Quando o Espaço das Américas se transforma no Rock Station, o maior Fesival Punk Rock do Brasil, e na terceira edição voltem os headliners das primeiras edições.
Um dos festivais mais legais e que mantém o estilo do Punk Rock vivo na cidade teve sua terceira edição um público completamente Sold Out no Espaço das Américas, e quem foi sabia o que esperava e que aconteceria, uma verdadeira aula do estilo que mexeu todo o mundo da música no final da década de 70.
No horário previsto, e isso era bom pra todos, pois era uma Terça-Feira de Labuta, o Bad Religion subiu aos palcos e sempre gostamos de brincar e fazer piadas com várias bandas importantes, claro com todas que gostamos, e de qualquer estilo, mas na noite eu não conseguia lembrar o porque não brincar com a banda e quando começaram com “21st Century (Digital Boy)”, eu relamente lembrei o porque, a banda arregaça, entra no palco fazendo brincando com o público enquanto a gravação rola, e depois viiiiiiiiixiiiiii… e começar com um dos maiores sucessos e músicas esperadas pela platéia tem que ter muito culhão…
“Fuck you”, a segunda, um mega hit da banda depois de mais de 30 anos de carreira, quem consegue isso e quando o vocalista Greg Graffin fez o símbolo para platéia e rindo, eu pensava, como pode ter cara que se diz do Rock e defende político… é pau no cú na esquerda e na direita e se foda…
A primeira do novo álbum Age of Unreason foi a quarta do set, “Chaos of Within”, e ganhou um puta peso, ao vivo, e claro estamos falando de um Festival e vem ganhando público a cada ano, e nada melhor que clássicos e assim tivemos “Stranger than Fiction” música que da nome ao disco de 1994, fudidaço.
Após “The Dichotomy”, graga lembra que era hora de lembrar outra do passado, e que também da nome a um disco. porém esse de 1993, e a música título “Recipe for Hate”.
Algumas rodas durante todo o Festival, nenhum stage diving, pois o Espaço das Américas tem um longo e a banda ao vivo, é energia pura, você vê os caras tocando e simplesmente se para vendo eles, pois mandam um rock visceral independente se a faixa é do disco mais comercial ou aquelas que beiram o hardcore.
Setlist da banda sempre muda e em São Paulo tivemos “I Want to Conquer the World” e ” New Dark Ages”, tocada com a mesma energia como se tivessem 20 anos, e estão no palco hámais de trinta anos.
O hit rádiofônico “Infected”, não ficou de fora, e foi um dos momentos que a platéia mais agitou e gravou nos celulares, embora dos hits, eu senti muita falta, de “punk Rock song” e “Walk” no setlist desse fest.
Uma homenagem ao presidente, feita pela platéia ecoou bem alto no Espaço das Américas, e a banda mesmo sem entender, ou entendendo, apoiava o canto e anuncia depois, “Generator”, fodassa…
Indo mais para o final, ” Los Angeles Is Burning”‘ e “Sorrow “, aqueles clássicos que batem na alma, e você sai na roda, mesmo se ela seja imaginária e vocês só faça por alguns metros, foi inesquecível, assim como o Riff do começo de “American Jesus”.
Um show absurdo e certamente o palco ficaria pequeno para o Offspring, pois superar uma apresentação com essa energia é muito difícil de acontecer.
21st Century (Digital Boy)
Fuck You
Anesthesia
Chaos From Within
Stranger Than Fiction
The Dichotomy
Recipe for Hate
End of History
The Handshake
I Want to Conquer the World
New Dark Ages
Lose Your Head
Automatic Man
We’re Only Gonna Die
Modern Man
Infected
You
Overture
Sinister Rouge
Generator
Do the Paranoid Style
Los Angeles Is Burning
Sorrow
Fuck Armageddon… This Is Hell
American Jesus
Hora do Offspring, ou o Bon Jovi dos Punks, já que chamo assim pela quantidade de Hits radiofônicos, e terem escapado um pouco da linha do inicio de carreira, e a banda começa desfilando o melhor do Punk com “Americana”, e com todo o EDA cantando o riff e a parte do “I fuck u”, e na sequencia, uma das nossas preferidas, para entrar em qualquer roda, com “All I Want”, que puta que pariu, que versão na veia….. a galera estava ensandecida, e sim com saudade da banda, já que ela não costuma vir sempre, e normalmente com shows bem lotados.
