Um dos virtuoses do violino na atualidade, Ara Malikian conhecido por mesclar a música clássica e o Rock em suas apresentações, desde que anunciou sua Tour pelo Brasil e sempre em busca de novidades no mundo do Rock marcamos presença no belíssimo Teatro Bradesco para contar a vocês como foi.
Equipe: Genae (Texto) Marcos (Fotos)
Um excelente público compareceu ao Teatro, e claro poucos estavam com a tradicional camisa preta, afinal era um concerto de música clássica, e com toda banda no palco, Charles Humberto Armas , Viola, Jorge Antonio Guillen del Castillo, Violino, Nantha Kumar , Percussão, Hector Osorio Heredia, Percussão, Tania Bernaez Abad, baixo, Cristina Lopes Garrido, Cello e Antonio Carmona Vives , Guitarra, sobem ao palco com a primeira música , “Dzovarev”, onde a intro foi uma citação de “Voodo Child” de Hendrix.
Ara Malikian entra no palco e em poucos segundos, já percebemos, ele é uma espécie de Angus Young do Violino e não para um minuto, e o show só cresce, e cria inúmeras quebras de ritmo, deixando a música ainda mais interessante, principalmente pela iluminação nos inúmeros duelos de violino que teve durante o show.
Um destaque que tem é o carisma de Ara Malikian que contagia muito, e dizendo que fala muito mal português e com um espanhol bem falado e calmo para que entendêssemos disse que estava muito feliz por estar no Brasil, e apresentou a história de seu violino, que veio de seu avô para seu pai, e agora com ele, e tocaria todas fases de sua vida.
O sentimento e disposição no palco que ele tocava realmente impressiona, de um lado para o outro, chegando a arrebentar várias vezes a corda do arco. Ele lembra que um dia teve um problema em seu violino e ao levar para um Luthier, disse que aquele problema era raro e que a unica vez que algum problema parecido tinha acontecido era no violino do grande músico Paganini, e claro ele tinha se emocionado de ter um problema igual a um dos mestres da música clássica e tocaria, “ La Campanella“, música que Paganini fez em relação a seu violino por apresentar o barulho de uma campainha, sendo simplesmente magistral.
Ele mencionou uma época em que era violonista do cantor Boy George e cooontou quando foi expulso da banda, que tocariam em uma parque em Londres e tocaria dentro de uma hora, achou uma banda de rock interessante e pensou por que não assistir 15 minutos, e se encantou tanto pela banda que assistiu o show inteiro de mais de duas horas e meia, e quando se deu conto, o show de Boy George já havia terminado e ele perdido o emprego, mas descobrira ali uma grande banda de rock que se chama Radiohead, e tocariam deles “Paranoid Android“. Direto na sequencia tivemos outro clássico do rock com “Life on Mars” de David Bowie.
Outra parte engraçada fo quando mencionou ser judeu em um concerto e conversando com algumas senhoras, só sabia falar sim em alemão e ao perceber que as senhoras ficavam felizes, para toda frase, repetia o sim deixando-as mais felizes, só que ao final percebeu que tinha aceitado tocar no casamento da filha e algumas peças bem difíceis, mencionou que foi duro e quase fugiu da Alemanha e não só participou daquele casamento como de todos nos três meses seguintes, onde segundo ele ganhou muito dinheiro, e em homenagem tocaria uma obra de outro mestre da música clássica, dessa vez, Vivaldi com “El Verano”.
O ápice do conserto veio depois, lembrando da briga em casa, por música clássica e o Rock, decidiu tocar uma das suas grandes inspirações e não foi nda menos que “Kashimir” do Led Zepellin em uma versão maravilhosa, sendo esse o grande momento do show.
Continuou contando a história de seu violino, até por ser ultimo Cd se chama La increíble historia del violín, e rocou uma de quando seu violino quase se desfez, e compôs, Requien de un Loco, a faixa, ” Vals de Kairo“.
Sendo sempre ovacionado, e até por estarmos acostumados em show de rock, em shows de música clássica não se aplaude no meio da músicas mas estávamos tão entusiasmado com o show que nosso fotografo, começou a aplaudir no meio da música, e viu que estava errado, criando uma cena bem engraçada.
O final, agradecendo muito e dizendo que voltará em breve claro que seria uma obra de Johann Sebastian Bach, com o concerto 3 chamado “Aria” terminando uma apresentação diferente do que normalmente vimos mas tão empolgante quanto, principalmente pela presença e carisma do músico.
Se o objetivo dele é popularizar a música clássica mesclando com rock, ou outros estilos, o músico esta no caminho corretíssimo, e vale ressaltar e destacar aqui, que em deus days off ele promoveu eventos sociais, om crianças carentes em praticamente toda cidade que tocou e a essas ações sim merece e muito nosso respeito e admiração.
Esperamos vê-lo em breve, e convido a todos para checarem esse show, que vale muito a pena assistir.
- Dzovarev
- Ciocarla
- Pisando flores
- La vida breve
- Agua y vino
- Backgammon
- La Campanella (Nicolò Paganinni)
- Paranoid Android
- Life on Mars?
- El verano (3er mov.) (Antonio Vivaldi)
- Kashmir
- Misirlou
- Vals de Kairo
- Zyryab
- 1915
- Aria (suite para orquesta nº3)
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