Angra Fest @ Tropical Butantã – São Paulo/SP (01/12/2018)
Postado em 12/12/2018


Quando queremos “Fazemos Acontecer”

Um evento organizado pela Produtora Top Link que realmente merece todo o apoio e elogio possível, em um País com uma crise financeira sem precedente na história com poucos lugares dando espaço a música autoral,  a produtora através de seu Cast com excelentes nomes no Rock Nacional, faz um Festival com o nome de uma das suas bandas e que ajudou na idealização do mesmo, e chegando a mais uma edição do Festival o mesmo vai se firmando como um dos grandes eventos que esperamos que aconteça com uma periodicidade pelo menos anual, e a versão de dezembro nós contamos como foi a partir de agora.

A casa fica próximo a uma estação de Metrô e com horário interessante, o acesso era fácil para pelo menos a grande maioria que frequenta evento em São Paulo e já conhece bem a casa, até pela grande quantidade de shows que já aconteceu por ali e desde o inicio um bom número de fãs já foi chegando para ver todas as bandas do Festival.

Nervosa

A nova sensação do Metal Brasileiro e já uma realidade na gringa, participando de vários festivais pelo mundo afora, e com muito sucesso, a banda já subiu ao palco praticamente com o público ganho, pois acreditamos pela retorno que as meninas tiveram pouca gente não conhecia a pancadaria feita pela banda.

“Horrordome”, “… And Justice for Whom?” e “Death!” foram as três primeiras e já no começo o poderio sonora delas mostra o sucesso dessas meninas que temos muito orgulho e felicidade e termos visto o inicio da carreira e como batalharam para estar onde estão hoje.

Prika segura muito na guitarra e faz a potência de Riffs, no som do Nervosa, Fernanda Lira é um fenômeno a parte, que postura no palco, embora claramente ela se inspire no Schirmer do Destruction ou o Mile do Kreator ainda tem seu lado pessoal , com as caretas ou o contorcionismo que a gente vê no palco, afinal como agita muito ganha atenção e todos olhares para si no palco.

O set interessante por conter músicas dos três excelentes CD’s da banda mas a parte mais sensacional ficou para o final, quando a banda deixou bem explicito que é completamente contra a qualquer tipo de Intolerancia antes de tocarem a faixa “Intolerance means War” e claro que a última da noite foi “Into moshpit”.

Um puta show, mostrando que a banda realmente merece o ápice e vendo essas batalhadoras brasileiras seguindo no caminho do sucesso, esperamos e desejamos ver essas meninas com o maior sucesso possível.

  1. Horrordome
  2. … And Justice for Whom?
  3. Death!
  4. Enslave
  5. Hostages
  6. Masked Betrayer
  7. Never Forget, Never Repeat
  8. Raise Your Fist!
  9. Kill the Silence
  10. Intolerance Means War
  11. Into Moshpit

Project46

Se o Nervosa é um excelente expoente lá fora aqui uma banda que realmente somos ã e esperamos que tenham uma grande carreira de sucesso, pois o que essa banda evoluiu com o passar dos anos é uma coisa absurda, outro detalhe é que já cobrimos vários shows deles, e nenhum, nem forçando muito avaliamos como médio, todos foram excepcionais e esse não foi diferente fazendo o melhor show do Festival.

A banda começa a mil por hora com “Terra de Ninguém” e ai , não sobra pedra sobre pedra, Caio no palco se movimentando de um lado para o outro, e agora com o cabelo mais cumprido e não curto como nos acostumamos a vê-lo no palco, continua perfeito, a dupla de guitarras, Vini e Jean,  precisa como sempre, e se encaixam como poucos fazendo a sonoridade única que a banda tem, sem contar Baffo e Betto que seguram a ponta ditando o ritmo avassalador.

A faixa “Se Quiser” que tornou a banda conhecida no Brasil quando um jogador no programa Globo Esporte pediu a faixa deles, e a emissora colocou um som Gospel, não foi esquecida e continua no setlist da banda até hoje. Falando em álbuns, o Tr3s, mostrou o quanto a banda está pronta para uma carreira lá fora, e com um show desses, a banda faria muito sucesso nos vários festivais europeus.

Faixa a faixa as rodas iam se abrindo, “Violência Gratuita”, “Pânico”  ou a nova “Rédeas” e é interessante ver as pessoas cantando todas as letras de uma banda que tem o vocal gutural, e principalmente quando você também está cantando. Já o final foi com as clássicas mas sempre surpreendentes “Erro 55 “, “Foda-se”, e continuam tendo aquela enorme participação da galera no refrão cantando o nome da música e o final sempre insano com “Acorda pra vida”, com a banda deixando o palco saudando o público e todo a casa cantando o Riff da música, sempre acho isso foda demais, embora já tenha visto umas dez vezes ao vivo e sempre me espanto com a reação.

