Baranga, a banda brasileira de Rock’n’Roll que completou 10 anos acaba de lançar o quinto CD, ” O Quinto dos Infernos”, tivemos a oportunidade de conversar com o baixista Soneca e o guitarrista Deca sobre a origem da banda, o novo CD, o show que acabaram de de fazer em Roraima na comemoração do dia de Rock além do futuro da banda após o Quinto dos Infernos.
A ILHA DO METAL – Como foi o começo da banda e quais suas influências? Eu imagino o motivo, porém gostaria de saber se estou certo, mas para quem não entenda o por que do nome Baranga?
DECA: Pra mim, o começo foi buscar as pessoas certas pra eu matar duas necessidades, a de voltar pros palcos e estrada e a de tocar numa banda 100% Rock ‘N’ Roll, pras minhas influências de Status Quo e AC/DC rolarem sem limites.
SONECA: Minhas influências são muitas, mas na banda o som tem mais cara de AC/DC, Motorhead e muito Blues! No começo, chegamos a tocar uns com os outros em bandas diferentes, e em algumas jams em estúdio, até o dia do primeiro ensaio em que estávamos nós quatro, rolou um som bacana e estamos aqui até hoje. O nome foi de bobeira, por causa da música “Baranga”, que foi umas das primeiras, a galera do estúdio de ensaio só nos chamava de Baranga e pra marcar ensaio começamos usar este nome, ninguém veio com um melhor então acabou ficando!
A ILHA DO METAL – O Baranga completa 10 anos em 2013 e se iniciaram numa época que cantar em português era quase como nadar contra a maré, o que inspirou vocês a escreverem letras em português?
SONECA: Imagina a cena, o Xande e eu escrevendo letra com um Dicionário Michaelis Inglês-Português na mão! Isso é Rock ‘N’ Roll? Acho que não! rsrs E no final das contas, cantar em inglês é uma decisão mais comercial do que estética.
A ILHA DO METAL – Como foi a repercussão do Show em Roraima?
DECA: Muito boa! Afinal, figurar junto do Sepultura gerou curiosidade e deu mais importância pra este show.
SONECA: Sempre brinco, quanto mais longe o show, melhor é. Afinal, neste país enorme o mais difícil e levar teu som pra lugares distantes. Então pode ter certeza que foi um dos shows mais legais que já fizemos.
A ILHA DO METAL – Como foi as gravações do Quinto dos Infernos e o que diferencia esse álbum dos anteriores? O que o produtor Heros Trench influenciou no novo trabalho?
DECA: Colaborei com músicas mais pesadas e com alguns riffs diferentes do que havia composto pra Baranga. Fiz questão de deixar para compor no estúdio todos os solos, para ficarem mais espontâneos e diferentes, e pro Heros poder influenciar e realmente produzir. É o melhor álbum que gravei.
SONECA: Toda vez que vamos gravar conversamos muito com o Heros, pra decidir que rumo tomar durante a gravação. Escolhemos com calma todos os Amplificadores, Caixas, Pedais, e Microfones antes de gravar. Foi um processo bem legal de participar. Tenho convicção que foi o melhor resultado de gravação que já obtivemos e o mais próximo que chegamos dos timbres da banda ao vivo.
A ILHA DO METAL – Voltando ao novo Cd Quinto dos Infernos, grandes faixas em um álbum que certamente vai marcar o ano e não como não perguntar quais as inspirações para México é Demais, e Diabo teu nome é mulher? Vocês podem falar disso?
