Texto – Lucas Amorim

Fotos Pri Secco

No último dia 07 de abril, São Paulo estava prestes a testemunhar uma noite de metal com a aguardada apresentação do Orphaned Land no Carioca Club. Entretanto, ao chegar à casa de shows, uma constatação triste se impôs: o local estava notavelmente vazio.

O que poderia ter sido uma multidão fervorosa transformou-se em um pequeno grupo de devotos do metal. Mas mesmo diante desse cenário desanimador, os corações dos presentes não se abateram. Pelo contrário, aqueles poucos que estavam lá estavam decididos a fazer daquela noite uma celebração memorável.

A atmosfera no Carioca Club estava longe de ser desanimada, graças à determinação e ao entusiasmo dos fãs que se reuniram para honrar a música do Orphaned Land. Desde os primeiros acordes, ficou evidente que aqueles poucos presentes estavam prontos para mergulhar de cabeça na experiência musical que estava por vir. Não importava a falta de multidão; o que importava era a paixão ardente que queimava nos corações dos verdadeiros amantes do metal.

Com seu som único, uma fusão de heavy metal com influências do Oriente Médio, o Orphaned Land assumiu o palco com uma energia arrebatadora. Sob a liderança carismática de Kobi Farhi, a banda entregou uma performance emocionante e cativante que ecoou pelas paredes do clube. Mesmo diante do pequeno público, o Orphaned Land não economizou em intensidade e entrega.

Os fãs, por sua vez, responderam com todo o fervor possível. Eles cantaram junto, bateram palmas e mostraram um apoio inabalável à banda. Não importava se eram poucos; cada um ali estava determinado a fazer daquela noite algo especial. O amor pela música superou qualquer desapontamento causado pela baixa presença de espectadores.

O Orphaned Land não deixou de tocar seus sucessos, incluindo músicas de seu álbum mais recente, “Unsung Prophets & Dead Messiahs” e claro clássicos como “Norra el Norra (Entering the Ark)” e “Birth of the Three (The Unification), onde cada verso, foi recebido com entusiasmo pelos presentes, que absorveram cada momento como se fosse o último.

No final das contas, o que realmente importava não era o tamanho da plateia, mas sim a intensidade do amor pelo metal. O pequeno público que compareceu ao show do Orphaned Land em São Paulo mostrou que, mesmo em números reduzidos, é possível criar uma atmosfera de celebração e camaradagem que eleva a experiência musical a um patamar superior.