O data de 23/06 foi o dia escolhido pelo Baroness para fazer sua estreia no Brasil. Após 5 álbuns de estúdio, vieram para promover o recém lançado Gold & Grey que saiu dia 14/06. Neste giro pela América do Sul a banda tocou antes no México, Chile e Argentina.
A casa escolhida pela estreia foi a Fabrique Club que possui uma boa estrutura para shows. Fica localizada na Barra Funda, próximo ao metro. O horário escolhido, por ser um domingo, facilitou para quem teria que chegar e deixar o local de transporte público.
A abertura ficou a cargo da banda CARAHTER e foi a escolha certa para aquecer o pessoal que começava e chegar no local. A banda tocou músicas que são um misto de Stoner Metal com partes beirando ao Death Metal, principalmente por causa do vocalista Renato Rios que possui um vocal gutural e agressivo. Promovendo o álbum TURVO de 2017 e com 18 anos de carreira mostraram muito entrosamento no palco. Músicas como Ripping Flag e Invisible são de um bom gosto e peso absoluto. Vale a pena conhecer e valorizar.
Após uma pequena espera a casa já estava lotada de um público bem heterogêneo. Barbudos com camisetas do Black Sabbath e Slayer ao lado de casais de namorados mostraram que a música da banda ultrapassou a barreira do estilo e dos rótulos.
Pontualmente as 21:00 os músicos entram no palco para começar sua apresentação. Primeiro entrou o baixista Nick Jost. Com seu cabelo cortado no melhor estilo mullets , usando camiseta dentro da calça de moletom e um lindo tênis com cadarço vermelho, parece ter vindo diretamente dos anos 80 para fazer o show. Não que a vestimenta faça alguma diferença, visto que a música é o mais importante. Mas já demonstra que a banda não está se importando muito com sua imagem e nem para o que o público possa achar dela.
Na sequência entrou o vocalista John Baizley, a guitarrista Gina Gleason e o baterista Sebastian Thomson. Todos colocaram seus instrumentos, plugam os cabos e conferem a afinação enquanto esperam terminar a introdução do show.
O público todo gritando o nome da banda em uníssono, mas entre alguns sorrisos eles estavam mais preocupados em afinar seus instrumentos do que cumprimentar aos outros. E dava para perceber que não era por arrogância, mas porque a banda realmente não demonstra nenhum estrelismo.
Quando começa os primeiros acordes de “A Horse Called Golgotha” todos percebemos que o estrelismo da banda está em sua música, que é executada com perfeição e muita, mas muita vontade. Esta música é perfeita para iniciar um show pois começa com a guitarra e depois cada instrumento vai sendo adicionado. Quando John cantou a primeira estrofe e todo o público cantou junto, o sorriso estampado no rosto do vocalista mostrou que ele percebeu que teria que cantar muito alto para sua voz não sumir.
Sem dar tempo para conversa, a banda emendou a pesada Morningstar e March to the Sea que mostrou que o baixista Nick Jost toca muito melhor do que se veste.
Chegou a hora de uma música do novo álbum e Borderlines foi a escolhida, pudemos ver que a guitarrista Gina Gleason é um musica completa pois além de uma virtuosa na guitarra, agita muito durante as músicas, faz a segunda voz nos refrãos e interage muito com o público.
Foi então que a dupla de guitarrista começa a mudar a afinação das guitarras para tocar a próxima música. Algo comum durante todo o show, visto que as músicas variam muito a afinação. Normalmente as bandas trocam de guitarra nesta hora por outra já afinada. Mas como já disse, o Baroness não tá nem ai pra isso.
Afinação trocada é hora da Instrumental Green Theme, que fez o público cantar o solo e os riffs. Mais duas do álbum novo, “ I’m Already Gone” que é uma balada com ótimo trabalho de baixo e “Tourniquet” que não chega a ser uma balada mais tem um andamento mais devagar dando uma acalmada nos ânimos. Só uma acalmada por que ver os guitarristas tocando os solos juntos foi impressionante.
Interessante notar que a cada música executada a iluminação do palco era com a cor referente ao álbum equivalente. Já que os álbuns da banda levam nomes de cores. Algo simples de se fazer, mas demostra o cuidado e a intenção de se fazer um show bem feito.
E o público cantou “Shock Me “ do começo ao fim e literalmente foram as lagrimas nas baladas pesada “Eula” e “Chlorine & Wine”. Mas realmente são dois clássicos da banda com muita melodia em seus refrãos. Teve gente que desidratou nessa hora. Ponto alto da noite.
Mais duas do álbum novo, a instrumental “ Can Oscura” e “Seasons” que foi recebia com tanto entusiasmo pelo público que deixou a banda impressionada por ser uma música de um álbum que acabou de ser lançado. A banda agradeceu de tocando com tanta vontade que estourou a corda da guitarra dos dois guitarristas. Algo inédito nas palavras de John.
A música “ The Gnashing” que o Rush esqueceu de compor, marca o fim do show com a banda toda saindo. Engraçado que era tão evidente que a banda iria voltar que o publico nem se eu o trabalho de chamá-los de volta.
Tanto que não deu 5 minutos a banda voltou para finalizar com mais três músicas. A instrumental “Ogeechee Hymnal”, a pesada “Isak” e “Take My Bones Away” que também é perfeita para finalizar o show pois possui um refrão cativante e seu final é bem apoteótico.
A banda se despede com um simples Bye e sai do palco como entrou, sem fazer estardalhaço nem festa.
Mas ninguém reclamou, todos haviam acabado de presenciar uma experiência incrível. A banda veio e mostrou que, ao vivo, sua musica é elevada a outro nível. Tudo se potencializa, se torna mais pesado e enérgico. Por isso ninguém esperava, por mais que já se tenha visto a banda em vídeos, pessoalmente é outro sentimento. Por outro lado, a banda também compartilhou deste sentimento, pois era visível a alegria ao palco.
Enfim, Agradecemos a Liberation Music por ter nos proporcionado este momento.
SET-LIST CARAHTER
- Descending
- Ripping Flags
- Turvo
- The Cult
- Invisible
- Full Being
- Hydra
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Site – https://carahter.bandcamp.com/
SET- LIST BARONESS
- A Horse Called Golgotha
- Morningstar
- March to the Sea
- Borderlines
- Green Theme
- I’m Already Gone
- Tourniquet
- Shock Me
- Eula
- Chlorine & Wine
- Can Oscura
- Seasons
- The Gnashing
- Ogeechee Hymnal
- Isak
- Take My Bones Away
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