Muita expectativa, euforia, emoção, carisma, grandes participações, e todos os elementos que qualquer show que se preze deveria conter – e não estou falando sobre investimento de palco aqui, cito a competência e os elementos humanos, que por enquanto ainda são o elemento principal em shows! Foi nesse contexto que aconteceu o show mais esperado da passagem latino-americana do dream team do metal holandês, a banda Mayan.
Resenha: Edu Escobar
Fotos: Bruno Bergamini
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A entrada para o Carioca Clube foi liberada bem cedo, e excepcionalmente naquele 26 de novembro tudo aconteceu antes do esperado, tanto banda de abertura quanto a principal, fazendo bastante gente perder parte do show da Mayan, o velho ditado do oito ou oitenta foi aplicado aqui (rs), mas voltemos ao que importa.
A banda de abertura Melline, teve a responsabilidade de abrir o show das estrelas do metal holandês, e se saíram bem, misturando músicas próprias como “The Promisse” e “Firestorm”, com cover de After Forever (na música Face Your Demons), The Trooper (Iron Maiden), entre outras. Em resumo, a banda cumpriu seu papel e agitou o público que estava na grade.
Set-list da banda Melline
1- The Final Countdown
2- Firestorm
3-Face Your Demons
4-Whinnings
5-The Trooper
6-The Promise
Como muitos já sabem, mas nunca é bastante dizer, o Mayan, é um agregado de talentos, e quando se trata de performance ao vivo os integrantes oficiais Mark Jansen (vocalista, Epica), Isaac Delahaye (guitarrista, Epica), Frank Schiphorst (guitarristam Symmetry), Rob van der Loo (baixista ex-Delain, ex-Sun Caged), Jack Driessen (teclado ex-After Forever) e Ariën van Weesenbeek (baterista Epica) juntam forças com Floor Jansen (Re-Vamp, ex-After Forever), Simone Simons (Epica), Laura Macri (cantora italiana) e o alemão Henning Basse (Sons Of Seasons), o que obviamente transforma o que seria um belo show em um espetáculo épico (com o perdão do trocadilho!).
O show começou com apenas os integrantes originais do Mayan no palco, tocando a faixa “ Symphony of Aggression” do belíssimo debut álbum “Quarterpast”, com Mark esbanjando toda sua potência gutural, arrancando berros eufóricos da platéia, mas era nas aparições interstícias de Floor e Simone, durante as primeiras músicas, que o público explodia, principalmente na primeira aparição de Floor Jansen, que ainda se recupera de um esgotamento físico e confirmara dias antes sua participação no show em São Paulo. A primeira parte do show, que também contou com as músicas “Mainstay Of Society”, “The Savage Massacre”, “Quarterpast” e “Course Of Life” seguiram na mesma linha da faixa inicial, com exceção ao destaque positivíssimo para o vocalista Henning Basse na última faixa citada, provando finalmente o porquê de estar participando deste dream team.
Já que o assunto é prova, Laura Macri, que ouso intitula-la de completamente desconhecida do público brasileiro, teve seu primeiro grande momento na música “Essenza Di Te”, com um foco de luz na bela cantora, fazendo-se soar uma voz mais bela ainda, ao centro do palco. Foi um belo momento pois algumas pessoas pressuponham que esta parte sairia do contexto do show. Felizmente estavam errados.
Como era de se esperar, e pra falar a verdade, obrigatório, veio o primeiro cover da noite, “Incentive” do Epica, e já que 50% do Mayan é o Epica, foi como se a própria banda estivesse lá. O espetáculo seguiu com outra música do Mayan, “Celibate Aphodite”, com Henning sendo presença marcante cantando o refrão.
Vale lembrar que em nenhum momento o nível da apresentação caiu na monotonia, posso até não ter citado nenhum dos instrumentistas por causa da presença incrível de 5 vocalistas ao longo do show, mas estavam todos incríveis e agitando o máximo que podiam.
Uma pausa para quebrar o ritmo, e Henning anuncia a homenagem, já padrão nos shows da Mayan, para uma banda especialmente importante na sua vida: o Iron Maiden. O momento Iron Maiden do show foi uma junção de “The Number of the Beast”, “The Trooper”, “Fear of the Dark” e “Run to the Hills” em uma só, em quase 15 minutos de música, um show a parte, engrandecendo ainda mais a noite (obviamente houve gente que disse que este tempo poderia ser aproveitado melhor, mas deixemos estes pensarem que estão com razão).
Antes do encore ainda tivemos a música “Bite The Bullet”, que encerrou o show magistralmente!
Antes de voltarem, Mark e Simone conversavam com o público de trás do palco, incentivando o público a grtar cada vez mais alto para que eles voltassem, e assim aconteceu. Laura Macri voltou primeiro, cantando a música “Quando me’n vo”, transformando um show de metal em ópera, um ótimo momento que arrancou aplausos da platéia.
Precedendo o final do show, mais três música do álbum “Quarterpast”: “Drown The Demon”, “War On Terror” (com sua intro capaz de fazer o público encarnar um “air maestro”, música que inclusive tem um clipe) e a caótica “Sinner’s Last Retreat”, cheia de variações ríspidas e dramáticas.
O show teve diversos pontos altos, mas sem dúvida, o clímax aconteceu no fim, como deve ser, primeiramente com a música “Cry for the Moon”, do Epica, onde Simone ficou com o público na mão – como se ela precisasse se esforçar para isso! -, fazendo-o cantar no meio da música por diversas vezes. E o show foi encerrado com “Follow in the Cry”, cantado por Mark e Floor, relembrando os velhos tempos de After Forever, foi grandioso, e com Laura e Simone fazendo os backing vocals! Quer mais?! Então espere pela próxima passagem da banda no Brasil, pois no mínimo é um espetáculo que vale muito mais que cada centavo investido!
Agradecimentos à produtora Dark Dimensions pela produção do show e ao Costábile.
Set-list do show:
1. Symphony of Aggression
2. Mainstay Of Society
3. The Savage Massacre
4. Quarterpast
5. Course Of Life
6. Essenza Di Te
7. Incentive (Epica cover)
8. Celibate Aphrodite
9. Iron Maiden Medley (The Number of the Beast, The Trooper, Fear of the Dark, Run to the Hills)
10. Bite The Bullet
Encore:
11 – Quando me’n vo
12 – Drown The Demon
13 – War On Terror
14 – Sinner’s Last Retreat
15 – Cry for the Moon (Epica cover)
16 – Follow in the Cry (After Forever cover)
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