Quem é rei nunca perde a majestade!!!!
Nessa época de Nostálgia que vivemos, onde o Rock da atualidade não consegue o mesmo impacto que as bandas dos anos 80, a banda mais visceral dos anos 80 desde sua volta anos atrás vem fazendo Shows antológicos e provando que com toda a bagagem ainda um show do Camisa é algo inacreditável.
Lançando o DVD ” Dançando em Porto Alegre”, gravado no espetácular Araujo Viana, a banda voltava ao fantástico Teatro Bradesco, e lá estavam
Marcelo Nova e Robério Santana, os fundadores do Camisa de Venus, estão lá firme e fortes como sempre e ,Drake Nova e Leandro Dalle na segunda Guitarra e Célio Glouster na Bateria.
A primeira da noite, “Bota pra Fudê” já começa a milhão com a participação direta do público, e como o público aquece fácil com eles, a seguinte “Dançando na Lua”, do último trabalho de estúdio e que da o nome ao DVD que a banda comemorava o lançamento.
Era muito legal ver, claramente o bom público que compareceu na sexta ao Shopping Bourbon tinha uma idade média bem maior que o usual em shows, mas a aula de Rock’m’ Roll ali começava com um hit de mais de 30 anos que ainda cabe muito bem devido a esssa porra de crise que não vai embora com “Deus me de grana”…
Marcelo agradeceu estar em um lugar mágico também como o Teatro Bradesco e aquele era uma momento de celebração, que não era música para estar batendo bunda ou brindando com chapéu e sim curtir o verdadeiro Rock… pois o Rock tem muita classe ( Ah como concordamos com isso)
O primeiro hit da banda “Bete Morreu” veio depois com aquela punk rock bem feito que levou a banda ao Sucesso, e sentia ali que a banda tocava um pouco mais lenta, principalmente com um jeito diferente de Marcelo cantando e achei estranho, mas sempre sou longe de querer em um show que se toque igual ao disco e aquilo era o Rock’n’Roll que aprendi a gostar…
A seguinte Marcelo Nova apresenta como uma canção com mais de 30 anos do álbum Batalhões de Estranhos, com “Rostos e Aeroportos” e nessas faixas que acho o grande diferencial do Camisa, os lado B, que não foram hit nas rádios são muito bem conhecidas e todos cantam sempre…
Duas mais desconhecidas e nem por isso menos brilhantes com “Vento Insensato” e “Crime Perfeito” e ai meio que junta quase um medley com “Cidade Fantasma”, “Gothan City” e Não sou passageiro, sem breaks e com uma especie de música instrumental no meio onde Drake e Dalle praticamente foram um Judas Priest com aquele peso caracteristico dos britânicos fizeram uns Riffs mortais, e Robério e Célio dando aquele peso adicional, aquele espirito rock’n’Roll bem pesado, mesmo, sendo essa musicalmente a melhor parte do show.
Os discursos de Marcelo nova, são um show a parte ele menciona que quase não teve um show, por terem feito um show em Salvador, e praticamente tinha perdido a voz, e agradeceu ao seu médico, que estava presente, por sinal na nossa frente no meio do público.
A melhor música lado B de todos os tempos, aquela atemporal e que te levantam de qualquer estado emocional ruim, “A Ferro e Foggo”, pesada e emblemática, perfeita como sempre…
Indo para os clássicos que todos queriam ver, “Só o fim” cantado por todos, “Eu vi o Futuro”, também perfeita daquela que sempre ouve, e pensa como uma banda como o Camisa de Venus pode ser tão perfeita..
Hora da grande surpresa da noite, e Marcelo conta sobre o quanto sua vontade de ser cantor e o Camisa de Venus existe por Raulzito e os Panteras então para surpresa de todos ele convida o guitarrista dos Panteras
Eládio Gilbraz .
Ao entrar no palco Marcelo lembra a primeira vez que tocou com os Panteras e de “quanto chorou como um bobão”, e ali a faixa Rock’n’Roll de Raul Seixas e cantada por Eládio.
Ja emendam com outro grande hit de Raul Seixas com “A Igreja invisivel” e só pensava como é bom o Rock’n’Roll para alguns, Eládio que deve estar na casa dos 70 e poucos anos ainda tocando e muito e mencionou que só estava ali, pois alguém da produção o viu fotografando o show do Camisa em Salvador, o reconheceram e o levaram ao camarim e ali estava ele… e disse saiba de uma coisa, para o Camisa um idolo virou fã e sou muito fã do Marcelo e do Camisa de Venus.,.. simplesmente absurdo.
Marcelo diz, que qualquer disco de ouro não valia o que tinha acabado de ouvir, ele completou “claro que disco de ourro vale, mas esse tipo de reconhecimento ou o retorno que tenho de vocês e fazer esse show mais que especial vale muito mais”… e sempre afirmamos, A humildade dos grandes é algo claro nas pequenas atitudes.
Os hits, iam na sequencia, “hoje”, cantada por todos era muito bom de ver com quase uma hora e meia de show, todos cantando alto, e quando gritavam ‘Bota pra Fuder”, Marcelo brinca que os Stones mesmo viajando pelo mundo inteiro tem inveja do camisa, por não ter um grito como ele, os Stones não, todo mundo, pois só a gente que tem….
Outra lado B, que não fez sucesso pela quantidade de palavrão na versão do Viva de 1986, “My way”, onde Marcelo simplesmente desceu do palco e caminhou entre seu público no Teatro Bradesco sendo claro ovacionado por todos…
“Silvia” do mesmo disco veio depois, e ele disse e explica a letra a todos, e quem não gosta não é.. e falou que tinha desistido de cantar essa música, mas o politicamente correto e os mimizentos fizeram com que ela voltasse ao setlist. Bom para os fãs e valeu mimizentos do caralho!!!
“Simca , Chambord” não ficou de fora, aquele rock”n’roll anos 60 que o Camisa fez muito bem e aqui veio o momento vergonha alheia de um mongolão… Sabe aquele tiozão do pavê ( pavê ou pa comê), então um tiozão com seu cabelho branco não sabe curtir e se divertir na plateia, tem que dar vexame pra mil pessoas e do nada o bobalhão chama algumas pessoas e ele tenta subir no palco, e da uns três passos no mesmo, o vocalista do Camisa, experiente de palco se posionou do outro lado e só ficou admirando a produção/seguranças retirarem o mesmo do palco… e ai entendemos o que Marcelo nos disse na entrevista…“HOMENS DE 60 TENTANDO SER JOVENS É CONTRANGEDOR PARA NÃO DIZER RIDÍCULO” e ali foi um exemplo claro e visual… mas sigamos com o jogo…
Um pseudo bis ouve e a banda termina um dos melhores shows do ano com “O Adventista” e o clássico maior “Eu não matei Joana D’arc” e simplesmente perfeito, uma banda que deveria ter muito mais sucesso comercial do que todos que tiveram, uma banda que nunca baixou a cabeça para moda nenhuma que representa o Rock no Brasil como poucos e que espero realmente que a nova geração que está ouvindo rock agora, os conheça sem que os tio do pavê os leve nos shows..
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