British Lion @ Circo Voador – Rio de Janeiro/RJ – (09/11/2018)
Postado em 10/11/2018


“Steve Harris e banda faz a felicidade do pouco público presente com um grande show”

De fato me surpreendi pelo pouco público, e ainda que a expectativa fosse maior em torno do fato de que no evento teria um integrante de uma banda consagrada ali, o Iron Maiden, o que se viu foi um número de pessoas bem abaixo do esperado.

Mas, o que eu digo é que quem esteve ali, e que se agigantou diante da presença de Steve Harris e banda, não se arrependeu e curtiu muito o show. O mesmo vale para banda, que entrou e saiu do palco com um sorriso enorme pela recepção.

O que pode ter causado um evento desse porte com pouco público? Talvez um grande evento no domingo envolvendo outras grandes bandas, o preço que não estava tão barato assim, e ainda uma chuva volumosa que estava sob os céus do Rio de janeiro desde o dia anterior. Ontem até deu uma aliviada, mas sabemos bem como é o carioca em dia de chuva. Não sai de casa para nada.

O British Lion entrou no palco pontualmente às 22 horas. Nada mais britânico. E com a presença de “já sabemos quem”, a banda entrou com o jogo ganho. A banda tocou praticamente seu disco inteiro, só faltando duas canções. Ainda teve espaço para “Spitfire”, excelente single lançado recentemente pela banda. Algumas canções já caíram no gosto dos fãs, caso de “This is my God”, que abriu o show, “Judas” e “Us Against the Word”.

A primeira vez que eu ouvi o projeto de Steve Harris, as músicas não caíram no meu gosto musical, mas aos poucos fui ouvindo e entendendo a proposta de uma banda que e não está ali para fazer Heavy Metal, e compreendendo que não fazia sentindo algum para um músico que está há décadas tocando o estilo em uma banda consagrada, fazer um projeto que fizesse a mesma coisa. O British Lion tem outra pegada, mais Rock, mais Hard, é o lado “UFO”, “Thin Lizzy”, “Wishbone Ash”, aquelas bandas que Steve adora e foi referência para o Iron no começo da carreira. Steve Harris é uma lenda viva, um músico extraordinário e que além de comandar uma das maiores bandas de Heavy Metal do mundo, tem um baita carisma em cima do palco, mesmo com sua aparente timidez. Não tinha como assistir a banda, excelente por sinal, e não se encantar com a presença do baixista e e se emocionar por conseguir estar mais próximo de um músico que poucas vezes consegue essa façanha por tocar em uma banda que toca para 20, 30, 50 mil pessoas em um estádio. Mas não, Steve Harris estava ali na frente de poucas pessoas e tocando em um palco menor, mas como se estivesse tocando para um grande público. Que exemplo! O cara está com 62 anos e tocando com um garoto, pulando, bangeuando, etc.

Curti demais o show, aliás, acredito que todos que estavam ali, que atendiam a banda no palco, cantavam suas músicas, pulavam, regidos pelo contrabaixo do “patrão”. Outra coisa que eu acabei achando legal foi que não tocaram nenhuma música do Iron Maiden, e o melhor de tudo, ninguém encheu o saco pedindo. Uma noite sensacional, para poucos infelizmente, mas que fizeram com que o evento se tornasse gigante.

This Is My God
Lost Worlds
Karma Killer
Father Lucifer
The Chosen Ones
The Burning
These Are the Hands
Guineas and Crowns
Last Chance
Us Against the World
A World Without Heaven
Do Ya Do Ya Want Me
Judas

Encore:
Let It Roll
Eyes of the Young

 

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