Texto – Lucas Amorim Passos

Fotos – Flavio Santiago e Jens De Vos

Nesse ano de 2022, o Epica comemora 20 anos de carreira e não existe outro jeito melhor de comemorar este aniversário do que com uma apresentação de gala em São Paulo, para um público animado que lotou a Audio na Capital paulista, esse foi o presente que o público paulista deu a banda, que generosamente retribuiu  a gentileza com um show poderoso, competente e tecnicamente perfeito em todos os quesitos.

 

O show faz parte da tour “Omega Brasileiro”, que teve a Liberation Music Company como produtora, inicialmente  foi anunciada a banda Semblant  para representar o metal brasileiro na abertura das apresentações pelo país, na Audio (São Paulo) e Ópera de Arame (Curitiba), porém por questões pessoais e fora do controle da produção do evento, a banda cancelou a sua apresentação e o evento ocorreu apenas com o Epica que iniciou seu show pontualmente as 21:00. Mais uma polemica nessa apresentação, já que  alguns meses atrás foi divulgado o cancelamento de 03 apresentações do Epica no Brasil, assim como a alteração da data em Curitiba, mas no fim, deu tudo certo, a Banda estava lá e o público animado também, uma combinação perfeita.

A apresentação se inicia com a bela introdução Alpha seguida da poderosa  “Abyss of Time – Countdown to Singularity” e uma das minhas prediletas logo no início “The Essence of Silence”, que música não é amigos?…., é impressionate como Epica tem umna linha tenue que os colocam sublimemente ora como uma banda progressiva, ora como uma banda de Death Metal, e isso alinhado aos belos vocais da bela Simone Simons deixa a sonoridade da banda ímpar para os dias de hoje na música pesada.

 

Aliás, Simone tem uma performance estarrecedora ao vivo, com direito a sorrisos declarações de eu te amo, entre outras brincadeiras. A mezzo-soprano é com certeza uma das vozes mais incríveis e marcantes do metal. Ela vagueia entre vocais suaves e as óperas se entregando com um sinceridade e força que poucas vocalistas podem reunir nos dias de hoje,  na minha opinião hoje o Epica é uma das únicas bandas que conseguem ser e fazer 100% ao vivo,  de forma majestosa a junção de vozes bela a fera sem soar passado, enjoativo ou repetitivo.

Além das músicas de seu novo álbum a banda explorou músicas de outros grandes clássicos  de discos como  “Consign to Oblivion”, “The Quantum Enigma”, “The Phantom Agony”, “The Divine Conspiracy” e “The Holographic Principle”.  Creio eu, que com toda certeza, a satisfação pela performance era evidente nos rostos de cada um dos presentes, após o término do show, e que o Epica ainda tem muita lenha para queimar e agradar muito seu fiel público que sempre lota suas apresentações, já vi  inúmeros shows do Epica ao longo desses 20 anos de carreira da Banda na música pesada, e a cada apresentação me surpreendo pois a banda se reinventa, muda o set, mas não muda a sua imensa qualidade.