Cinco anos de espera, e finalmente a Black Label Society voltou a América do Sul começando seus shows do ano para turnê promocional do elogiado álbum “Grimmest Hits”, que já encantou as principais cidades da América do Norte e Europa ano passado.
Zakk Wylde (vocal/guitarra), Dario Lorina (guitarra), John DeServio (baixo) e Jeff Fabb (bateria) vieram e botaram abaixo o Brasil com o que talvez seja a maior Tour solo da banda em Terras Tupiniquins.
Todos conhecem os exageros do líder e exímio guitarrista Zakk Wyde, portanto podemos dizer que Black Label Society tem muito a oferecer em termos do Show Business, já que seu mentor e criador chama-se Ozzy Osbourne e talvez seja o melhor professor que Zakk poderia ter tido, e sem contar que ele é o guitarrista que mais tempo tocou junto ao Madmann
Embora esta não foi a primeira vez que nos visitou, se era a primeira vez desde a Tour de despedida do Ozzy e exatos 11 anos e 1 dia desde a estréia no Parque Antarctica em 2008, quando tocou junto com o Korn e claro o Senhor das Trevas.
A apagar das luzes tivemos aquela mixagem de Sabbath com Led que se chama “Whole Lotta Sabbath” e com as luzes ainda apagadas, a adrenalina ganhava tons altos, e com a queda da cortina com o logo da banda e todos no palco com luzes totalmente vermelhas surgem com “Genocide Junkies”
Embora, hoje tenhamos grandes bandas criativas no Rock, especialmente o visual e apelo comercial passa longe no nosso estilo e com isso temos um público fugindo desse tipo de diversão há tempos, porém o Black Label com o visual de Gang de Motociclistas, “a la Hell’s Angels”, traz toda aquela mágia de volta ao palco.
Se Zakk, com sua saia nórdica mais lembra um Viking, o que ele agita é único e inconfundível, assim, como seus companheiros de banda é digno de todo e qualquer elogio, “Funeral Bell” e “Suffering Overdue” na sequencia, e a porrada comendo solta, com o público vibrando a cada Riff ou a cada solo.
Em seguida, aquele açoite de chicote com “Bleed For Me”, um som que acho dos melhores do CD 1919 Eternal (2002), e como esperado fez todo mundo pular ao ritmo de seus riffs. Além disso, a força com que ambos Zakk e os outros interpretaram significava viver a música com tudo no sentido de ela estar dentro de sua alma.
Eu estava na parte de trás da xasa, então eu podia ver todo o caos da plateia insadecida que parecia uma zona de guerra, com lindos raios de luz amarela apontando diretamente a Zakk, e la vamos nós afinal o show continua, e sem qualquer pausa, e tivemos poucas pausas durante todo o show, “Heart of Darkness” veio como uma avalanche.
” Suicide Messiah” talvez a mais conhecida da banda, veio descomunal, perfeita, e confesso que as cores, a postura da banda, e vendo hoje que muitos só exaltam bandas com mais de 30 anos de carreira, ou seja as clássicas, hoje é muito raro ver uma banda nova, com uma postura como essa no palco.
Uma música que me chamou muito a atenção foi ” Bridge to Cross “, uma baladinha com leves toques de blues, que deu uma calma no show e criar o ambiente para que Zakk vá ao piano e toque as seguintes, ” Spoke in the Wheel” e a belíssima ” In This River”, é e assim podemos dizer os bad boys também se emovionam!!! E o que dizer na mesma faixa, então homenagear Vinnie Paul do Pantera com sua foto sendo vista ao lado esquerdo do palco.
Outro lance que temos que comentar “Fire it up” onde se concentrou o maior solo de guitarra de Zakk, e tocou de tudo que foi jeito, fazendo a guitarra “até miar”, com direito a duelo entre os guitarristas e o demonio devia estar no meio deles conduzindo essa sinfonia demoniaca.
Para finalizar o show, vieram com “Stillborn” e seu Riff descomunal, e assim Zakk wylde conseguiu para ele a fácil proeza de fazer quase 3 mil pessoas irem embora com um sorriso estampado de zoreia a zoreia..
O que ele fez foi incrível, uma aula de Heavy Metal durante todo o show,de fazer um lado gritar mais alto que o outro, de chamar São paulo, e se isso é chavão , brega ou o que for, mas ali tinha uma alma rock que muitos poucos tem hoje, e todo esse mérito podemos dizer que são desses quatro cavalheiros do apocalipse que juntos forma o Black Label Society e detonaram demais nesse show em São Paulo.
Genocide Junkies
Funeral Bell
Suffering Overdue
Bleed for Me
Heart of Darkness
Suicide Messiah
Trampled Down Below
All That Once Shined
Room of Nightmares
Bridge to Cross
Spoke in the Wheel
In This River
The Blessed Hellride
A Love Unreal
Fire It Up
Concrete Jungle
Stillborn
A Abertura ficou por conta do Acid Tree, que possui na sua linha
Ed Marsen nos vocais e guitarras, Ivo Fantini no baixo e Giorgio Karatchuk na bateria e já com a casa com um bom número de expectadores.
A primeira faixa foi uma instrumental e até interessante ver a banda se aquecendo apresentando seu novo som, para na segunda mostrar bem sua força com a faixa “Awake the Iron”, e se fosse para rotular a banda, seria uma mistura de progressivo com uma pegada mais diferentona, meio Stoner nós diriamos.
A seguinte devidamente apresentada e saudando o público paulista veio com “Arkan”, seguindo o mesmo estilo, e claro quando se propóe a fazer algo nesse quilate claro que a técnica deles é bem acima da média.
E como o tempo para eles foi bem curto a banda focou em apresentar seu som, sendo discretos, mas o mais importante, marcando presença e fazendo seu excelente show, apresentando a muitos outra grande banda do cenário brasileiro.
Fields of Gray (abertura instrumental)
Awake the Iron
Arkan
So Sings the Crow
Caged Sun
Dois shows sensacional, que faz valer cada centavo, e como é bom sair de um evento desse tipo onde se une, técnica, música boa e atitude, coisas simples que o Rock sempre foi.
Parabéns, Liberation e The Ultimate Music pela Produção e Assessoria.
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