Texto – Lucas Amorim
Fotos – Flavio Santiago e Fernando Pires
O Festival Setembro Negro de 2023, realizado no Carioca Clube em São Paulo, foi uma celebração épica do metal extremo em todas as suas facetas. Com um line-up impressionante de bandas nacionais e internacionais, o evento ofereceu uma experiência musical inesquecível. Vamos explorar cada uma das bandas que se apresentaram neste festival, em ordem de sua aparição, em uma resenha que destaca suas contribuições para este evento monumental.
Pré-festa de Abertura (07 de setembro):
Erasy: A pré-festa começou com a energia poderosa do Erasy, que trouxe uma dose de thrash metal abrasivo para o palco. Sua performance enérgica preparou o terreno para uma noite emocionante.
Burn The Mankind: Com sua abordagem brutal do death metal, o Burn The Mankind entregou um desempenho intenso que sacudiu a plateia. O público foi imerso em uma atmosfera sombria e pesada.
Warshiper: A banda Warshiper trouxe sua mistura única de elementos do black e death metal, criando uma atmosfera obscura e intensa. Sua apresentação deixou uma forte impressão.
Leviaethan: Os Leviaethan entregaram riffs furiosos e uma presença de palco intensa. O thrash metal dominou a noite enquanto a banda agitava a plateia.
In The Woods…: Com um estilo mais melódico e atmosférico, In The Woods… trouxe um contraste bem-vindo com sua música de influência doom e progressiva. Sua performance transportou o público para territórios sonoros distintos.
Voivod: Como banda headliner da pré-festa, o Voivod ofereceu uma jornada sonora única com sua abordagem progressiva do thrash metal. Foi uma performance magistral que encerrou a pré-festa com maestria.
Sexta-feira, 08 de setembro:
Podridão: Abrindo a primeira noite oficial do festival, o Podridão entregou uma dose de grindcore rápido e furioso que acordou a plateia para um dia cheio de metal extremo.
Parasital Existence: A brutalidade do death metal foi elevada pelo Parasital Existence, com uma performance que mostrou a intensidade do gênero.
Pantáculo Místico: Com sua abordagem única do black metal, o Pantáculo Místico criou uma atmosfera obscura e ritualística que cativou o público.
Mercyless: A banda francesa Mercyless trouxe sua marca registrada de death metal e entregou uma performance implacável que demonstrou sua longevidade na cena.
Torture Squad: Uma das bandas mais icônicas do metal brasileiro, o Torture Squad, trouxe uma dose de thrash e death metal de alta octanagem e incendiou o palco.
Purgatory: Os alemães do Purgatory entregaram uma intensidade extrema com seu death metal pesado e agressivo, mantendo a plateia cativada.
Defleshed: Com riffs velozes e uma atitude feroz, o Defleshed entregou um conjunto de thrash metal que deixou o público em um estado de pura adrenalina.
Nightfall: A banda grega Nightfall trouxe uma aura de melancolia com seu death metal melódico, criando uma atmosfera cativante que levou o público a uma viagem emocional.
Immolation: Como uma das lendas do death metal, o Immolation mostrou sua maestria técnica e musical com uma performance que foi um verdadeiro destaque da noite.
Picture: Fechando a primeira noite, a banda holandesa Picture entregou um conjunto de heavy metal clássico que evocou o espírito dos anos dourados do gênero, proporcionando um final emocionante para o primeiro dia do festival.
Sábado, 09 de setembro:
Open The Coffin: Abrindo a segunda noite, o Open The Coffin trouxe seu death metal brutal, criando uma atmosfera intensa que preparou o público para um dia cheio de música pesada.
Thorium: Com sua abordagem do death metal, o Thorium entregou riffs devastadores e vocais poderosos que fizeram a plateia tremer.
Violentor: Os italianos do Violentor trouxeram o thrash metal à moda antiga, com uma atitude agressiva e um som que levou os fãs de volta aos anos 80.
Test: A banda Brasileira Test entregou uma dose de death metal técnico e progressivo, demonstrando sua habilidade musical com uma performance impressionante.
Holocausto Canibal: Com uma mistura de grindcore e death metal, o Holocausto Canibal entregou uma explosão sonora que deixou o público em um frenesi.
Vulcano: Uma das bandas pioneiras do metal brasileiro, o Vulcano, trouxe seu thrash e black metal infernal que ecoou com a brutalidade e a intensidade dos anos 80.
Sadistic Intent: Com sua abordagem do death metal da velha guarda, o Sadistic Intent entregou uma performance intensa que demonstrou a atemporalidade do gênero.
Sacramentum: Direto da Suécia, o Sacramentum trouxe uma dose de black metal melódico que transportou a plateia para as florestas obscuras do norte.
Bulldozer: Os italianos do Bulldozer entregaram uma apresentação de blackened thrash metal que deixou o público em um estado de euforia.
Sodom: Como uma das lendas do thrash metal alemão, o Sodom, encerrou a segunda noite com um setlist de clássicos que incendiou o palco e deixou os fãs extasiados.