  1. Terra de Ninguém
  2. Tr3s
  3. Se Quiser
  4. Violência Gratuita
  5. Pode Pá
  6. Pânico
  7. Rédeas
  8. Erro +55
  9. Foda-se (Se Depender de Nós)
  10. Acorda pra Vida

Dr. Sin

A volta triunfal.

Desde que a banda tinha anunciado o fim, anos atrás, muito como eu, jamais tinha “aceitado” e nós inclusive nos recusamos em ir no Carioca Club naquele show de despedida, e particularmente sempre esperamos que a banda um dia retornasse e isso claro aconteceu e nesse Angra Fest foi seu retorno oficial.

Como todos sabem Edu Ardanuy não participou do retorno, e o novo guitarrista Thiago Melo foi o responsável em assumir as seis cordas, e foi sensacional, a banda iniciou com “Scream and Shout” , e o público não poderia ter recebido da menor maneira possível, a nova “lost in Space” veio depois e mesmo a última música foi cantada pela platéia o que claramente surpreendeu a banda.

Aos gritos de “Dr. Sin… Dr. Sin”, Ivan mencionou de como era bom escutar aquilo novamente, Andria não perde tempo e anuncia que a banda está em fogo, apresentando a poderosa “Fire”, e era nítido ver que aquilo que fez a banda ser um exemplo no Metal Nacional continua o mesmo.

Ver faixas como “Sometimes”, “Dirty Woman” ao vivo, era algo imaginável,  e a resposta, que a banda poderia receber, de que uma nova história pode ser inscrita, e agora esperar novas composições e que Andria, Ivan e Thiago continuem no mesmo ritmo. O final com três clássicos absolutos, “miracles”, “Fly away” e a última só poderia ser “Emotional Catastrophe”.

Vale destacar também que foi muito bom e gratificante a banda homenagear também Edu Ardanuy que participaria do próximo show e estava assistindo a banda. Grande atitude uma banda Grande. Era realmente o que esperava deles.

  1. Scream and Shout
  2. Lost in Space
  3. Time After Time
  4. Fire
  5. Sometimes
  6. Dirty Woman
  7. Miracles
  8. Fly Away
  9. Emotional Catastrophe

Malta

Antes de mais nada, nosso site tem um carinho muito grande pela banda, pelo tratamente profissionalismo que a banda fez quando falou conosco no Papo Heavy Metal (Assistam nesse link, caso tenham interesse), onde a banda já falva da levada mais pesada que a banda na época estava trilhando nas composições e ficou provado mais um vez a banda fez bonito junto com outras bandas mais pesadas no dia.

Começaram com “Igual a ninguém”, e para quem não conhece, a música é bem pesada e assim quem não conhecia essa faceta da banda, que esteve presente no álbum Indestrutível já perceberam que a pegada da banda não fica só nas baladas que talvez a maioria conhecesse, a parte mais engraçada do show foi após a primeira música, que alguns da platéia começaram a gritar “Diz pra mim, Diz pra mim, Diz pra mim” e o guitarrista Thor Moraes numa sacada muito boa, tocou o primeiro Riff da música rindo e apontando a quem gritou e já ganhou os risos e aplausos, isso é Rock, atitude e diversão sempre.

Luana Camarah a vocalista da banda, tem uma presença de palco fenomenal, e foi mandando faixa a faixa, e todos, críticos e curiosos, olhando a banda que queriam criticar mas pela qualidade do show, não o faziam, e a banda foi ganhando espaço e admiração de todos presentes. /a banda mandou vários sons que estarão no novo álbum e tem uma pegada muito forte, muito mais pesada que muita banda Pop, e como sempre vimos a pegada hard rock nas baladas, ou algumas faixas, sabíamos da qualidade, e tem um peso bem grande as novas faixas, porém os refrões grudentos que achava uma grande qualidade da banda nesse novo formato não estavam presentes.

A potente ” Nova História” que Riffs bem pesados, que relembra a primeira fase da banda e sempre presente nos shows do malta veio com o mesmo impacto de sempre, para termos na sequencia os dois primeiros singles do vindouro MaltaIV a ser lançado no ano que vem, e veio a fantástica “Pátria Amada” , mostrando bem a revolta que temos com aqueles otários que governam nosso país.

Agora viria os momentos insuperáveis do show da banda Malta, convidando Edu Ardanuy para tocar na faixa “Manipoulação” que na versão do disco tem o ex guitarrista do Guns’n’Roses Ron Bumblefoot , e depois inesperadamente veio Bohemian Rhapsody, sim aquela faixa mesmo do Queen, já que a banda no lançamento do filme do Queen no Brasil (Que por sinal é o nome da música) fez um show tocando os clássicos da banda no Allianz Park, em uma versão que teve a participação massiva da platéia e foi o momento mais memorável da noite.

