The Sisters Of Mercy @ Tom Brasil – São Paulo/SP (09/11/2019)
Postado em 11/11/2019


Algumas pessoas passam … esperando o The Sisters Of Mercy por dois anos. Já outras pessoas, que perderam essa passagem… irão esperar um pouco mais.

Dois anos após sua última passagem pelo país, Andrew Eldritch e seus comandados, retornam a capital paulista para mais um show, a abertura ficou por conta da banda de Curitiba, The Secret Society que acompanhou ‘As Irmãs’ durante toda a turnê Sul-Americana.

Por volta das 20:50, Guto Diaz (baixo e voz), Fabiano Cavassin (guitarra) e Orlando Custódio (bateria) sobem ao palco do Tom Brasil para apresentar faixas de seu álbum de estréia ‘Rites of Fire‘, a banda tem influências claras de grupos como ‘The Cult’, ‘The Gun Club’(que em determinado momento contou com Patricia Morrisson em sua formação) e até mesmo ‘Alice In Chains’, por conta disso muitos do presentes se mostraram curiosos e empolgados com a apresentação dos Curitibanos, destaque para a belissíma letra da faixa ‘The Final Cut’.

A banda encerra seu set com uma versão mais pesada da faixa ‘Cry For Love’ de Iggy Pop, na versão original o Iguana canta em um tom mais grave que o de costume e nos anos 80 (o álbum ‘Blah, Blah, Blah‘ foi lançado em 86) muita gente acreditava que a faixa pertencia ao ‘The Sisters Of Mercy’, levando a maioria dos presentes a cantar a música a plenos pulmões causando assim uma boa impressão e deixando o palco em alta após 40 minutos de show.

Pontualmente as 22:00, Ravey Davey (o DJ e operador de Doktor Avalanche) solta a introdução de ‘More’, Ben Christo (Guitarra Solo) e Dylan Smith (Guitarra Base) tomam suas posições a frente do palco.

Um clima de tensão é criado, quando de repente em meio a fumaça e feixes de luz surge a figura vampiresca de Andrew Eldritch, com seu vocal o barítono forte e profundo, ele leva todos os presentes ao êxtase logo de cara, abandonando de vez a tensão e a substituindo por empolgação.

Créditos da Imagem: The Sisters Of Mercy

Como um fantasma Eldritch se movimenta em meio as sombras de repente sua cabeça surge nos raios de luz como uma gárgula demente ele faz caretas ao cantar, e então se perde mais uma vez em meio a escuridão. Do nada ele aparece no meio do palco como um Nosferatu em meio da neblina, banhado pelo canhão de luz vermelha.

A banda britânica não lança um material novo há décadas, mas isso não significa que não haja músicas novas a serem apresentadas; intercaladas com as favoritas ‘Show Me On the Doll’ (destaque para os Backing Vocals de Dylan) – é discretamente colocada entre ‘‘Alice’ e ‘Dominion / Mother Russia’. Já ‘Better Reptile’ é colocada entre ‘Marian’ e ‘First and Last and Always’.

Apesar dos dois grandes guitarristas em alguns momentos aderirem uma postura sisuda, parte da teatralidade do grupo, em muitos momentos ela é abandonada deixando bem claro para a platéia o quanto eles se divertem tocando, o novo guitarrista australiano Dylan Smith, que assumiu o lugar de Chris Catalyst (que agora figura na nova formação do Ghost ou Ghost B.C, como cada um preferir), interage muito mais com o público do que o ex-membro.

O bis vem como um rolo compressor ‘Lucretia My Reflection’ começa, ‘Vision Thing’ e ‘Temple Of Love’ mantem o público dançando.

Diz a lenda que quando um gótico morre ele se torna mais uma voz no coral da introdução de ‘This Corrosion’, porém foi o coral dos vivos, cantado a plenos pulmões pelos presentes que puxou o último hit da noite.

Banhada pela luz azul, cantando “Hey now, hey now now,” a multidão estende as mãos para o palco. agradecidas pelo reconhecimento, ‘As Irmãs da Misericórdia’ se curvam diante do público paulista para então sumir em meio a fumaça e a escuridão, encerrando assim mais uma passagem do grupo pela cidade.

 

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