Ivo agitando mais a frente e literalmente se sentem em casa no palco, era claro e nítido bem como a felicidade da maneira calorosa que foram recebidos em São Paulo.

Ao final Anna agradeceu muito ao público de São Paulo e perguntou se a plateia queria uma música a mais e recebeu um sonoro “No”, pois era claro que todos queriam que eles cantassem muito mais, Anna então anuncia a última música e finaliza um excelente show de apresentação de sua nova banda e claramente e fato teremos eles muitas outras vezes no Brasil.

Sejam vem vindos Cellar Darling e claro que iremos esperar e acompanhar essa que esperamos ser uma carreira de muito sucesso.

  1. Black Moon
  2. Hullaballoo
  3. The Hermit
  4. Avalanche
  5. Six Days
  6. Rebels
  7. Under the Oak Tree…
  8. …High Above These Crowns
  9. Starcrusher
  10. Water
  11. Fire, Wind & Earth
  12. Redemption
  13. Hedonia

Therion

Chegada a hora da ultima atração da noite, não a mais importante, pois todas tiveram sua função, o Therion voltava ao Brasil, e mesmo com um probleminha na cortina do Carioca Club teimava em não abrir, assim que o palco ficou com livre visão para todos os presentes, a intro começa e de cara a pedrada “Theme of Antichrist” , perfeita com participações de todos vocalistas, solos muito bem executados, e batida perfeita, era o inicio de um regaço de show.

Christofer Johnsson, líder mentor e guitarrista,  Thomas Vikström, vocal,  Sami Karppinen, bateria, Nalle Påhlsson, baixo,  Christian Vidal, guitarra e Linnea Vikstrom e Chiara Malvestiti como vocais de apoio começaram a mil por hora e mandaram depois “The Blood of Kingu” e
“Din” e a energia era a mil por hora.

Claro que uma banda que se propõe a fazer uma Opera Metal tem qualidade técnica muito acima de qualquer média imaginável, porém aqui, no caso do Therion, isso não é pré-requisito, pois o que todos agitam fazendo ser um show agitadíssimo ganha outro nível.

Elogiam de finalmente estarem de volta ao Brasil e dizem que tocarão mais uma do novo disco e anuncia a faixa de quando o capeta encontra uma mulher de belas formas como apresentou o vocalista e a leva para casa, o nome da faixa, não podia ser outro do que “Bring her home”.

Seja nas partes mais agressivas com  Linnea Vikstrom cantando, e vale lembrar que a banda paralela da cantora QFT, tinha lançado seu primeiro álbum, uma semana antes deste show em São Paulo, não se incomodava e cantava seja de maneira mais agressiva, seja de maneira mais soprana, chegando até a se ajoelhar diante de Christofer como deve ser todo show de Metal.

A banda consegue em um setlist onde apresenta suas novas composições com os clássicos que todos querem ouvir, e o grande destaque, foi que mesmo não tendo uma plateia sold out, quem foi realmente participou do shows, seja nos cantos de “ÔÔÔÔ” ou seja cantando as letras e todo esse diferencial fez o show ser mais foda ainda.

Faixas como “Lemuria” e “Cults of the Shadow” são aquelas que ao vivo ganham um corpo forte e contagiam muito mais que suas versões originalmente gravadas em estúdio, e aqui em São Paulo, muito mais que em vezes anterior, ficaram realmente em evidência.

O tempo passava e nada de alguém arredar o pé, afinal, o show começou as 11 da noite iam terminar pós o metrô ainda funcionar, então quanto mais tocassem mais seria a diversão.

Claro que o novo disco teve lugar especial no setlist, afina foram 5 músicas e a última deste play ” My voyage carries on” e deixando o gran fnale realmente para o final, com clássicos da banda que dispensam apresentação ou se quer comentários “The Rise of Sodom and Gomorrah” e “To Mega Therion”.

Que noite, e o melhor de tudo, ainda quem estava ali por transporte público poderia ir ao bar e comentar por algumas poucas horas essa noite de Heavy Metal que marcou lugar de mérito neste ano de 2018.

Três excelentes shows que podem variar de opinião em relação ao gosto pessoal de cada um que esteve no Carioca Club, mas som e luzes perfeitos atendendo a proposta de cada uma das bandas, e o que melhor marcou a noite, três estilos dentro do Metal mostrando que ninguém precisa copiar ninguém para ter seu lugar ao sol do sucesso, e três bandas que sabem como entreter o público cada um a sua maneira.

  1. Theme of Antichrist
  2. The Blood of Kingu
  3. Din
  4. Bring Her Home
  5. Night Reborn
  6. Nifelheim
  7. Ginnungagap
  8. Typhon
  9. Temple of New Jerusalem
  10. An Arrow from the Sun
  11. Wine of Aluqah
  12. Lemuria
  13. Cults of the Shadow
  14. The Khlysti Evangelist
  15. My Voyage Carries On
  16. The Invincible
  17. Der Mitternachtslöwe
  18. Son of the Staves of Time
  19. The Rise of Sodom and Gomorrah
  20. To Mega Therion
 

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