Alice Cooper e Guns’n’Roses @ SP Trip – Allianz Park – São Paulo (26/09/2017)
Postado em 01/10/2017


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Que festival, tudo perfeito, um show melhor que o outro, The Who, Def Leppard, Aerosmith, Bon Jovi, qual o melhor? Talvez não tenha resposta certa , pois vai do gosto e da ansiedade pessoal, mas a ideia e estrutura do Festival era perfeita e agradou a todos que compareceram

Texto: Guilherme Werneck

A despedida do festival reuniria o que pode se chamar três gerações do hardrock americano, com o surpreendente Tyler Bryant and The Shakedown abrindo os trabalhos, seguido pela lenda do “Horror Rock”, “Shock Rock” – chame da maneira que preferir – Alice Cooper com o seu visceral show de horrores e, para fechar a noite, aquela que um dia já foi a banda mais perigosa do mundo, Guns ‘N Roses!

A incrível noite de rock’n roll que estaria por vir, começaria cedo, ia até tarde e não há dúvida que todos os presentes amantes do estilo sairiam de lá com um sorriso de orelha a orelha e foram dormir felizes com o zumbido de satisfação na cabeça de quem presenciou três shows sensacionais!

Exatamente como anunciado, às 17h30, Tyler Bryant e seus extraordinários Shakedowns subiram ao palco do Allianz Park ma pena que nem todos puderam assistir, devido o horário tão cedo em um dia de semana em uma das cidades mais malucas do Brasil, mas quem estava por lá gostou muito e com certeza tiveram uma agradável surpresa e buscarão conhecer mais sobre os caras.

Os garotos de Nashville apresentaram o seu blues rock bem temperado, com altas doses de hard rock, perfeitamente executado de uma forma empolgante. Intercalando músicas de seu único disco ”Wild Child”, do EP “The Wayside” e um cover acelerado do clássico, “Got My Mojo Workin de Preston Foster. Em exatos 30 minutos, os caras levantaram o público presente e mostraram que tem muito futuro pela frente, resta torcer para que nos brindem com uma nova visita, mas dessa vez com mais tempo para mostrar seu trabalho.

Plateia aquecida e maior no fim deste showzaço para receber Alice Cooper e extraordinária banda com seu show de tirar o fôlego!

Desde os primeiros acordes de “Brutal Planet” uma multidão de olhos vidrados seguia a batuta do maestro dos horrores e “CARALHO ESSA PARTE FICOU LINDA”

Em seguida vieram as clássicas ”No More Nice Guy”, ”Under My Wheels” e “Billion Dolar Babies”, com os famosos dólares de Alice Cooper sendo jogados nas pessoas mais próximas da grade enquanto empunhava uma espada, que foram à loucura coletando as notas, as quais estampavam o rosto do vocalista.

Após essa sequência de grandes sucessos, a ótima “Paranoiac Personality” do mais recente disco “Paranormal” e a pesada, “Woman Of Mass Destruction”, procedida pelo solo de guitarra avassalador de Nita Strauss, já puxando as primeiras notas de “Poison”, hino do hard rock oitentista de Alice Cooper, fez o estádio vibrar!

Em seguida “Halo Of Flies” desacelerou um pouco o ritmo do show e intermediou uma jam session muito competente da banda, dando início ao solo de bateria de Glen Sobel.

A parte final do show seria arrasadora com “Feed My Frankenstein” recriando um laboratório no palco que transformou Alice em Frakenstein, logo após, ele visitou um necrotério na agitada “Cold Ethyl” dançando valsa com um cadáver.

Os ânimos se acalmaram novamente para dar espaço à belíssima “Only Woman Bleed”. Sendo um verdadeiro teatro, a qual uma bailarina se apresenta no palco é apunhalada e “morta” por Alice na performance, que surpreende todos presentes, tele portados instantaneamente para algum filme de terror de décadas atrás.

Sentenciado e condenado, a banda entoava em seguida I Love The Dead” enquanto Alice era decapitado.

Ele logo volta para executar um de seus maiores sucessos, I’m Eighteen”, levantando a plateia para cantar junto com ele esse hino de sua carreira.

Após mais este momento épico do show e uma breve saída do palco, Vincent Furnier volta com uma jaqueta nova e soltando bolhas de sabão no palco. Era o momento do bis, era o momento da música que os fãs estavam esperando, “School’s Out”. Cantada em uníssono por todo estádio em meio a um medley com “Another Brick In The Wall” do Pink Floyd, foi a maneira perfeita de encerrar um show incrível que foi completo pela participação surpresa de Andreaa Kisser.

Ao final do show o estádio já estava tomado e todos apostos e ansiosos para o último e principal show da noite, o Guns ‘N Roses!

Após pequeno atraso, os riffs iniciais de “It’s So Easy” incendiavam a plateia.

A apresentação teve um início matador, que não deixou ninguém respirar, com “Mr. Brownstone”, “Chinese Democracy”, “Welcome To The Jungle” e “Double Talkin’ Jive”, Axl Rose estava com a voz potente, diferente do show do Rock In Rio, e a banda afiadíssima como sempre, os destaques óbvios ficam para as presenças de Duff McKagan e Slash.

