Texto – Lucas Amorim Passos
Fotos – L.A.P
O festival Open The Road 2022, rolou nesta última quinta-feira, 10 de novembro, em São Paulo, Capital Paulista, com uma mescla de bandas do metal internacional e da nossa cena brasileira. O evento foi Realizado no Carioca Club, e teve os noruegueses do Mayhem como atração principal, o festival também contou com os veteranos do Omen, diretamente de Los Angeles.
As atrações nacionais foram as bandas Vazio, revelação do black metal brasileiro, que foi ao evento divulgar o seu disco de eatréia, denominado Eterno Aeon Obscuro (2020), e por fim os Cariocas do Flagelador, convocados de última hora para substituir a banda Satan, que infelizmente cancelou a sua vinda ao Brasil por questões contratuais.
A primeira banda da noite a se apresentar no Festival foi os caras do Vazio, tidos como uma das grandes promessas do Black Metal da atualidade, a banda fez um show muito bom, que faz parte da divulgação do elogiado disco de estréia “Eterno Aeon Obscuro”, lançado em 2020. E no palco meus amigos a banda formada em 2016, esbanja qualidade, e prova que conta com músicos experientes da cena Nacional, que inclusive possuem passagens por diversas bandas do underground nacional. A formação do Vazio tem Renato Gimenez (vocal e guitarra), Eric Nefus (guitarra), Nilson Slaughter (baixo) e Daniel Vecchi (bateria), um ótimo show de abertura para começar bem a noite.
Na sequência, era hora do Massacre sonoro do Flagelador, excelente Banda, formada pelo guitarrista e vocalista Armando Executor, no Rio de Janeiro, em meados de 2000, o Flageladör é um nome bastante respeitado no Underground, e no palco não brincam em serviço, caprichando em um Speed/Thrash Metal de primeira, a banda é composta ainda por Alan Magno (baixo) e Hugo Golon (bateria), mas amigos, apesar de serem apenas três, o som dos caras é brutal, rápido com vocais vicerais e batidas alucinantes que te convidam instantaneamente para o Mosh, um show maravilhoso que agradou a todos, e provou a força e qualidade da nossa cena underground, uma pena o Satan não ter vindo, mas o Flagelador mandou bem demais e segurou a bronca com estilo.
Pausa para mais alguns ajustes e era a vez dos americanos do Omen darem a sua aula de Heavy Metal, o Omen foi formado em 1984 em Los Angeles, fazendo um Heavy Metal visceral e explosivo que continua afiado até os dias de hoje, pois em cima do palco a banda não tem defeitos, é porrada atrás de porrada, e sem descanso A banda que foi formada após o guitarrista Kenny Powel deixar o Savage Grace, deixou a galera animada e com o pescoço dolorido, pois não teve quem se segurasse com a apresentação energética desses simpáticos americanos. A discografia do Omen conta com sete álbuns de estúdio, um EP, um álbum ‘ao vivo’ e algumas compilações – o álbum mais recente é “Hammer Damage” (2016) que foi bem explorado na apresentação. A formação da Banda traz além de Kenny Powel na guitarra, Nikos Migus A. (vocal), Roger Sisson (baixo) e Reece Stanley (bateria), e todos esses caras estão de parabéns, pois não fizeram feio em cima do palco, mas ainda tinha mais e o último show da noite prometia muito.
E essa espera final, se dava conta pelo Headliner da noite, as lendas Norueguesas do Mayhem, banda formada em 1984 na Noruega, mas o Mayhem não é só uma banda, os caras são uma espécie de instituição do Black Metal, desde a sua fundação, pois sabemos muito bem que os caras são base e inspiração para muita gente, além de se destacarem com uma longa carreira em seus quase 40 anos de estrada, e esses anos de estrada e o seu pioneirismo faz a banda ser tão cultuada e falada, sabemos também que existem também muitas polêmicas envolvendo seu nome, lendas e histórias mirabolantes, o que acabou rendendo até um filme de sucesso: ‘Lords Of Chaos’, baseado na fama e casos particulares na vida de todos os integrantes, e isso só aumenta a fama do Mayhem.
E ao vivo a banda não perdeu a velha fórmula de fazer música pesada, ŕápida, macabra, tosca, com vocais agonizantes, rodeada daquela aura que só o Mayhem sabe colocar em suas apresentações, a caracterização de Atilla, é uma coisa sensacional ele entra em um personagem que te hipnotiza, seus gestos combinam com sua voz agonizante e seus vocais limpos assustam de tão contrastantes, o set list, que durou por volta de 1:20 foi recheado de muito peso e sem conversas, sem pausas e sem nenhuma enrolação, foi porrada do começo ao fim, sem economia para os ouvidos atentos da platéia que se admirava lá embaixo na pista.
A formação atual da banda traz o polêmico Attila Csihar (vocais), Teloch (guitarra), Ghul (guitarra), Necrobutcher (baixo) e a máquina Hellhammer na bateria, porque humano esse cara não é…rs, a velocidade do Hellhammer ao vivo é uma coisa absurda e só quem vê, sabe da experiência que é ver essa lenda ao vivo, pois essa sua agressividade suprema coloca uma pitada a mais na violência sonora do Mayhem, em sua apresentação, e é claro, no Festival, que mais uma vez trouxe bandas da cena Mundial e da cena local que precisam ser ouvidas, valeu OPEN THE ROAD E ATÉ A PŔÓXIMA.
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