O final a banda quis fazer o que sempre faz em todos os shows, pedindo a todos que se abaixasse, e Thor lembrou como o Slipknot faz em Spit out porém não obteve sucesso e mesmo assim a banda seguiu terminando com o hit Hard Rock Supernova fechando a apresentação. A banda foi extremamente aplaudida e Thor veio ao microfone agradecendo o respeito pela banda, que era a mais Pop da noite, saindo aplaudidíssimo.

Luana, Thor, Diego e Daga continuam fazendo grandes shows, e este só foi mais um, e a banda está tendo a iniciativa de se mostrar ao mercado um som mais pesado, e como disseram que sempre queria ter essa interação com outras bandas esperamos que o sucesso continuem e as baladas de bandas como o Malta tragam mais pessoas a ouvir o bom e velho Rock’n’Roll.

  1. Igual a ninguém
  2. Amor e Ódio
  3. Bater de Frente
  4. Ela Sempre Sabe
  5. Nova História
  6. Pátria Amada
  7. Manipulação
  8. Bohemian Rhapsody
  9. Supernova

Angra

Os donos do Fest, celebrando seu show de número 101 da Tour do disco Omni, que se encerraria no dia seguinte com o último show em Salvador a banda sobe no palco, com um público já cansado, porém ansioso para outra apresentação da banda na cidade, e já começam com “Newborn Me” e “Travelers of Time” e a partida ganha nos primeiros minutos da apresentação.

A banda ao vivo, e desde o começo da banda é muito mais pesada ao vivo que nos Cd’s e mesmo os discos ao vivo achamos essa característica, e como em todos shows a banda ao vivo realmente se solidifica como uma das grandes bandas de Metal no Brasil.

“Nothing to Say” com Fabio Lione, ganhou muita força ao vivo, e continua sendo uma das preferidas dos fãs do Angra, e as faixas das fases antigas é sempre bem recebida com o público como em “Acid Rain” ou “Rebirth”. E como essa formação do Angra é coesa ao vivo e qui destaco o baixista Felipe, que vem se focando em tocar bem e tem uma presença de palco fenomenal, sempre se destacando nos shows, e isso certamente é mérito de toda a banda.

Do mesmo  jeito que Sandy participou da gravação de DVD, a música “Black Widow’s Web” teve a participação da vocalista do Torture Squad, Mayara Puertas, cantando e destacamos alguns trechos onde catou limpo destacando a voz da vocalista que conhecemos apenas como vocalista do Metal Extremo.

“The Bottom of My Soul” com Rafael nos vocais, fica muito bem ao vivo, e assim o Angra foi desfilando todos seus clássicos tocando um atrás do outro destacando claro o último álbum Omni.finalizando a primeira parte do show, com “Morning Star” e “Magic Mirror”.

O bis foi espetácular começando com a já citada “Rebirth”, depois o medlyu de “Nova Era/Carry On” e chegava a hora das já esperadas jams e a primeira convidando o Jean do Project46 e Fernanda do Nervosa, para executarem nada menos que “Walk” do Pantera, sensacional, fudido, e o gran finale veio do Adriano Daga na Bateria, Edu Ardanuy noa guitara e Luana do Malta dos vocais numa versão daquelas que achamamos “arrasa quarteirão” para nada menos que Highway to Hell do único  e inigualável AC/DC terminando o fest de maneira perfeita.

Um Festival que tem que continuar mostrando e criando mais uniões entre as bandas e que cada vez bandas participem e mesmo de estilos mais extremos ou mais voltados ao Hard Rock possam ter o respeito e admiração como foi nesse Angra Fest e desejamos sempre o sucesso e claro apoiaremos quantas edições a banda esteja disposta a colocar seu nome, e essa é a atitude que esperamos de bandas como o Angra, portanto e sempre.. PARABÉNS ANGRA…

  1. Newborn Me
  2. Travelers of Time
  3. Waiting Silence
  4. Nothing to Say
  5. Insania
  6. Acid Rain
  7. Caveman
  8. Black Widow’s Web
  9. Upper Levels
  10. Spread Your Fire
  11. ØMNI – Silence Inside
  12. The Bottom of My Soul
  13. Morning Star
  14. Magic Mirror
  15. Rebirth
  16. Carry On / Nova Era
  17. Walk
  18. Highway to Hell
  19. ØMNI – Infinite Nothing

N. da R.: Nem tudo foi flores, no Festival, com exceção do Dr. Sin que teve o som perfeito, e um pouco o Angra todas as bandaspareciam que o som estavam mais alto que o pretendido e o som não ficava legal principalmente no fundo da casa, e o atraso que teve em relação aos horários previstos e quando se escolhe começar mais cedo para que todos vão e voltem de transporte público isso não aconteceu já que a última banda entrou com quase 50 minutos de atraso. E nem por isso desmerecemos o Festival, isso é algo que queremos sim que melhore ao próximo Fest e consideramos esse um dos shows mais importantes do ano.

 

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