O hit “Come out and Play”, ” you gotta keeo separate” com seus “oooooooo” por parte da plateia, trouxe aquela volta ao tempo, para o inicio dos anos 90, e colocaba essa música para a minha sobrinha ouvir ainda na barriga de sua mãe, e pensava ela vai decorar na barriga mesmo… e após esse sucesso hora de Dextter e Needles brincar com a galera pela primeira vez.
A nova “It Won’t Better”,embora pareça interessante não funcionou bem nesse dia, pois claramente a galera queria clássicos, então vamos a dois não tão conhecidas com “Want you bad” e do Smash, o hardcore “Genocide”.
Só faltaram dizer, querem os clássicos então toma…. e lá tivemos “Staring at the Sun” totalmente foda.., e chegava a hora da surpresa, que como disseram seria hora de um cover da melhor banda do mundo, e ao ouvirmos os primeiros Hey ho, Let’s go, já sabíamos que se tratava da “Blitzkrieg Bop” dos Ramones, seguida, por outra banda do coração da banda, do AC/DC “Whole Lotta Rose”, e como é bom ver um cara com um voz potente como a do Dexter, tentar cantar duas músicas de vocais bem diferentes do dele, e mesmo assim ficando legal a homenagem aos ícones..
A seguinte, “Bad habbit” outro hit, que a banda no meio, perguntou quem sabia os palavrões” e dedicou a quem gravava o show com celulares”, e não é que muitos que foram zoados, gravaram..
“Gonna get Away”, uma música que tende mais para o metal que para o punk, tem o mesmo impacto de sempre e como ao vivo a bateria desta ganha peso. A decepção da noite veio na sequência, com “Gone away”tocada no piano, bonitinha, muito bem feita, celulares no alto iluminando, mas estava num show punk, e ali não vabe um piano, eu sinceramente queria a versão elétrica…mesmo sabendo que a música fala de pessoas que partiram da nossa vida, e queríamos que estivssem ainda do nosso lado.
” Why Don’t You Get a Job?” o hit que nem parece ser rock, que parece uma brincadeira da banda, mas fez um sucesso monstruoso, também foi tocada, até como sempre é…e dessa vez tinha bolas, sendo jogadas para a galera que fez a festa, bonitinho, mas longe de ser música punk, e indo para o final do show com duas músicas, que levanta até pinto de veio com ” Pretty Fly (For a White Guy)” e uma das melhores músicas do punk rock com uma letra que retrata toda a opressão que a vida nos dá em um ska maravilhoso… e claro estou falando de ” The Kids Aren’t Alright “
O bis para deixar todo muito feliz, veio com “You’re Gonna Go Far, Kid” finalizando com ” Self Esteem”, que como dissemos no começo, todos os hits tocados, um show excelente, mas sendo sinceros, como show de punk longe de superar o Bad Religion que fez sem dúvida um dos melhores shows do ano .
Americana
All I Want
Come Out and Play
It Won’t Get Better
Want You Bad
Genocide
Staring at the Sun
Blitzkrieg Bop
Whole Lotta Rosie
Bad Habit
Gotta Get Away
Gone Away
Why Don’t You Get a Job?
(Can’t Get My) Head Around You
Pretty Fly (For a White Guy)
The Kids Aren’t Alright
Encore:
You’re Gonna Go Far, Kid
Self Esteem
Formação:
Greg Graffin – vocals.
Brett Gurewitz – guitar, background vocals.
Jay Bentley – bass, background vocals.
Brian Baker – guitar.
Jamie Miller – drums.
Temos o show na integra do Offspring no Youtube.
As fotos do Offspring são de Ricardo Cardoso do Espaço das Américas, o qual agradecemos muito, pois o Offspring não aprovou nossa entrada no pit dando preferência a veículos mais pop.
Um evento fantástico que vem crescendo a cada dia, e que esperamos nas edições futuras, tenhamos bandas clássicas do Punk Rock, seja o 365, o Colera, Inocentes, e quem sabe, na próxima ou o PIL, ou John Lydon, cantando Pistols, porque não sonhar alto.
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Tags: Bad Religion • Offspring • Rock Station
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