Texto – Lucas Amorim Passos

Fotos – Lucas Amorim Passos

Conhecido por ser o Vocalista dos dois primeiros álbuns do Iron Maiden (Iron Maiden & Killers), o carismático Paul Di’Anno, retornou ao Brasil após 8 anos afastado dos palcos, e a turnê gigantesca com duzias de apresentações que marcou o retorno do Vocalista teve a sua vez em SP, no último dia 04/02/2023, e como sabemos que o público Brasileiro é apaixonado por Iron Maiden, uma galera foi até o Carioca para conferir a apresentação do Di’ano que em entrevistas prometeu um repertório matador, com clássicos de sua fase no Iron Maiden.

Antes da apresentação principal tivemos duas bandas de abertura, e a primeira da noite foi os caras do Eletric Gypsy, revelação do Hard Rock nacional, a Banda vinda de Minas Gerais, provou em cima do palco o motivo do grande sucesso de seu autointitulado álbum de estreia, que foi aclamado pela mídia especializada, o quarteto formado por Guzz (voz), Nolas (guitarra), Pete (baixo) e Robert Zimmerman (bateria), fez uma apresentação muito animada, interagindo bastante com a plateia, pedindo e recebendo muitos aplausos, o show animado aprovado pelo público Paulista teve tempo até de um Cover do Whitesnake, Bad Boys, que foi amplamente recebido por todos, em resumo, um ótimo Show de abertura.

Na sequência tivemos outro grande nome do Heavy Metal Nacional no palco do Carioca Club, o Noturnall, banda liderada pelo vocalista Thiago Bianchi, que que está na estrada divulgando seu último trabalho, intitulado “Cosmic Redemption”, contando com a participação de seu clássico guitarrista Léo Mancini como convidado especial e isso deu um up na apresentação da Banda, que apesar de alguns problemas técnicos, tocou com muita vontade, sabemos da competência do Noturnall e principalmente da sua qualidade e profissionalismo e isso fica nítido quando assistimos ao vivo, senti a Banda com mais peso e as conduções rítmicas mais coesas e pesadas, o show passa rápido tamanha a qualidade da apresentação, a Banda está de parabéns e continua provando porque é um dos nomes mais conhecidos no cenário Nacional.

Na sequência, após alguns ajustes, era a hora do Show Principal da noite e afirmo nessa resenha meus amigos, que, essa provavelmente será a última oportunidade de prestigiar Paul Di’ano e as músicas dos dois primeiros álbuns do Iron Maiden cantadas na voz original e caótica que registrou esses clássicos no estúdio, pois infelizmente, Paul não está em seus melhores dias, o velho guerreiro já denuncia, em sua fisionomia a sua debilidade, porém é louvável, chegando a ser emocionantel ver o cara batalhando em cima do Palco, sua voz já não é mais a mesma, sua saúde não ajuda na hora daqueles berros, mas ainda emociona quem escuta, pois seu timbre, há esse não muda, e esse é o ponto X, o fator que ainda o faz conseguir reunir o público.

O Show é uma nostalgia pura, e um deleite para os fãs antigos da Donzela que querem matar a saudade de clássicos como Killers, “Murders in the Rue Morgue”, “Running Free”, “Iron Maiden”, o espetáculo vira um Karaokê gigantesco e mais que apenas um show de D’iano, e sim uma celebração ao Iron Maiden, pois os fãs na plateia literalmente enloquecem a cada música tocada, e mesmo com a saúde debilitada, a voz trêmula, rouca e a falta de movimentação do cantor, não desanima o eufórico público, que parecia não ligar para isso, já que bastava ele estar ali como um símbolo da primeira fase de uma das Bandas mais cultuadas no mundo.

Em resumo é triste ver o Paul nessa situação delicada, e é bom ver um público tão animado por poder assistir o cara ainda, porém é visivel que o público tem esse carinho, principalmente pela simpatia do artista que a todo momento agradecia, brincava, falava, e principalmente se importava com a galera lá embaixo, e essa troca de afeto é que fica na memória do fã que ficou até mais de meia noite no Carioca Club, lugar que por algumas horas, virou uma máquina do tempo que transportou o fã para onde ele mais queria estar, que é em um show do Iron Maiden.Pau