* Agradecimentos a Fernando R. Junior, da Rock On Stage, pelas fotos.
Fotos da “The Reunion Tour” de 2013, na Esplanada do Mineirão.
Resenha: Pâmela Verissimo
Gravem bem essa data: 04/12/2016.
Essa data entrou para a história dos headbangers paulistas e principalmente para os fãs de Black Sabbath.
O motivo dessas palavras? Logo vocês saberão!
Quando o Black Sabbath anunciou que faria a última turnê e depois entraria em aposentadoria, muitos fãs começaram a especular datas e cidades em que a tour passaria pelo Brasil, isso se passasse. Quando foram anunciadas as informações completas da turnê, muitos fãs comemoraram, outros torceram os narizes por causa de valores ou dos lugares, mas ficar de fora desse grande encerramento, ninguém queria.
Ingressos comprados, que começaram a ser vendidos com meses de antecedência, mais precisamente em abril. Era hora dos fãs aguardarem ansiosos e esperançosos pelo grande dia. Para os fãs de São Paulo, esse grande dia foi no último domingo, 04 de dezembro.
Desde cedo, os fãs já se encontravam no Estádio do Morumbi, muitos para ver as bandas de abertura, Doctor Pheabes e Rival Sons, que foram escolhas perfeitas, e outros para conseguir um bom lugar na pista.
Infelizmente não fui tão inteligente e cheguei faltando 30 minutos para o show do Black Sabbath e aqui vai uma critica a organização. Perdi mais de 1 hora tentando chegar ao Estádio do Morumbi. A região é bem sinalizada e normalmente bem organizada, mas no dia do show parecia que não havia nada disso. Foi muito complicado na chegada e na saída do show, principalmente na saída. Tudo muito confuso e fez muitos fãs – assim como eu – perderem os primeiros minutos do show.
Bom, passado muito tempo nas longas e inacabáveis filas que se sucederam para entrar no estádio, eis que consigo chegar à pista e me organizar. Quando entrei, a introdução de “Black Sabbath” dava o pontapé ao que seria o “fim” mais que perfeito para os headbangers presentes.
Não é preciso comentar que o público estava ensandecido! Era algo contagiante e de outro mundo!
E para todos os lados que olhava só conseguia constatar que o heavy metal une gerações. Era possível ver famílias, senhores e senhoras que mesmo com a idade avançada queriam assistir pela última vez a banda que fez parte de suas vidas; crianças que estavam assistindo ao Black Sabbath pela 1° vez ou que estavam indo a um show pela primeira vez. Algo lindo e emocionante.
E o que falar dos senhores Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezy Butler?
Ver o Ozzy ao vivo é sempre maravilhoso! Seja com a sua banda solo ou com o Sabbath e esse foi um show memorável! Ele pode não correr e pular feito um louco como antigamente, mais se levarmos em conta a idade do Madman, 68 anos, ele ainda é um grande frontman e sua presença de palco e voz são ainda incríveis.
Tony Iommi, pai do heavy metal! Não tenho palavras para descrever a sensação vê-lo ao vivo. Mesmo com os problemas de saúde enfrentados há pouco tempo, ali no palco parecia que nada o abatia. E os riffs? De arrepiar a alma! Se disser que ele não é o pai do heavy metal, sinceramente eu não sei quem é.
Os timbres que emanavam do baixo de Geezy Butler é algo bom de lembrar! Mesmo não se manifestando muito, ele deixava tudo transparecer através de seus dedos sob as cordas.
O setlist também foi um show a parte. Focado praticamente nos 03 primeiros álbuns da banda, conseguiu agitar os fãs durante mais ou menos 1h40 de show.
Canções como “Fairies Wear Boots”, “After Forever”, “Into the Void”, “Snowblind”, “War Pigs”, “Behind the Wall of Sleep”, “N.I.B.”, “Rat Salad”, “Iron Man”, “Dirty Woman”, “Children of the Grave” e “Paranoid” conseguiram fazer o público cantar sem parar.
Durante “Snowblind” levantou-se um dos corais mais altos e animados da noite, chegando a ser impossível ouvir a voz do Madman.
Detalhe também para as músicas “N.I.B.” na qual Geezy Butler nos presenteou com um belo solo de baixo e “Children of the Grave” que foi a vez de Tony Iommi nos presentear com um belo solo de guitarra.
Durante “Rat Salad”, Tommy Clufetos, que atualmente assume as baquetas do Sabbath, fez simplesmente um dos solos de bateria mais insanos!
Conseguiu animar o público, tocou magistralmente e em seguida nos entregou um dos momentos mais lindos da noite, quando começou a introdução de “Iron Man”. O público cantava a plenos pulmões em baixo de uma chuva forte e que tinha cara de que não queria passar.
Depois da destruidora “Children of the Grave”, chegava a hora de dizer adeus ao Sabbath, mas antes, Ozzy disse para a plateia: “One more song!”, que foi repetido por todas as 68 mil pessoas presentes. Depois disso a fantástica “Paranoid” com seu riff inconfundível reverberou pelas caixas do Morumbi encerrando magnificamente o show que vai ficar eternamente na memoria dos muitos presentes.
Para quem não sabe, esse show deu o pontapé nos últimos 10 shows que o Black Sabbath ainda tem programados, sendo o último marcado para o dia 04 de fevereiro em Birmingham, cidade natal da banda. Então quem ainda não viu, fica aqui a dica: procure o show mais próximo da banda e vá! Você não vai se arrepender!
Obrigada Black Sabbath e vida longa aos pais do heavy metal!
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Tags: Black Sabbath • Geezy Butler • Ozzy Osbourne • The End Tour • The End World Tour • Tommy Clufetos • Tony Iommi
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