Tracklist:
1. Power of Will
2. Advent
3. Natural Born Killer
4. Yours
5. All the Devils are Here
6. The White
7. Instinct
8. Heart of Darkness
9. Achilles Heel
10. Power of Now
Banda:
Nils Molin – Vocais
Mike Lavér – Guitarras
Rob Love Magnusson – Guitarras, Teclados, Backing Vocals
Jonathan Olsson – Baixo, Backing Vocals
George Egg – Bateria, Backing Vocals
Introdução:
Algumas concepções são tão chatas de serem dissertadas, e mais atrapalham a vida dos fãs do que contribuem com algo útil. Vejam quantos fãs de Metal ficam presos a um único subgênero, jogando fora (e desperdiçando) ótimos discos e bandas.
Há tanta coisa boa nova que só precisa de uma audição para satisfazer vocês. Mas lá vem um monte de ideais bolorentas para atrapalhar a vida alheia.
Para esses surdos por opção própria (como se não estivessem obedecendo a um padrão que já foi estabelecido há anos), uma joia preciosa como “Final Advent”, novo disco do grupo sueco DYNAZTY talvez não tenha brilho. Mas aos com mais maturidade, essa pérola que a Shinigami Records está lançando por aqui terá um forte apelo.
Análise inicial:
É verdade que o trabalho do quinteto já é bem conhecido no Brasil: um misto de influências de Hard Rock e Glam Metal com aspectos de Metal tradicional e mesmo de Power Metal em certos momentos. Mas existem surpresinhas para os mais apressadinhos.
Desta vez, o grupo resolveu jogar mais pesado, e usando um enfoque moderno e atual nas canções, o que lhes deu uma dose de peso e energia extra, mas sem abrir mão de sua música com forte apelo melódico, refrãos que grudam na mente (experimentem “Advent” e tentem não cantar junto depois), tecnicamente equilibrada e de muito bom gosto.
Pode-se dizer até que “Final Advent” é um disco que vai agradar a gregos e troianos que gostam de Metal. Simples assim.
Sonoridade/Produção:
Nesta empreitada, o grupo produziu o disco por si mesmo, gravando tudo nos Hansen Studios, trazendo para mixagem e masterização as mãos de Jacob Hansen.
Verdade seja dita: aliar a pegada melodiosa da banda com uma sonoridade moderna e definida não é coisa simples (pois a timbragem das guitarras e baixo está MUITO agressiva). Mas quem conhece Jacob, sabe que ele é capaz, e por isso, tudo funciona como uma máquina perfeitamente balanceada, e onde tudo é audível e inteligível.
Arte gráfica/Capa:
Gustavo Sazes é o artista que fez a capa, e verdade seja dita: que coisa bela de se ver.
Aliás, o contraste de cores e pinceladas quase modernistas são belíssimos.
Bem, Gustavo é Gustavo…
Mensagens/letras:
Bem, como já esperado, o grupo possui uma forte subjetiva, que permite que o ouvinte tire suas próprias ideias.
Mas um contraste interessante se percebe em “Final Advent”: uma letra inspiradora, alto astral, mas em uma música de peso esmagador.
Músicas:
Tanto fãs de Metal tradicional clássico, Metal tradicional moderno, Hard Rock, e seja lá o nome que queiram dar ao gênero (tudo é Metal, oras) irão se deleitar e aplaudir o conteúdo de “Final Advent”. E verdade seja dita: só um surdo não se rende ao que tem nele!
Introduzindo o disco, temos “Power of Will”, uma canção de pegada grudenta (claramente influenciada por algo de Power Pop e Glam Metal), preenchida por ótimos arranjos de teclados e um refrão que realmente beira o Pop Rock. Na sequência, a grudenta, moderna e pesadíssima “Advent”, criando um contraste com a primeira canção, onde o foco é um peso de doer os ouvidos dos mais incautos (graças aos riffs de guitarra, que mesmo assim são bem melodiosos), com os vocais mostrando expressividade, dicção e mudanças de tonalidades fenomenais, e é impossível de resistir.
Já buscando um ‘mix’ inteligente de elementos de Power Metal e Pop Metal, “Natural Born Killer” (impossível não reparar nos arranjos de baixo e bateria, de dão um peso rítmico sobrenatural à faixa). Na sequência, “Yours” mostra algo com apelo oitentista em termos de linhas melódicas (com uma ambientação terna e cheia de energia, com bons momentos em que guitarras e teclados se mesclam harmoniosamente).
Mais uma vez misturando elementos acessíveis com influências de Hard Rock e Metal tradicional, “All the Devils are Here” e “The White” são permeadas de melodias claramente comerciais, ambas com refrães perfeitos para se cantar com a banda (novamente, com as guitarras mostrando elegância, peso e boa técnica de forma balanceada).
“Instinct” e “Heart of Darkness” são duas faixas que vão rebuscar a abrasividade do peso moderno, sem contanto perder contato com a essência melodiosa que caracteriza o trabalho do quinteto desde seu início (a primeira mais pesada, a segunda mais melodiosa, mas ambas com uma clara costura moderna em termos de arranjos, e a timbragem é que dá o tom de modernidade).
“Achilles Heel” já mostra alguns ritmos mais cadenciados, o que confere à canção certo tom épico (reparem no peso descomunal de baixo e bateria, e ao mesmo tempo na interpretação dos vocais). Fechando, algo mais no jeito tradicional do quinteto trabalhar é mostrado em “Power of Now”: novamente a mistura melodiosa e cheia de ‘hooks’ acessíveis, tudo montado em cima de riffs raçudos e teclados massivos.
É, esse disco é fenomenal!
Conclusão:
Neste momento, pode-se aferir que o DYNAZTY criou um dos melhores discos do ano, forte candidato a estar em listas de top 10.
Por isso, “Final Advent” é um disco irrepreensível.
Contatos:
http://www.dynazty.com
https://www.facebook.com/dynaztyband
Selo: Shinigami Records / Nuclear Blast Brasil
Autor: Ph.D. Bones
Categoria/Category: Review de CDs
Tags: AFM Records • Dynazty • Hard Rock • Modern Melodic Metal • Shinigami Records
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