O último dia do Festival Setembro Negro de 2023 no Carioca Clube, realizado em 10 de setembro, foi uma jornada épica e emocionante, culminando em um encerramento memorável para este evento de metal extremo. Vamos explorar as apresentações das bandas que participaram deste dia:
Inferno Nuclear: Abrindo o palco no domingo, o Inferno Nuclear trouxe sua dose de thrash metal cantado em português. Embora tenham começado cedo, a banda não economizou em energia e atitude. Sua performance foi uma maneira poderosa de acordar a plateia após três dias intensos de música.
Siegrid Ingrid: Com sua volta à ativa após mais de 15 anos de pausa, Siegrid Ingrid entregou um conjunto de heavy metal que contagiou a plateia. Liderados pelo icônico vocalista Mauro Punk, a banda mostrou que ainda têm muito a oferecer. A plateia teve a oportunidade de testemunhar a ressurreição dessa banda paulistana.
Miasthenia: Diretamente de Brasília, Miasthenia trouxe uma abordagem única do black metal. O destaque dessa banda está em sua inclusão de teclado e letras em português, bem como a alternância entre vocais guturais e limpos. Essa mistura incomum e atmosférica chamou a atenção e conquistou rapidamente o público presente.
Lucifer’s Child: Representando a cena de black metal grega, o Lucifer’s Child reuniu ex-membros de bandas notáveis como Rotting Christ e Nightfall. Apesar de ser uma banda relativamente nova com apenas dois álbuns, eles já construíram uma base de fãs sólida. Seu show coeso, pesado e arrastado manteve com dignidade o legado da cena grega, mostrando o talento e a devoção dos músicos.
Mantar: O duo alemão Mantar assumiu o palco a seguir, mas infelizmente não conseguiu empolgar tanto o público. Apesar dos pedidos do vocalista/guitarrista Hanno Klanhardt, a resposta da plateia foi morna. A apresentação seguiu sem grandes momentos marcantes, e muitos aproveitaram para tomar um breve descanso.
Acid King: A banda de stoner rock americana Acid King conseguiu reverter o clima com sucesso. Sua afinação baixa e forte influência do Black Sabbath geralmente geram uma boa aceitação. Lori S. (vocal/guitarra) e Rafa Martinez proporcionaram um show psicodélico e envolvente, que capturou a atenção do público e gerou uma reação positiva imediata.
Assassin: Representando o thrash alemão com potência, o Assassin iniciou seu set com “Fight” e “Breaking The Silence”. A plateia respondeu calorosamente, e o baixista Joachim Kremer interagiu com o público em português, gerando ainda mais energia na pista. A banda estava claramente à vontade e entregou um show impressionante.
Cancer: Os ingleses do Cancer focaram principalmente em seus álbuns mais icônicos, como “To The Gory End”, “Death Shall Rise” e “Shadow Gripped”. Eles começaram com “Blood Bath” e “Tastelass Incest”, estabelecendo uma atmosfera de devastação sonora. A execução de músicas como “Dead Shall Rise” e “Into The Acid” se assemelhou a uma verdadeira aula de death metal. A plateia acompanhou atentamente cada momento da apresentação, apreciando a habilidade musical dos integrantes e a dedicação do vocalista/guitarrista John Walker à sua banda.
Triumph Of Death: Liderado por Tom Warrior, o Triumph Of Death prestou homenagem ao Hellhammer, uma das bandas pioneiras do metal extremo. Acompanhados por músicos talentosos, a banda incendiou o palco com clássicos como “Massacra” e “Maniac”, evocando os primórdios do gênero. A competência dos músicos durante a apresentação demonstrou a reverência da banda pelo legado do Hellhammer, proporcionando uma experiência única para os fãs.
Apesar de uma grande confusão que ocorreu durante a execução da música “Messiah”, envolvendo uma briga na plateia, o Triumph Of Death manteve seu foco e continuou a performance. A apresentação terminou com “Visions Of Mortality” e “Triumph Of Death”, marcando uma ressurreição triunfante do espírito sombrio do Hellhammer e consolidando definitivamente o Festival Setembro Negro de 2023
Organização e Produção
Em termos de organização e produção, o Setembro Negro de 2023 foi geralmente bem-sucedido. A maioria das apresentações ocorreu sem atrasos significativos, e o som estava bem ajustado na maioria das bandas, proporcionando uma experiência de qualidade para os ouvintes.
Impacto na Cena do Metal Brasileiro
O Setembro Negro tem desempenhado um papel vital na cena do metal brasileiro ao longo dos anos, e a edição de 2023 não foi exceção. O festival continua a atrair fãs apaixonados e bandas talentosas, fortalecendo a comunidade e proporcionando uma plataforma para o metal nacional e internacional.
Conclusão
O Festival Setembro Negro de 2023 foi um evento memorável que celebrou a diversidade e a paixão que definem a cena de metal extremo. Apesar de um incidente lamentável, a maioria das apresentações foi de alta qualidade e demonstrou a vitalidade do gênero. À medida que o festival continua a crescer e a ganhar mais fãs, ele permanece como uma parte essencial do calendário de eventos para os amantes da música pesada no Brasil, consolidando sua posição como um dos principais destinos para os amantes do metal extremo.
Categoria/Category: Review de Shows
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