DECA: Obrigado por achar que é um álbum com músicas legais! Minha influência pra música “México é Demais” acabou sendo Status Quo, com uma levada rápida e bem marcada. A letra é do Xande e vai na onda dos trocadilhos…
XANDE: Bom, pelo que eu saiba México é demais mesmo! É demais! É demais! rsrs Tem mulheres, podemos beber na rua, tem tequila, sacanagem o tempo todo, carnaval! rsrs Aliás, o México, na verdade, é o Brazil com “Z”! Entendeu? rsrs “Diabo Teu Nome É Mulher” foi o Soneca quem fez o riff bem blues, bem ZZ Top e a letra fala das viagens pelo Brasilzão que chegamos a levar de 12 a 15 horas de van ouvindo Rock ‘N’ Roll, Blues, Country, Heavy Metal, Bluegrass, Dixieland, mais Rock ‘N’ Roll rock, Hard Rock e mais Rock ‘N’ Roll pra chegar à sua cidade e fazer o show mais alucinante que vocês poderão ver em suas vidas! rsrs
SONECA: O riff de “Diabo Teu Nome É Mulher” eu tinha desde o disco anterior, mas só gravamos agora. É um Blues, que como disse o Xande, acabou ficando com cara de ZZ Top. A parte final bolei num dos últimos ensaios antes de partir pro estúdio. Os contra-solos do Xande foram feitos na ultima sessão de gravação do disco, quando já estávamos mixando todas as músicas.
A ILHA DO METAL – Existe algum plano para o Baranga gravar um álbum ao vivo ou um DVD já que é comum todos elogiarem as apresentações do Baranga?
SONECA: O DVD quase saiu antes deste disco. Acabou não virando porque o custo de produção é muito maior do que produzir um disco. E como já ocorreu em outras oportunidades, acabamos compondo mais 11 músicas e o disco novo atropelou o DVD, passou na frente como prioridade. Sinal que estamos trabalhando coisas novas ao invés de parar tudo pra “regravar” o que já fizemos. Mas o DVD é algo que ainda falta fazer, pra deixar registrada a intensidade do show da Baranga.
DECA: Já tivemos planos mais claros sobre isso, mas a vida muda e as prioridades mudaram. De qualquer forma, tem bastantes shows no YouTube que mostram a intensidade dos músicos ao vivo.
A ILHA DO METAL – O Baranga possui uma grande bagagem e quem conhece gosta muito da banda tendo ela como referência, porém não vejo o Baranga trabalhando muito nas mídias Digitais, o que o Baranga pensa sobre elas?
DECA: Sempre houve muita divulgação online e registros de shows no YouTube, como falei. A novidade é a estreia da distribuição digital das músicas. Estou gostando da experiência e resultado de vender músicas pela internet.
SONECA: Temos trabalhado com o que está ao nosso alcance, porque não adianta ser um sucesso virtual e não cair na estrada, ou deixar de fazer músicas novas pra continuar lançando discos. Então, vamos melhorando essa “comunicação” via internet aos poucos.
A ILHA DO METAL – O que mudariam na Cena Brasileira hoje?
DECA: Mudaria desse excesso de bandas covers para uma grande quantidade de bandas que componham, gravem e apresentem suas próprias músicas. Daí, o gosto do público mudaria para ir a shows e comprar álbuns, músicas e merchandising dessas bandas e, consequentemente, os produtores de shows e donos das casas de shows estariam abertos a promover eventos com essas bandas para um público mais interessado em conhecer novidades e variedades.
SONECA: Mudaria a preguiça, e a falta de curiosidade, que muitos têm quando vão conhecer um som novo, uma banda nova, ou um show de uma banda que você ainda não viu ao vivo.
A ILHA DO METAL – E a pergunta filosófica, o que podemos esperar do Baranga?
SONECA: Rock `N` Roll intenso e direto, no estúdio, na estrada ou no quintal da sua casa. rsrs
A ILHA DO METAL – Sinta-se livre para enviar uma mensagem a seus fãs.
DECA: Acessem o Facebook da banda, ouçam o álbum novo completo, baixem grátis a música “Chute na Cara” e comprem as outras que vocês acharem legais por meros R$0,79 cada.
SONECA: Obrigado pelo apoio, e apareçam nos shows pra brindar ao Rock `N` Roll com a Baranga!
https://www.facebook.com/barangarock
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