Anathema: “a melodia nos mostra como devemos criar a nossa música”
Postado em 26/09/2013


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HORNS UP (www.hornsup.com.br) em parceria com A ILHA DO METAL foi atrás da banda ANATHEMA, que estará no Brasil para um show único no Carioca Club em São Paulo, no dia 13 de Outubro (Informações AQUI). E conseguimos uma entrevista diretamente com o Daniel Cavanagh, o frontman desta magnifica banda que conquistou o mundo desde a sua criação.


HORNS UP / A ILHA DO METAL
 – Olá! Como estão? Foi anunciado há um tempo atrás que o ANATHEMA estará no Brasil para um show único e eu devo dizer que muitos ficaram histéricos, uma vez que este show é esperado por anos. Quais são as expectativas para este show aqui no Brasil?

Dan Cavanagh – Provavelmente uma das primeiras coisas que faremos ao subir no palco, será pedir desculpas pela demora em voltar ao Brasil, uma vez que não foi nossa culpa, e sim dos promotores. E claro que além disso, tentaremos tocar o melhor que podemos, e fazer com que tudo soe de uma forma boa, ou seja, um típico show do ANATHEMA.

HORNS UP / A ILHA DO METAL – O setlist da banda provavelmente será baseado em toda a carreira da banda, e talvez nos mostrará uma vasta variedade e o som único que a banda possui. Mas, podemos esperar qualquer surpresa para este show ou algo especial para celebrar este momento especial entre a banda e o público Brasileiro? Aliás, fui até a página oficial da banda no Facebook perguntando que se eles tivessem a oportunidade, o que eles gostariam de perguntar, e essa questão foi levantada: existe alguma chance de vermos Sunlight no setlist?
Dan Cavanagh – Não sei de onde você tirou esta ideia de que executamos músicas de toda a carreira do ANATHEMA, pelo que me lembre nós que escolhemos as músicas de nosso setlist. Portanto, nós iremos escolher as nossas melhores músicas. Quanto as surpresas, não irei lhe dizer, caso contrário não serão surpresas.

Anathema

HORNS UP / A ILHA DO METAL – Também preciso perguntar o que vocês pensam sobre o público brasileiro e se existe algo que a banda tenha vontade de conhecer ou visitar durante a estadia da banda em São Paulo?
Dan Cavanagh – Faz um bom tempo que não tocamos no Brasil, o último show foi adiado ou cancelado. E eu não tenho nenhuma expectativa, eu estou ansioso por voltar ao Brasil, e tenho alguns amigos, mas fora isso quero apenas aproveitar e ter um momento de paz.

HORNS UP / A ILHA DO METAL – ANATHEMA é conhecida por trazer um sentimento singular em cada música tanto no estúdio quanto no próprio show. Como a ideia de trazer uma música ou um álbum é iniciada? Em adição, vocês se inspiram em algo do dia-a-dia para compor suas músicas?
Dan Cavanagh – É difícil dizer de onde vem as ideias para uma música, tudo começa com uma melodia e bastante simples identificar o que é uma boa melodia, e a partir daí a música cresce através da imaginação de meu irmão Vincent, de John e minha. E então, nós temos o resto da banda para executar o que criamos e o produtor para nos ajudar com tudo isso. E é de fato, um pouco difícil dizer quais as inspirações, elas apenas aprecem, você sabe? As ideias apenas aparecem. Você pega a guitarra ou o piano, e algo simplesmente surge.

HORNS UP / A ILHA DO METAL – Em cada lançamento é possível ver uma evolução da banda, musicalmente e liricamente. No processo de dar vida ao novo material, vocês procuram seguir uma direção, por exemplo, “nós devemos fazer isso e assim” ou é um processo natural do último álbum lançado?
Dan Cavanagh – O modo como criamos as músicas, eu diria que é um processo natural, como eu disse, não é algo consciente, ou seja, não tentamos criar de uma maneira. Basicamente, é um processo em que devemos ouvir a melodia criada e deixar que esta melodia ou música nos guie de uma maneira natural até que todo o conjunto esteja finalizado. Ou seja, a melodia nos mostra como devemos criar a nossa música.

HORNS UP / A ILHA DO METAL – “Weather Systems” foi um grande sucesso e minha opinião é que ele está entre os melhores daquele ano, um álbum que combina todos os elementos em uma interessante atmosfera. Talvez seja um pouco cedo para perguntar, mas minha curiosidade é grande: a banda já tem alguma ideia para um novo álbum de estúdio ou a ideia de compor um novo álbum será amadurecida somente após a turnê do “Weather Systems”?
Dan Cavanagh – Bem, o novo álbum está em processo de criação, as ideias estão surgindo. Eu diria que cerca de 50% ou 60% já está pronto, mas claro, ainda é necessário criar as letras, algumas ideias finais, ser gravado e tudo isso irá acontecer no estúdio com o produtor.

HORNS UP / A ILHA DO METAL – Claro que ainda existe o lançamento intitulado “Universal” que conta com um show especial realizado no inicio da turnê. Nós todos sabemos que este trabalho mais uma vez possui a assinatura da banda, logo podemos esperar um trabalho grandioso, brilhante e intenso. Você poderia explicar um pouco este projeto? Eu digo, não será apenas um simples show ao vivo, certo?
Dan Cavanagh – Caso você já tenha visto ou ouvido Universal, saberá que é um bom sucessor de “Weather Systems” ou “We’re Here Because We’re Here”, é mixado pelo mesmo cara que mixou e produziu “We’re Here Because We’re Here”. E soa realmente ótimo, e é realmente como um sucessor de nossos dois últimos álbuns. Este show é um dos primeiros da turnê de “Weather Systems” e que retrata a banda ao vivo, muito bem entrosada e nós realmente gostamos disto.

HORNS UP / A ILHA DO METAL – E última pergunta. Eu gostaria de perguntar o que vocês gostam de fazer quando não estão no palco? Alguns fãs me perguntaram através da página oficial brasileira do Facebook e eu devo confessar que eu estou um pouco curioso para saber se existe uma vida normal para aqueles que trazem na bagagem mais de duas décadas de músicas e ja conquistaram o mundo?
Dan Cavanagh – Eu realmente não gostaria de falar sobre isso, vida pessoal você sabe? E eu quero manter o nível desta entrevista mais para o lado profissional, então eu não vou lhe dizer nada sobre isso, certo? Mas posso dizer que, gosto muito de compor música, mesmo quando estou de folga.

 

Categoria/Category: Entrevistas
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