Texto – Lucas Amorim
Fotos – Leandro Almeida e Aline Narducci
Mais que um grande festival, o Knotfest foi um enorme acontecimento, um evento que celebrou um estilo amado por muitos brasileiros, celebrou a cultura do rock e do metal. O festival que foi um mega sucesso e teve ingressos esgotados, teve uma farta reunião de bandas do mundo inteiro, foram 12 horas de muita música e cultura da música pesada.
Falando um pouco do Festival, o mesmo foi criado pelo Slipknot em 2012, e rapidamente se estabeleceu nos Estados Unidos e se expandiu para todo o mundo, com edições no Japão, México, Colômbia e França. Agora, o Slipknot teve a chance e aproveitou bem a mesma, e conseguiu encabeçar pela primeira vez o festival aqui no Brasil no Sambódromo do Anhembi em São Paulo que foi um sucesso absoluto e eu te conto como foi nas linhas abaixo.
Falando um pouco sobre a estrutura do Knotfest Brasil, o mesmo foi bem completo contando com dois palcos, chamados de Knotstage e Carnival Stage, além de áreas como o KNOTFEST Museum, Food Park, Loja de Merchandising, além de outras atrações para os fãs que a aprovaram tudo e curtiram bastante as atividades implantadas durante o evento. Os shows ocorriam um de cada vez alternando os palcos, o que dava uma fluxo melhor para a galera que queira aguardar seu show preferido enquanto via o outro no telão, a única reclamação era a distância, pois dependo do fluxo de pessoas eram mais de 10 minutos de caminhada de um palco até o outro.
E os trabalhos do Festival foram iniciados com os brazucas do Black Pantera que fizeram um show enérgico e cheio de protestos, característica marcante dos caras, e a partir daí meus amigos, foi surra de shows durante o dia, mesmo sob o forte sol, se apresentaram Oitão + Jimmy & Rats, Project46, Trivium e Vended, essa última, liderada por Griffin Taylor e Simon Crahan, respectivamente filhos do vocalista Corey Taylor e do percussionista Shawn “Clown” Crahan, integrantes do Slipknot que vieram para substituir o Motionless In White após cancelamento de última hora por motivos de saúde entre os membros da banda e da equipe da turnê.
E quem achava que o festival não ia ter surpresas, se enganou, no show do Sepultura no palco Carnival Stage, os caras tiveram convidados ilustres como Scott Ian (Anthrax), Matt Heafy (Trivium) e Phil Anselmo (Pantera). O guitarrista Andreas Kisser usava uma camiseta com a imagem de sua mulher Patricia Kisser, que morreu em julho deste ano, vítima de câncer, o que emocionou a galera com toda certeza.
Mas a grande surpresa do festival na minha opinião, foi quando Mike Patton subiu ao palco com a Mr. Bungle, com a mesma energia de sempre, que só o cara tem e adquiri com anos e anos de experiência. O vocalista interagiu com a plateia soltando algumas palavras e palavrões em português, como sempre faz nas suas passagens por aqui , e ainda tirou um barato da galera, zoando sobre o título da Argentina. Até mesmo o Presidente Bolsonaro não foi poupado em suas brincadeiras, mas o que importa mesmo, foi o som que a banda mandou, pesado e sem frescuras, no fim Patton convidou os amigos Derrick Green (voz) e Andreas Kisser (guitarra) do Sepultura e cantaram juntos “Territory” um show lindo, ali pra minha pessoa já valeu o ingresso.
Sem delongas na outra extremidade do Sambódromo, no Carnival Stage, o tributo do Pantera reuniu uma multidão, para que Phil Anselmo, da formação original, mostrar que se mantém em boa forma, pois o cara mandou muito bem novamente, se quiser detalhes do show do pantera clica aqui e saiba de tudo. Após o massacre do Pantera, corri para pegar um pedaço do show do Bring Me The Horizon e seu vocalista carismático Oliver Sykes, dando um show de simpatia no palco o cara conversou o tempo todo com a plateia em português e chegou a descer para o público, mais um grande show no dia, que deixou todo mundo animado, o curioso é que enquanto os britânicos se apresentavam, a pista já era tomada por fãs do Slipknot vestidos com roupas, máscaras e acessórios característicos da banda.
Mas antes do show principal o Jutas Priest fez na minha opinião o melhor show da noite no Festival, meus amigos, Rob Halford veio vitaminado para esse show, o cara nem ligou para seus mais de 70 anos e deixou todo mundo boquiaberto, o Judas dispensa apresentações e dessa vez provocou o porque é umas das maiores bandas de Heavy Metal de todos os tempos. É pra fechar a noite, era hora dos donos da festa, o Slipknot fazer sua deixa.
No palco a banda apresentou um setlist com clássicos celebrados pelo público. “Não importa se você nos acompanha há 20 anos ou 20 minutos, aqui somos uma família”, disse um Corey Taylor, muito sentimental, que a toda hora interagia muito com a plateia, e vamos falar amigos, que produção de palco era aquela, uma coisa linda, bem montado, estruturado e cheio de detalhes que deixavam a plateia muito admirada.
A banda encerrou a noite com fogos de artifício e promessa de voltar ao Brasil, e como fica o resumo desse dia ?? Eu te respondo assim, 12 horas de música, com dois palcos diferentes, além de uma experiência de vários estilos em um dia. Para algumas pessoas, a espera pela estreia do Knotfest foi de anos. Isso porque o evento foi anunciado inicialmente para 2020, mas a pandemia de COVID-19 causou adiamentos até que finalmente tivemos essa grande celebração do Heavy Metal em 2022, e espero que seja a primeira de muitas, pequenos ajustes no próximo ano, e a realização em um local maior será suficiente para que os próximos eventos sejam ainda mais espetaculares.
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