O show resumiu bem a carreira da banda, passando pelos grandes sucessos de todas eras, incluindo diversas versões e jams de músicas que influenciaram na sonoridade dos caras.

A épica”Estranged,”Live and Let Die (música de Paul McCartney, que caiu como uma luva no repertório da banda desde o Use Your Illusion I),”Rocket Queen”,”You Could Be Mine” (com projeções fazendo alusão ao “Exterminador do Futuro II”), foi uma sequência literalmente de tirar o folego do público que cantou e vibrou com cada faixa. Com 55 anos de idade, Axl se retirava do palco por diversas vezes para poder descansar, deixando o palco nas mãos de Duff McKagan e Slash. O primeiro ainda dominou os vocais para um medley de “You Can’t Put Your Arms Around A Memory” e a punk rocker “New Rose”. Depois da pausa e descansado, Axl voltaria ao palco com a poderosa balada “This I Love”, adorada por quem não abandonou a banda nos momentos mais difíceis de “Chinese Democracy”, os clássicos do “Use Your Illusion II”, “Civil War” e “Yesterdays” e após apresentar a banda em “Coma” e encerrar mais ótima sequência de músicas que exigem muito de seu vocal ele deixa o palco com Slash, para um arrebatador solo de guitarra finalizando com a já característica versão da trilha sonora do filme “O Poderoso Chefão”. A banda volta ao palco com aquele que talvez é o maior seu sucesso radiofônico, “Sweet Child O’ Mine”, esta que gostando ou não é impossível não saber a letra e .cantar junto a música inteira.

O momento de maior tranquilidade do show veio a seguir com o cover de “Wichita Lineman”, famosa na voz de Glen Campbell, falecido este ano, com os músicos sentados e com Axl de voz limpa, precedendo uma versão elétrica da clássica “Used To Love Her”, outro momento que era difícil ouvir os vocais do palco com o estádio inteiro cantando junto.

Intercalando momentos cadenciados e acelerados no show, “My Michelle” pegou o público quase desprevenido com sua ferocidade, mas sem dúvida este clássico do “Appetite For Destruction” foi um dos grandes momentos do show, muito também por não ter sido executada nos shows da banda em São Paulo no ano passado.

Uma longa versão de instrumental de “Wish You Were Here” do Pink Floyd perdurou até Axl Rose subir no seu piano para tocar as primeiras notas de “November Rain” levando o público ao delírio mais uma vez, que correspondeu com uma chuva de balões vermelhos que se fazia notar em todo o estádio.

A segunda homenagem póstuma da noite, o primeiro de três covers de grandes nomes da música mundial, veio com o maior sucesso mercadológico do Soundgarden, “Black Hole Sun”. Homenagem merecida à Chris Cornell que era bem próximo de Duff McKagan e Slash. Mesmo não sendo a música ideal ao estilo vocal de Axl Rose foi um dos momentos mais belos do show. Na sequência, “Knockin’ On Heavens Door” e uma acelerada versão de “I Got You” de James Brown, animando e colocando o estádio inteiro para dançar, mostrando a veia swingada dos caras, elemento de sucesso e um dos grandes diferenciais das bandas dos anos 80.

Encerrando a primeira parte do show veio a meteórica “Nightrain” agitando até quem já estava cansado, afinal é uma das músicas mais potentes do disco de estreia da banda.

O público já estava extasiado quando eles voltaram para o bis prestes a encerrar esse showzaço! No último dos vários momentos que todos cantaram em uníssono todas as letras da música na noite, “Don’t Cry” e “Patience” emocionaram, antecedendo o cover de “The Seeker”do The Who. Para acabar, a música que encerrou praticamente todos os shows nos mais de 30 anos de banda, “Paradise City”, transformou o Allianz Parque em um delicioso baile de carnaval roqueiro.

Três hora e quinze de show, quase oito horas e meia de festival e três shows sensacionais que mostram que o rock ‘n roll nunca irá morrer.

Obrigado SP TRIP por nos proporcionar quatro dias de puro rock ‘n roll, que com certeza vão ficar para a história dessa cidade.

 

 

A ILHA DO METAL tem o Apoio Cultural da T4F – SOLID ROCK FESTIVAL

SOLID ROCK – DEEP PURPLE, LYNYRD SKYNYRD E TESLA
Cerveja Oficial: Heineken
Realização: TIME FOR FUN

CURITIBA (PR) – Pedreira Paulo Leminski

Data: Terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Ingressos: de R$ 145 a R$ 660 (ver tabela completa)
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.

Pontos de venda no link: http://premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=pdv

SÃO PAULO (SP) – Allianz Park

Data: Quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Ingressos: De R$ 130 a R$ 580 (ver tabela completa)
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.

RIO DE JANEIRO (RJ) – Jeunesse Arena
Data: Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017.
Ingressos: de R$ 125 a R$ 650 (ver tabela completa)
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.
 

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