Idealizado pelo guitarrista Gui Calegari (ex-Inrage), o Venomous vem trabalhando de forma incessante desde a estabilização de sua formação, ocorrida em 2016 com a chegada de Tigas Pereira (vocal, ex-Hollow Head e Darrua), Ivan Landgraf (guitarra), Alexandre Bonal (baixo) e Lucas Prado (bateria, Jugger).
Tigas Pereira explica que o nome da banda exprime dualidade e não tem referência no Venom, que surgiu na fase da New Wave of British Heavy Metal e se tornou pioneiro do black metal. “Sabemos da importância e de quanto o Venom é referência para muitas bandas. Em nosso caso, o veneno significa tanto a morte quanto a cura, dualidade que é abordada pela banda em nossas letras e na composição.”
Buscando criar um som pesado, agressivo, instigante e melódico, o quinteto mesclou referências de nomes como Nevermore, Arch Enemy, Megadeth e Slayer com a pegada clássica de Dio, Black Sabbath e Iron Maiden. Além disso, as passagens de música regional brasileira aproximaram o grupo paulistano ao trabalho desenvolvido há décadas por Angra, Sepultura e Overdose, três grandes expoentes do metal brasileiro. “A música ‘Green Hell’, presente em nosso disco de estreia, tem muita inspiração em ritmos brasileiros”, observou o guitarrista Ivan Landgraf. “Ela fala sobre a colonização portuguesa no Brasil e de como nos foi deixada uma herança de sangue, onde a velha oligarquia ainda impera e na qual os governos caem, mas ainda somos dominados pelo ouro”, acrescentou Pereira.
Veja o vídeo ao vivo de “Green Hell” em
Assim, os músicos conseguiram criar um som com a sua personalidade, mostrada no álbum de estreia, “Defiant”, lançado de forma independente nas plataformas digitais e em formato físico (CD) no início de 2018. “A música ‘A New Beginning’ foi a primeira a ser efetivamente finalizada pela banda, marcando o início do desenvolvimento de nossa sonoridade, combinando o peso dos timbres com a variação de ambientes e ritmos”, explicou o guitarrista Gui Calegari. “A letra dessa faixa, que saiu em videoclipe, aborda como nossos apegos materiais nos desviam de sentimentos humanitários em relação às outras pessoas, nos levando a viver uma vida vazia e cheia de ressentimentos. Porém, ainda existe esperança de mudarmos esse desastroso futuro se acreditarmos em nossos sonhos e nas outras pessoas”, completou Tigas Pereira, autor da letra.
Confira o clipe de “A New Beginning” em
“Within The Silence”, que explora variações harmônicas e combinações de palhetadas agressivas e melódicas desenvolvidas com a rítmica da bateria, foi outra faixa lançada em videoclipe. “O tema central é a visão da nossa vida como engrenagens de uma grande máquina chamada sistema. Apenas adentrando ao silêncio de nossas próprias mentes, é possível abandonar as crenças limitantes e quebrar essa roda que nos prende à máquina”, esclareceu Tigas sobre o conceito.
Veja o clipe de “Within The Silence” em
Já “I Pray as I Prey”, single lançado em lyric video, utiliza o jogo de palavras, riffs melódicos, além de seção rítmica pesada e cadenciada, para representar como o fanatismo exacerbado, individual e coletivo, que afeta a vida e o ambiente de todos. “Começando pelo contexto do Imperador Constantino de Roma, em 333 d.C, a letra também aborda os horrores e ignorância dos períodos das Cruzadas e Inquisição e faz um paralelo com os atuais ataques terroristas, que também utilizam do contexto religioso como justificativa para a ‘guerra santa'”, revelou o baixista Bonal.
Assita o lyric video de “I Pray as I Prey” em
O show de lançamento de “Defiant” ocorreu em maio ao lado dos poloneses do Vader, seguindo a turnê pelo estado de São Paulo com datas na capital, Campinas, São José dos Campos, Santos e outras cidades do interior. A banda então seguiu para a Europa, com shows na Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Polônia e República Tcheca. “Em uma rota de 4 mil quilômetros nas estradas europeias, passamos por locais como o consagrado The Cave, em Amsterdã (HOL), e o Motor Rock Pub, em Slupsk (POL), que já foi palco para shows de grandes bandas como o próprio Vader”, observou o baterista Lucas Prado.
Após o sucesso da turnê europeia, o grupo seguiu com a Defiant Tour para Botucatu (SP), participando do Fim de Semana Mundial do Rock, junto a Claustrofobia e Woslom. Pode parecer pouco tempo de estrada, mas trabalhar com foco, empenho e velocidade não é problema para o Venomous, que seguiu a turnê abrindo para os ucranianos do Jinjer, em Limeira (SP), em dezembro de 2018. Na ocasião, o quinteto fez o lançamento oficial de seu novo single, “Penitence”, que já consta na Playlist “Metal Brasuca” da CD Baby no Spotify. Além disso, o grupo foi incluído no cast do festival “Sampa Rock Birthday Party”, evento organizado com apoio da Prefeitura de São Paulo e realizado no dia 25 de janeiro de 2019 na porta da lendária loja de discos Woodstock.
