Call The Police @ Vivo Rio – Rio de Janeiro (23/06/2018)
Postado em 24/06/2018


CALL THE POLICE
DIA: 23/06/2018
Local: Vivo Rio

Texto por Luis Carlos

Quando esse projeto passou pela primeira vez no Brasil eu não pude assistir. Não me lembro o motivo, mas a de que lamentei muito pela oportunidade perdida. Quando foi anunciado que isso novamente aconteceria eu fiquei muito feliz, pois sou fã do The Police, e como todos, ou a grande maioria deve saber, esse projeto homenageia o trio tocando algumas de suas canções mais clássicas, e ainda, contando com o guitarrista original da banda: Andy Summers.

Liderado pelo baixista e vocalista Rodrigo Santos, um dos músicos mais atuantes e ativos do Rock Brasileiro, o “Call the Police” (um nome excelente diga-se de passagem) também conta com o baterista João Barone, que é um dos maiores em seu instrumento no Brasil, e também, membro da banda mais “The Police” do nosso país, o Paralamas do Sucesso. Com esse trio maravilhoso, fica impossível que um projeto como esse não seja bom, e foi assim, com tanto talento e musicalidade, que o trio esbanjou a boa música no palco do Vivo Rio, uma casa que eu curto, porém, como já disse em outras resenhas, situada em um lugar de difícil acesso para quem não tem carro (e pagando estacionamento caro), fazendo com que a pessoa dependa e muito de um táxi ou Uber.

Mas como o papo aqui é música, assim que a “polícia musical” foi chamada, nós fomos autuados a ter que ouvir por uma hora e vinte minutos de boa música por meio de clássicos e mais clássicos do The Police. A apresentação aconteceu após 20 minutos do horário marcado, e enquanto a banda não entrava no palco e as pessoas ainda chegavam no local e se sentavam em suas mesas reservadas, o ambiente era animado por um DJ local tocando Deep Purple, Legião Urbana, Barão Vermelho, Led Zeppelin, etc. Após uma breve introdução, o trio subiu ao palco para animar o público, que aos poucos foi se soltando ao ponto de alguns deles saírem de suas mesas e irem para a lateral das mesas para curtir o show. Começaram de cara com uma música que eu adoro: “Synchonicity II” e daí foram clássicos atrás de clássicos, como “Spirits in the Material World” e “Walking in the Moon”, e tudo como muita personalidade, ainda que tivesse prestando um tributo ao The Police. Andy Summers era a felicidade estampada no palco por tocar com dois grandes músicos Brasileiros: Rodrigo Santos e João Barone. Falando em Rodrigo, de fato, é hoje um dos músicos mais brilhantes do Rock Brasileiro que você pode admirar, mesmo sem curtir uma música do cara (o que não é o meu caso), tamanho o carisma e o talento que ele tem para se meter em tantos outros projetos musicais e dos mais variados estilos sem perder a simplicidade e a identidade de quem ama o que faz. Falar do Barone na bateria é “chover no molhado”, já que o músico é praticamente o “Stewart Copeland” (baterista do The Police) Brasileiro. Toca muito! Falando nisso, não sei se da equipe, mas por curiosidade tinha alguém muito parecido com o Copeland no local.

No meio do set, o trio tocou umas músicas, digamos, mais tranquilas, o que deu uma acalmada no público com seus improvisos, mas não demoraram muito para voltar as músicas mais animadas, como em “De do do do, De da da da” e Roxanne. Essa última, uma das minhas preferidas do grupo, mas que confesso que senti falta de um backing vocal no refrão. Foi a partir daí que o público começou a se levantar das cadeiras e deixar o evento “menos social”, respondendo sempre com muita alegria os pedidos do baixista e vocalista Rodrigo. Nem mesmo a calma “Every Breath you Take” baixou os ânimos do público, que começou a dançar cada vez mais, principalmente quando tocaram “Message in the Bottle”.

Após um pequeno intervalo para o bis, o Trio subiu ao palco para arrematar ainda mais três clássicos do grupo: “So Lonely”, “Can`t Stand Losing You” e “Every Little Thing she does it Magic”. Sensacional, pois para quem curte The Police, não saiu dali com as mãos abanando. Não faltou nenhum clássico, há tempos que eu não me divertia tanto como nesse show, e se o intuito do grupo era realmente esse, conseguiram com sobras, inclusive a de fazer esse desengonçado jornalista dessa resenha arriscar uns pulos, e quanto ao trio, até arriscaria dizer que eles poderiam lançar um disco autoral. Qualidade e talento não faltam! Chamem a polícia, fomos todos presos pela boa música !!!

THE POLICE

Banda inglesa de rock, formada pelo baixista e vocalista Sting, o guitarrista Andy Summers e o baterista Stewart Copeland na cidade de Londres em 1976-1977. A banda, que teve influências do reggae, punk e do jazz, é considerada uma das melhores bandas da história do rock com uma enorme influência no Rock da década de 1980.
Em 1976, o jovem Gordon Summer (Sting), tocava com uma banda de jazz rock chamada Last Exit em sua cidade natal, Newcastle. Numa noite, Stewart Copeland, que era o baterista do Curved Air (uma banda de rock progressivo), viu a performance de Sting durante um show e logo que o Last Exit encerrou suas atividades, os dois músicos decidiram formar a uma banda contando com mais um guitarrista: Henry Padovani. Mudaram de nome assim que Padovani saiu e daí a história do grupo mudou para sempre. O grupo lançou apenas 5 discos na carreira, encerrando suas atividades em 1983 e voltando esporadicamente para algumas reuniões. Em uma delas, a turnê passou pelo Brasil tocando em algumas cidades.

O The Police chegou a se reunir para uma gravação, onde lançaram “Every Breath you Take”, que saiu como única faixa inédita em uma coletânea e daí a banda nunca mais voltou. O que se fala é que a relação entre os integrantes ainda não é boa e que isso dificulta o retorno do grupo, fazendo com que o lançamento de um novo disco seja impossível.

 

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