Týr @ Estúdio Emme – São Paulo/SP
Postado em 05/08/2011


Em sua primeira passagem pelo país, a banda Týr levou ao Estúdio Emme um pouco de cultura nórdica aos ouvidos dos fãs brasileiros em um show para qualquer um que viveu esta experiência empunhar sua espada e dizer: Eu estive lá!

Resenha: Edu Escobar
Fotos: Bruno Bergamini (mais fotos: aqui)
Ao entrar no Estúdio Emme naquele dia 31 de Julho, podíamos ver no palco estátuas, machados e escudos, além de um palco auxiliar montado na frente do principal, destinado às encenações de batalhas, uma das atrações da noite. Falando nisso, o pré show do Týr foi bastante intenso, e perigoso para os que se encontravam na grade do show.
Primeiro tivemos a apresentação do grupo Ordo Draconis Belli, que encenou uma batalha um contra um no melhor estilo escandinavo e medieval. Desferindo golpes de espada no escudo de madeira do inimigo, e bem perto da plateia, o pessoal da Ordo envolveu o público que urrava pedindo a morte do derrotado.

Na sequência, a banda Skaldiksoul, de Jundiaí, São Paulo, mostrou seu repertório Folk Metal, com músicas como Troll’s Krieg, Trolls Master além de um cover de Ensiferum. O show durou por volta de meia hora e arrancou aplausos do público. Antes que a atração principal aparecesse no palco, ainda houve tempo para mais uma encenação da Ordo Draconis Belli e uma morte com machadinha.

O Týr abriu seu show com a música “Flames of the Free”, que mesmo com problemas no volume dos vocais, foi apreciada com muito entusiasmo pelo singelo e barulhento público que mal acreditava estar cara a cara com o Týr!
Problemas parcialmente resolvidos, as primeiras sílabas de “Sinklars Vísa“ foram entoadas pelo vocalista Heri Joensen e logo foi acompanhado por todos pelo resto da música com a ótima participação da platéia.

Já que estamos falando em nomes, o Týr é atualmente formado por Gunnar Thomsen (baixo)
Kári Streymoy (bateria), Heri Joensen (vocal e guitarra) e Terji Skibenæs (guitarra) e o último trabalho da banda, “The Lay of Thrym” foi lançado no final de Maio deste ano. No show, foram tocadas quatro músicas deste novo trabalho, mantendo o bom equilíbrio entre a novidade e os antigos sucessos, ou seja, o bom senso que todo fã espera de seus artistas prediletos.
O show seguiu com a ótima “Northern Gate”, um verdadeiro chiclete, o tipo de música que entra no pensamento quando menos se espera, seguidos de uma pausa para ajustar novamente os microfones.
É importantíssimo ressaltar a simpatia e entusiasmo do baixista Gunnar Thomsen, o cara era só alegria, saltava do palco principal para o palco móvel afrente, fazia caretas para as câmeras e agitava demais, Gunnar foi o termômetro do show, do princípio ao fim!

Seguindo com o show, “Wings of Time” e “Ragnarok” não baixaram a euforia dos fãs, neste que já se transformava em um dos shows mais incríveis do ano. “Shadows of the Swastika”, uma música do novo álbum, soou naquela noite como se tivesse anos de estrada, com ritmo envolvente e vibrações de um grande clássico, o mesmo aconteceu com a música “Hall of Freedom“ que têm um refrão rápido e o solo devastador de Terji Skibæes, que apareceu com seu novo visual, vulgo corte de cabelo.

Já que o assunto é solo de guitarra, era chegada a hora da “The Rage of the Skullgaffer” e um duelo entre Heri e Terji, música que deixou os fãs um pouco mais silenciosos, mas apenas porque era preciso apreciar o momento único que os olhos de cada um captava com atenção.
Voltando à atmosfera normal do show, “Tróndur Í Gøtu”, cantada na língua pátria da banda, as Ilhas Faroe, não era problema para muitos presentes, que gastaram seu faroense e acompanharam a banda mais uma vez (rola colocar este idioma no curriculum?).

Já na parte final do show, uma das mais apreciadas músicas da banda, “Hail to the Hammer” obviamente, foi mais uma vez cantada por todos, Heri quase nem era mais ouvido nos vocais tamanha a euforia do público ao cantar as músicas na presença da banda enquanto Gunnar só faltava moshar tamanha intensidade demonstrada, um carisma para ser lembrado. E com isso a banda se retirara do palco.
Regin Smiður abriu o encore, música tradicional das Ilhas Faroe, já emendada com “Dreams” onde destaco o bateirista Kári Streymoy que apesar de esbanjar muita técnica no decorrer do show, se sobressaiu mesmo no encore.

Em um show tão majestoso quanto este, não era de se imaginar que o auge ainda estaria por vir: quando as primeiras notas de “Hold the Heathen Hammer High” foram tocadas o estúdio Emme explodiu e a última música, a “By the Sword in My Hand” foi recebida no mesmo nível, sem mais palavras para descrever uma noite verdadeiramente épica!

Set-List:
Intro
Flames of the free
Sinklars Vísa
Northern Gate
Wings of Time
Ragnarok
Shadows of the swastika
Hall of freedom
The Rage of the Skullgaffer
Tróndur Í Gøtu
Hail to the Hammer
Encore:
Regin Smiður
Dreams
Hold the Heathen Hammer High
By the Sword in My Hand
Outro
GALERIA COMPLETA COM MAIS DE 30 FOTOS DO SHOW
Agradecimento especial ao Costábile Salzano Jr. da The Ultimate Music.
Týr: http://www.myspace.com/tyr1
Skaldicsoul: http://skaldicsoul.com/banda.html
Ordo Draconis Belli: http://ordodraconisbelli.blogspot.com/

 

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