“Defiant” segue obtendo boa aceitação de público e mídia, com resenhas positivas em sites e na revista Roadie Crew, além de destaque em programas como Pegadas de Andreas Kisser (Rádio 89FM), Backstage (Kiss FM) e É Noize. O disco foi incluído entre os 20 maiores lançamentos nacionais de metal de 2018 pela Roadie Crew, em sua edição #240 (janeiro, 2019) e a banda consta em diversas categorias individuais na votação dos melhores do ano segundo os leitores da revista.
Depois da realização de shows ao lado de grupos estrangeiros como Vader e Jinjer, além de ter feito apresentações pelo Brasil e Europa, o Venomous apresentou seu poder de fogo com o vídeo ao vivo de “Green Hell”. Ainda que trabalhando em camadas baseadas no death metal, com toques de metal tradicional e thrash, a música conta com outra faceta do quinteto. “‘Green Hell’, presente em nosso disco de estreia, tem muita inspiração em ritmos brasileiros”, observou o guitarrista Ivan Landgraf. “Ela fala sobre a colonização portuguesa no Brasil e de como nos foi deixada uma herança de sangue, onde a velha oligarquia ainda impera e na qual os governos caem, mas ainda somos dominados pelo ouro”, acrescentou o vocalista Tigas Pereira.
Na sequência, o Venomous apresentou seu novo single, “Black Embrace”, que trouxe novidades em termos sonoros. O material, gravado no estúdio Dual Noise (SP) e produzido pelo renomado Rogério Wecko e pela banda, marcou a estreia do baixista Renato Castro. “Ele trouxe muito peso, experiência e presença, iniciando uma nova era na banda”, analisou Gui Calegari. “‘Black Embrace’ partiu da ideia de fazer algo novo em nossa história. Por isso, optamos pelas guitarras de sete cordas. Queríamos contar uma historia através dos instrumentos e, como sempre, trouxemos muita melodia. Porém, como tínhamos timbres mais pesados para trabalhar, o foco foi em criar riffs brutais”, detalhou o guitarrista.
Ouça o single “Black Embrace” em
“Black Embrace” faz parte do repertório do sucessor do debut “Defiant” (2018), que será lançado no segundo semestre de 2019. “Trouxemos referências nunca usadas na banda, até por usarmos guitarras de sete cordas pela primeira vez. Tem um pouco de tudo o que fizemos, mas levando a um novo patamar e explorando novas facetas que estão no segundo álbum”, adiantou o guitarrista Ivan Landgraf.
Além disso, o quinteto fez barulho com a grande repercussão da versão de “Nothing to Say”, faixa de abertura do clássico “Holy Land”, lançado em 1996 pelo Angra. Além do cover trazer a personalidade do death metal melódico da banda paulistana, contou com a participação das vocalistas May Puertas (Torture Squad) e Fernanda Lira (Nervosa) e do guitarrista Guilherme Mateus (Bruno Sutter). “A ideia desse projeto surgiu quando decidimos lançar um single antecipando o álbum novo, e queríamos que viesse acompanhado de alguma versão. Quando Calegari sugeriu esta música, não tivemos dúvida. Era um grande desafio que estávamos dispostos a encarar, e ficamos extremamente felizes com o resultado”, concluiu Landgraf.
Veja o vídeo da versão para “Nothing to Say” (Angra), produzido por Caike Scheffer e que traz cenas das gravações ocorridas no estúdio Dual Noise (SP) ao lado do produtor Rogério Wecko, em
Mesmo concentrado e trabalhando no segundo álbum, o quinteto segue nos palcos. Em junho, obteve destaque na abertura para Cavalera e Korzus, na Áudio (SP), e também se apresentou na festa de lançamento do disco do Kryour na Jai Club (SP). Agora, além do novo disco, se prepara para o festival MegaRock, que será realizado em julho em Foz do Iguaçu (PR). “A vida de uma banda tem que ser movimentada mesmo. Quanto mais compromissos, melhor! Estamos focados e queremos mostrar o nosso valor ao público”, concluiu Calegari.
Ouça “Black Embrace” no Spotify em https://is.gd/mJx1xW
Ouça “Penitence” no Spotify em https://is.gd/fAtWYZ
Ouça o álbum Defiant no Spotify em https://is.gd/TObIe4
VENOMOUS – São Paulo (SP):
Tigas Pereira (vocal)
Gui Calegari (guitarra)
Ivan Landgraf (guitarra)
Renato Castro (baixo)
Lucas Prado (bateria)
DISCOGRAFIA:
Defiant (CD, 2018)
Penitence (Single, 2018)
Black Embrace (Single, 2019)
Site relacionado: https://www.facebook.com/venomousoficial/
Categoria/Category: Bandas Nacionais
Tags: Venomous
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