Delain e Nightwish @ Tom Brasil – São Paulo/SP (28/09/2018)
Postado em 29/09/2018


Fazer uma Tour com canções que há muito tempo não são tocados, sendo gravados inclusive por outro vocalista, certamente muitos criticariam a Tour como oportunista uy coisa do gênero mas quando essa Tour se trata de uma banda chamada Nightwish. ai meu irmão a treta é feia, pois é a Tour comemorativa junto com o lançamento da coletânea Decades e o show já era Sold Out rapidamente, ou seja mais uma Tour de sucesso por aqui que teria ainda o excelente Delain como convidado.

Álbum de Fotos: Click Aqui

Toda a ansiedade só ia aumentando ainda mais depois do Wacken Festival onde a banda fez um show antológico e  com isso a ansiedade só ia aumentando e finalmente São Paulo, Brasil, recebia a primeira parada da Turnê pela America Latina e o lugar Tom Brasil na Zona Sul da cidade.

Delain

O primeiro show da noite ficou a cargo do Delain, banda holandesa, com Charlotte Wessels nos vocais, Martijn Westerholt nos teclados ( ex-Whitin Temptation ), Otto Van Der Oije no baixo, Sander Zoer na bateria e Timo SomersMerel Bechtold nas guitarras.

Após a intro a banda entra mandando muito bem com “Hands of Gold” do último álbum Álbum Moonbather e ai veio minha surpresa, o Tom Brasil lotado queria sim e muito ver a banda e o pessoal cantava bem alto e essa troca de energia entre banda e platéia que sempre ouvimos muito nas entrevistas deu um “up” digamos e o show ficando ainda mais fodástico.

Suckerpunch“, “The Glory and the Scum” também do último álbum foi na mesma energia, lá em cima,  e o melhor uma banda voando no Tom Brasil, já que aquele era maior do que o local de suas últimas apresentações no Brasil, a banda literalmente sobrou no palco, e qual maneira de incendiar ainda mais, convidar o baixista Marco Hietala para cantarem junto a música “Sing to Me”, e ai quem estava lá já tinha certeza, “essa noite ia ser foda”, e sim eu duvidava que todos tivessem energia para todos os dois shows.

Delain no Palco no Tom Brasil, como se portaram, perfeitos, provando que a banda merece esse tipo de casa, pois o show ganha uma energia fudida, Charlotte Wessels, a simpatia de sempre, carismática talentosa,  e até pela cor do cabelo que estava lembra muito Paula Toller, como disse o fotógrafo e amigo da Revista Mosh, Renato Jacob, na platéia citou isso durante a apresentação.

Merel Bechtold, a nova guitarrista, embora ela estivesse na banda na sua última passagem por nosso país, como foi a primeira vez que a vimos, meu como diria nós os paulistas, a guria impressiona, tocando muito e faz parecer tudo fácil já que não para de sorrir e agitar junto com o público um minuto e Otto Van Der Oije, no caso o baixista e Timo Somers o outro guitarrista não ficam para trás e tem uma excelente movimentação.

Seja na parte de teclado, citando até talvez mais dançante como “Don’t Let Go“, ai aparece o teckadista Martijn Westerholt, ex- Within Temptation, e vemos que a fonte de ambas as bandas são as mesmas e o sucesso vem aumentando com o tempo e certamente continuaremos a ouvir falar muito bem do Delain nos próximos anos. “The Hurricane“, quase uma balada, faz a banda se consagrar, e eu pensava, espero que o show realmente esteja sendo gravado, pos este show, merecia, de tão histórico que parecia.

Então tínhamos agora “Fire with Fire” espetacular, e eu queria fazer alguma crítica, mas o show contagiou demais, e a sequencia tínhamos outra fenomenal da banda “Mother Machine” para acabar o show no ápice com a música mais conhecida dos Delain, “We are the Others“, que fecha o show deles, e com um Tom Brasil inteiro se divertindo e a banda deixa o palco com a certeza de ter feito um dos melhores shows deles na carreira, mesmo sendo curto tamanha a recepção com aquela reciprocidade  também foi o melhor da banda no Brasil.

Hands of Gold
Suckerpunch
The Glory and the Scum
Sing to Me  (with Marco Hietala)
Don’t Let Go
The Hurricane
Fire with Fire
Mother Machine
We Are the Others

Antes da Resenha do principal show da noite, vamos aqui homenagear Fernando R. Junior do Rock on Stage e vamos supor como se ele estivesse escrevendo a matéria, já que infelizmente não esteve presente,  com todos dados temporais que costuma fazer tão bem no site parceiro e amigo que temos o prazer de compartilhar várias matérias/entrevistas

Nightwish

Tom Brasil lotado, 4 mil eufóricos fãs, e começa a intro da banda e um a um vão entrando no palco, Tuomas Holopainen, teclado (o cérebro/dono da banda, Emppu Vuorinen , guitarra, Marco Hietala, baixo e vocais, Troy Donockley, gaita irlandesa, e claro a icônica Floor Jansen nos vocais, e a América do Sul recebia a Decades Tour finalmente…

Como a turnê é de um disco de compilação, vamos sempre citar qual foi para tentarmos datar o tanto que apreciamos a banda e quanto tempo que faz parte no nosso dia a dia, como exemplo intro “Swanheart”,  do Oceanborn de 1998,  e ai o pau começa com “End of All Hope” do Century Child de 2002, e mano, vamos jogar a real, quem não pulava nessa hora, não tinha condição física, lembra que citamos a velocidade e energia do Delain, então…., o baguio ficou doido, como dizemos na “quebrada” a banda sentia a força que estava na frente, e Floor  Jansen agradece na sua primeira intervenção com a galera, (e até foram poucas) e emendam “Wish I Had an Angel” com Marco cantando muito e já sabíamos o massacre sonoro.

