Ara Malikian @ Teatro Bradesco – São Paulo/SP (18/05/2017)
Postado em 25/05/2017


Um dos virtuoses do violino na atualidade, Ara Malikian conhecido por mesclar a música clássica e o Rock em suas apresentações, desde que anunciou sua Tour pelo Brasil e sempre em busca de novidades no mundo do Rock  marcamos presença no belíssimo Teatro Bradesco para contar a vocês como foi.

Equipe: Genae (Texto) Marcos (Fotos)

Um excelente público compareceu ao Teatro, e claro poucos estavam com a tradicional camisa preta, afinal era um concerto de música clássica, e com toda banda no palco, Charles Humberto Armas , Viola, Jorge Antonio Guillen del Castillo, Violino, Nantha Kumar , Percussão, Hector Osorio Heredia, Percussão, Tania Bernaez Abad, baixo, Cristina Lopes Garrido, Cello e Antonio Carmona Vives , Guitarra, sobem ao palco com a primeira música , “Dzovarev”, onde a intro foi uma citação de “Voodo Child” de Hendrix.

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Ara Malikian entra no palco e em poucos segundos, já percebemos, ele é uma espécie de Angus Young do Violino e não para um minuto, e o show só cresce, e cria inúmeras quebras de ritmo, deixando a música ainda mais interessante, principalmente pela iluminação nos inúmeros duelos de violino que teve durante o show.

Um destaque que tem é o carisma de Ara Malikian que contagia muitoe dizendo que fala muito mal português e com um espanhol bem falado e calmo para que entendêssemos disse que estava muito feliz por estar no Brasil, e apresentou a história de seu violino, que veio de seu avô para seu pai, e agora com ele, e tocaria todas fases de sua vida.

O sentimento e disposição no palco que ele tocava realmente impressiona, de um lado para o outro, chegando a arrebentar várias vezes a corda do arco.  Ele lembra que um dia teve um problema em seu violino e ao levar para um Luthier, disse que aquele problema era raro e que a unica vez que algum problema parecido tinha acontecido era no violino do grande músico Paganini, e claro ele tinha se emocionado de ter um problema igual a um dos mestres da música clássica e tocaria, “ La Campanella“, música que Paganini fez em relação a seu violino por apresentar o barulho de uma campainha, sendo simplesmente magistral.

Ele mencionou uma época em que era violonista do cantor Boy George e cooontou quando foi expulso da banda, que tocariam em uma parque em Londres e tocaria dentro de uma hora, achou uma banda de rock interessante e pensou por que não assistir 15 minutos, e se encantou tanto pela banda que assistiu o show inteiro de mais de duas horas e meia, e quando se deu conto, o show de Boy George já havia terminado e ele perdido o emprego, mas descobrira ali uma grande banda de rock que se chama Radiohead, e tocariam deles “Paranoid Android“. Direto na sequencia tivemos outro clássico do rock com “Life on Mars” de David Bowie.

Outra parte engraçada fo quando mencionou ser judeu em um concerto e conversando com algumas senhoras, só sabia falar sim em alemão e ao perceber que as senhoras ficavam felizes, para toda frase, repetia o sim deixando-as mais felizes, só que ao final percebeu que tinha aceitado tocar no casamento da filha e algumas peças bem difíceis, mencionou que foi duro e quase fugiu da Alemanha e não só participou daquele casamento como de todos nos três meses seguintes, onde segundo ele ganhou muito dinheiro, e em homenagem tocaria uma obra de outro mestre da música clássica, dessa vez, Vivaldi com “El Verano”.

O ápice do conserto veio depois, lembrando da briga em casa, por música clássica e o Rock, decidiu tocar uma das suas grandes inspirações e não foi nda menos que “Kashimir” do Led Zepellin em uma versão maravilhosa, sendo esse o grande momento do show.

Continuou contando a história de seu violino, até por ser ultimo Cd se chama La increíble historia del violín, e rocou uma de quando seu violino quase se desfez, e compôs, Requien de un Loco, a faixa, ” Vals de Kairo“.

Sendo sempre ovacionado, e até por estarmos acostumados em show de rock, em shows de música clássica não se aplaude no meio da músicas mas estávamos tão entusiasmado com o show que nosso fotografo, começou a aplaudir no meio da música, e viu que estava errado, criando uma cena bem engraçada.

O final, agradecendo muito e dizendo que voltará em breve claro que seria uma obra de Johann Sebastian Bach, com o concerto 3 chamado “Aria” terminando uma apresentação diferente do que normalmente vimos mas tão empolgante quanto, principalmente pela presença e carisma do músico.

Se o objetivo dele é popularizar a música clássica mesclando com rock, ou outros estilos, o músico esta no caminho corretíssimo, e vale ressaltar e destacar aqui, que em deus days off ele promoveu eventos sociais, om crianças carentes em praticamente toda cidade que tocou e a essas ações sim merece e muito nosso respeito e admiração.

Esperamos vê-lo em breve, e convido a todos para checarem esse show, que vale muito a pena assistir.

  1. Dzovarev
  2. Ciocarla
  3. Pisando flores
  4. La vida breve
  5. Agua y vino
  6. Backgammon
  7. La Campanella (Nicolò Paganinni)
  8. Paranoid Android
  9. Life on Mars?
  10. El verano (3er mov.) (Antonio Vivaldi)
  11. Kashmir
  12. Misirlou
  13. Vals de Kairo
  14. Zyryab
  15. 1915
  16. Aria (suite para orquesta nº3)
 

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