Um evento fodástico, o LIBERATION TOUR FEST 2018 já iniciou os shows aqui no Brasil, onde já passaram por Porto Alegre e Fortaleza, e agora teremos Manaus (14/11 – Studio 5), Rio de Janeiro (16/11 – Circo Voador) e São Paulo (17/11 – Audio). A tour itinerante tem as bandas Kreator (ALE) e Arch Enemy (SUE) executando sets completos em formato co-headlining. O line-up ainda traz Walls of Jericho(EUA), Excel (EUA), Shaman (BRA) e Genocídio (BRA) em capitais especificas. Evento vai atrair fãs de diversos países da América do Sul.
O baterista Daniel Erlandsson concedeu entrevista exclusiva e falou de tudo um pouco desde a expectativa dos shows até comparando a fase de Angela com a fase de Alissa.
Com vocês Arch “fucking” Enemy
A Ilha do Metal – ) Quando você começou com o Arch Enemy anos atrás, você acha que atingiu o objetivo? Vocês se imaginavam se transformar neste Icone do Metal Extremo:?
Arch Enemy – Daniel Erlandsson ) Não, de jeito nenhum, quando o Arch Enemy começou, que quem começou foi o Michael, mas eu jamais pensei que tocaríamos para grandes plateias, mas não pelo banda, mas pelo minha mentalidade na época, onde apenas gravava ensaios, em uma fita, o que chamávamos de Demo na época, e aquilo já era um puta momento que eu pensava, não imaginava que 20 anos depois, continua cada dia mais forte, no inicio era impossível pensar isso. Eu acho que nos tornamos aquela banda que se mantém e vai pra frente cada dia mais forte, e nos mantemos nesse caminho, nosso conceito de música ainda é o mesmo , mas, claro que mudamos ou evoluímos nesse caminho, é passou muito tempo e passará mais ainda sendo assim.
A Ilha do Metal – ) Agora voltando a uma parte da primeira entrevista, sempre gostei da Alissa como frontwoman, desde a época do The Agonist, e ela é perfeita no Arch Enemy, mas claro que sei que é um pouco diferente da época da Angela, e te falo acha a Angela mais brutal do que a Alissa, agora minha pergunta, se você comparar a fase com a Angela e com a Alissa, ambos são Arch Enemy, mas como define a diferença dessas duas fases da sua banda?
Arch Enemy – Daniel Erlandsson ) hummm, bem como vocês disse, são dois tipos de vocais, dois tipos de pessoas, Angela, tem um jeito muito peculiar e agressivo no palco, Alissa não e ambas tem a personalidade diferentes, são pessoas diferentes, e nunca seriam iguais, acho que o Arch Enemy agora, enfatizou mais um lado melódico, especialmente neste Will To Power, eu acredito, War Eternal, também é melódico, mas, muito mais técnico para um disco do Arch Enemy, então acho que nestes dois últimos lançamentos tivemos mais para esse lado melódico, e com Alissa que tem o lado agressivo, mas também tem esse lado… como eu diria… mais musical, digamos aqui, não sei explicar, mas ambas são agressivas;
A Ilha do Metal – ) Concordo contigo, é exatamente da maneira que eu penso, e agora sei que tem uma conecção especial com o Brasil, e a primeira vez que li a letra de “The World is yours” e aqui no Brasil com uma polarização, onde os dois lados são errados, e esta chata pergunta, e na letra da música fala do poder do povo, e pode conseguir o que quiser, e como você vÊ o mundo totalmente dividido e polarizado como Trump nos Estados Unidos e aqui no Brasil, a música foi composta devido a essa polarização?
Arch Enemy – Daniel Erlandsson ) Essa letra foi composta pelo Michael, ele é a mente por trás das nossas letras, e como eu a interpretei, e se conecta com várias outras letras nossas, sabe, se você quer realmente uma mudança, comece mudando em você, acredite em si, confie em você mesmo, e anda de cabeça erguida, reclame se necessário, mas faça o exceto, “The World is yours” é uma coisa revolucionária sim…e é difícil dizer sobre o Brasil, sabe, somos da Suécia, e bem diferente do Brasil em termos de corrupçãoe problemas, e acho que as pessoas do Brasil e de todas as partes do mundo estão preocupadas ou assustadas com os políticos que irão governar, e alguns que parecem ser diferentes de olhos, temos que confiar mas mantendo o pé atrás, e também acreditar, pelo menos essa minha opinião vista de bem longe.
A Ilha do Metal – ) Finalmente Arch Enemy está de volta ao Brasil, e tocarão em vários lugares, qual suas expectativas?