10th Man Down” do EP “Over the Hills and far away” , esse de 2001, embora debate se a faixa tinha em algum Cd lançado anteriormente, com “Come Cover me” perfeita, e o que dizer do Nightwish, a presença de palco deles impressiona e influencia, vide o Delain minutos antes.

Marco e Emppu são aquela postura tradicional, agitando interagindo e se movimentando sempre, Troy sempre discreto e eficaz em suas intervenções, Kai na sua bateria, embora não decepcione, é meio que aquele chuchu na banda, sem gosto de nada, já que tecnicamente é bem inferior ao saudoso Jukka Nevalainen que debulhava e participava muito do show, e Tuomas Holopainen sempre na dele, mas do seu jeito canta junto quase todas as músicas e sempre ali no cantinho, discreto mas eficiente ao ultimo grau.

Élan“, o primeiro single da banda na voz de Floor Jansen, lançada em 2015, ganha uma conotação mágica, daquele belíssimo Cd, Endless Forms Most Beautiful,e o que mais ouvia era uns “puta que pariu”. Chegava a hora de um trio de música de literalmente “botar a casa abaixo” usando aqueles chavões bestas, mas aqui vamos encaixar já que falamos “Sacrament of Wilderness” do Oceanborn, “Deep Silent Complete“,  e “Dead Boy’s Poem” do absoluto Wishmaster de 2000, e fica o registro com mais faixas nesse show com 4 músicas, sendo a outra tocada anteriormente que foi “Come Cover me“.

Chegava a hora de “Elvenjig“, música tradicional da cultura da banda, que o vocal fica por conta de Troy Donockley com destaque para sua gaita irlandesa, para a sequencia a porrada comer solta com “Elvenpath” do disco de estréia Angels Falls First de 1997, e ainda vejo na banda banda o mesmo sangue do primeiro CD, mesmo que a intensidade hoje 20 anos depois não seja a mesma a dose permanece, a cadência mantém aquela chama que destacou essa banda no cenário Heavy Metal Mundial.

Duas perfeitas, “I Want My Tears Back“, do Cd Imaginaerum, que embora não seja de Floor Jansen a voz gravada, por ter sido esse o primeiro lançado com ela no Nightwish em um vídeo ao vivo, ela ficou na minha mente como sempre cantada por ela, que claro o agito ainda estava lá em cima, com a plateia cantando tudo, e segue com a única do Dark Passion Play de 2007 com “Amaranth“.

Era interessante, ver pessoas das mais variadas idades, curtindo o show mostrando que música quando é boa, não tem idade, nem propriedade, afinal ela é composta para o mundo e isso faz com que a cultura seja tão importante, e ver momentos assim realmente faz o trabalho de cobrir um show ser realmente prazeroso.

A surpresa no set, anunciada por Trouy, e cantada junto com  Floor seria ” The Carpenter” do Angel Falls First,  onde claramente víamos uma vocalista, no caso Floor, não totalmente a vontade de cantar uma baladinha, já que ela vem do After Forever, onde tem uma pegada bem mais pesada, e embora tenha cantado bem literalmente ela estava insegura de como ficar “calminha” no palco digamos assim, mas não nos interpretem mal, a versão maravilhosa.

Marco fala que a próxima é uma historia de amor, mas se ele participasse dela seria diferente, e anuncia “Devil & the Deep Dark Ocean“, e uma pequena introdução ao teclado nos apresenta “Nemo“, clássica do álbum Once de 2004,  e Floor sabe como levantar uma platéia já pulando meio que cansado, com sua presença mágica de palco.

Já praticamente indo ao final, “Slaying the Dreamer“, fodástica na versão Marco/Floor, mais uma da época da nova vocalista “The Greatest Show on Earth” e finaliza, com “Ghost Love Score”  onde se despedem do público brasileiro, mas deixam o palco sendo ovacionados em um show de cerca de pouco mais de duas horas, fizeram perfeitamente o que a Tour se dizia que ia fazer, relembrar toda carreira com muitas faixas que não entram usualmente em Tour e das 22 músicas do álbum tocaram 18 delas.

Que banda ao vivo, ele literalmente fazem do palco, algo de ser hipnotizado por todo o tempo, e Floor não canta  e nem tenta imitar sua antecessora na banda, ela tem seu próprio estilo, e a banda se adaptou perfeitamente a ele, vide que nunca falaram sequem em alguma hipótese de reunião nesses quase 15 anos da separação e a banda ano que vem provavelmente lançará mais um disco fenomenal e nós iremos aguardar para uma nova apresentação aqui no Brasil.

Obrigado a Dynamo, Free Pass e Tom Brasil pelo atendimento, credenciamento e atenção de sempre.

End of All Hope
Wish I Had an Angel
10th Man Down
Come Cover Me
Gethsemane
Élan
Sacrament of Wilderness
Deep Silent Complete
Dead Boy’s Poem
Elvenjig ([traditional] cover)
Elvenpath
I Want My Tears Back
Amaranth
The Carpenter
The Kinslayer
Devil & the Deep Dark Ocean
Nemo
Slaying the Dreamer
The Greatest Show on Earth
Ghost Love Score
The Greatest Show on Earth (saidera )

 

Categoria/Category: Sem categoria
Tags:


TOP