Biblioteca da Ilha: Tolkien
Hoje, para nossa biblioteca, escrevo sobre J. R. R. Tolkien.
Porque falar dele? Primeiro por que eu quero, segundo por que várias bandas de Rock e de Metal se influenciaram em suas obras para escrever as letras de suas musicas. Certamente, vocês vão se lembar do
Blind Guardian de cara (que talvez seja o melhor exemplo disso), porem muitas outras bandas alem deles usaram este fantástico autor como inspiração. Morgana Lefay é um outro exemplo, embora não muito conhecido (olha só, uma idéia pra fazer outro post!), e podemos citar alguns clássicos incontestáveis que se basearam em Tolkien para algumas de suas musicas, como Black Sabbath (apesar de algumas controversias, Geezer Butler afirma que “The Wizard” é Gandalf), Led Zeppelin (Battle of Evermore, entre outras) e Rush (Rivendell é Valfenda em ingles).
John Ronald Reuel Tolkien nasceu em 3 de Janeiro de 1892, Bloemfontein na Africa do Sul. Com três anos de idade, foi para a Inglaterra com a mãe para visitar parentes, porém seu pai faleceu na Africa do Sul antes que Tolkien pudesse ir novamente à sua terra natal. Assim, ele e sua familia passaram a viver na região rural de Birminghan. Desde jovem ele gostava de passear e explorar as colinas e bosques da região que morava. Sempre foi incentivado no habito da leitura por sua mãe, Mabel e logo mudou-se para a cidade de Birminghan para estudar. Sua mãe morreu em 1904, quando ele ainda era um garoto, e em 1908, entrou na Universidade de Oxford, se gradando como filólogo em 1915.
Casou-se com Edith Bratt em 1916, e logo foi convocado para lutar na Primeira Guerra Mundial, sendo dispensado em 1918 depois de contrair tifo. Teve tres filhos (John, Hilary e Cristopher) e uma filha (Priscilla). Alem de escrever suas obras mais conhecidas, ele trabalhou na equipe que formou o New English Dictionary, e foi um grande estudioso de Linguistica.
O mais impressionante nas obras de Tolkien, foi a criação de todo um universo de complexidade extrema. Da mitologia até as linguas faladas pelos habitantes desse mundo, Tolkien pensava em tudo. Sua obra tem claras influencias da mitologia nordica, grega, e até cristã. É sabido que ele era um Católico praticante, e tambem que odiava a técnologia (isso provavelmente por causa das duas Grandes Guerras com as quais conviveu). A obra de Tolkien não é uma alegoria à qualquer realidade, por mais que as vezes podemos ser inclinados a pensar isso. Citando o prefácio de “O Senhor dos Anéis”:
“Outros arranjos poderiam ser criados de acordo com os gostos ou as visões daqueles que gostam de alegorias ou referencias tópicas. Mas eu cordialmente desgosto de alegorias em suas manifestações, e sempre foi assim desde que me tornei adulto e perspicaz o suficiente para detectar sua presença. Gosto mais de histórias, verdadeiras ou inventadas, com sua aplicabilidade variada ao pensamento e à experiencia dos leitores. Acho que muitos confundem “aplicabilidade” com “alegoria”; mas a primeira reside na liberdade do leitor, e a segunda na dominação proposital do autor.”
Tolkien morreu em 1973. Agora discorreremos acerca de algumas das duas obras mais conhecidas do autor (talvez eu crie outros posts para falar especificamente de outras obras):
O Hobbit: Lançado em 1937, conta a história de Bilbo Bolseiro, um jovem hobbit que acaba participando de uma inesperada aventura acompanhando um grupo de anões à uma caçada a um dragão, graças ao mago Gandalf. Durante essa viagem, o hobbit encontra um anel, que mantém em segredo. É uma narrativa situada antes do periodo de “O Senhor dos Anéis”. É um livro bem leve, e a história é contada de uma forma bastante simples, pode ser considerado um livro infantil.
O Senhor dos Aneis: Lançado entre 1954 e 1955, conta a história de Frodo Bolseiro, sobrinho e herdeiro de Bilbo, e de seus companheiros na viagem do Condado até as Fendas da Perdição, para destruir o Anel encontrado por Bilbo, pois foi descoberto que aquele era o Anel de Sauron, o Senhor do Escuro, e a unica forma de vence-lo seria destruindo este artefato. Tambem é contada a história da traição de Saruman, o lider dos magos e sua guerra contra Rohan; a guerra de Mordor (a terra de Sauron) contra o reino de Gondor; e o retorno da linhagem dos reis que à muito tempo havia se estinguido naquele reino, que marca o fim da Terceira Era. Originalmente o autor tinha planos de lançar esta obra em um unico livro, mas por adversidades da época, acabou sendo dividida em tres volumes: A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei.
A trilogia de O Senhor dos Anéis (que foi considerado por quase 50 anos como infilmável) teve sua adptação para o cinema lançada durante 2001 e 2003. Dirigidos por Peter Jackson, os 3 filmes junto faturam 17 Óscares dos 30 que foram indicados e são (na minha opinião) os filmes da década.