Arch Enemy – Daniel Erlandsson ) Todos os shows no Brasil serão com o Kreator e em alguns lugares terá mais bandas, mas é a primeira vez, que vamos ao Brasil com outra, banda, sempre tivemos as bandas suporte, mas com duas headliners, será a primeira vez, e acho que foi uma grande combinação e será grandioso, e tocaremos músicas do novo Will to Power, Não apenas essas claro, tocaremos muitas outras, tocaremos outras novas, e desde o lançamento, estamos há um bom tempo na estrada, e com esse line up, é muito sólido, eu não sei se entende isso, essa formação cresceu muito, e temos feitos excelentes shows, e isso será claro a vocês do Brasil
A Ilha do Metal – ) Essa formação está foda, assisti vários no youtube, como Bloodstock, Wacken, Hellfest e não sei qual melhor, mas confesso que gostei muito do Hellfest, não sei se concorda com muito ou não, mas deixa para lá, agora vocês tem tocado em vários festivais, e como uma banda, como vocês se preparam para um festival ou para um show solo?
Arch Enemy – Daniel Erlandsson ) A grande diferença, seria o tempo que tocaremos, se somos headliners ou não, nosso show é 90 minutos, nos preparamos para isso, a unica coisa em comum, é como entramos no palco, com a energia que vamos contagiar a platéia, e se tocamos menos tempo, como 60 minutos, temos escolhido muito bem o set, para todos saiam bem, se é que me entende, e se temos o tempo podemos apresentar mais músicas menos conhecidas
A Ilha do Metal – ) Com sua resposta,m fiz uma pergunta nova, e a resposta disso é Alissa, e claro que gosto de Nemesis,, de toda a fase de Angela, mas hoje o público quer conhecer as novas músicas,e falam ok, mas cadê os clássicos, e vocês com War Eternal e Will to Power, criaram novos clássicos, e então você percebe que seu público recebeu bem esses novos hits? Eu quero ouvir seus novos clássicos. Como exemplo, Kreator tem feitos bons discos, mas no show vou querer os clássicos como Flag of the nations, ou os clássicos do inicio do Thrash alemão entende?Não sei se tiveram esse tipo de problema em outros países, que queriam apenas os clássicos do arch Enemy? E vocês são um dos melhores no Heavy Metal hoje…
Arch Enemy – Daniel Erlandsson ) Reparemos isso sim, que algumas músicas ficam melhor em alguns países do que em outros, e você está certo , nesses últimos dois álbuns ganhamos muitos fãs, ficou claro em nossos shows, com muita gente nova vindo nos ver, e acho que a maioria nos conheceu recentemente. Sabe tem muitas maneiras de conhecer bandas, exemplo youtube, e nossas estatísticas são muito boas, eu acho que isso é a maior dificuldade hoje para os artistas, como disse, povo quer ouvir os clássicos, não as novas músicas, e continuamos relevantes com boa música e sabe nos últimos anos que passamos na estarda com o War Eternal, acho que isso nos ajudou, pois tinhamos um novo line up, e queríamos que funcionasse, e com uma nova cantora, e isso nos ajudou, e não os tempos antes da Alissa.
A Ilha do Metal – ) Agora como um baterista, e já mencionamos do Arch Enemy estar mais melódico, quando cria sua parte, como baterista, como desenvolve a parte de agressividade e muda a maneira de tocar para se desenvolver como baterista..
Arch Enemy – Daniel Erlandsson ) Essa é uma boa pergunta, pois estou há muitos anos no Arch Enemy, fazendo álbuns e quando olhamos aos álbuns anteriores, o que fiz, o que pensava e o que posso fazer diferente dessa vez, e sempre começo depois que a canção já esta totalmente pronta, pois começamos com a guitarra e sou o último a fazer, eu sempre presto atenção de como vem a música primeiro sabe, eu gosto de tocar de uma maneira que seja único e não interfira em nenhum instrumento, ou atrapalhar a música, a bateria pode ser fácil pela vontade de ser mais técnico, não só bateristas, todos músicos, se fica nos aspectos técnicos as vezes, você acaba com a música, e neste Will to Power acho que consegui, simplifiquei, deixei que as musicas sem pressão, fluindo muito bem, e se ouviu, percebeu o que fiz, não foi tão difícil de fazer, exigiu menos, mais básico
A Ilha do Metal – ) Perfeito, Perfeito, muito obrigado, e sei que tem mais entrevistas, não quero te chatear, gostei muito, sempre uma honra e manda uma mensagem aos seus fãs.
Arch Enemy – Daniel Erlandsson ) Obrigado primeiro de tudo agradecer todos os fãs brasileiros pela paciência em esperar essa nova Tour, fazendo mais de três anos desde a última passagem, e estou esperando muitos esses para chutar tudo e fazer um puta show, vejo todos lá.
Categoria/Category: Entrevistas
Tags: arch enemy • Liberation Festival
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