Cenário Heavy Metal: quem é quem na fila do pão?
Postado em 30/01/2017


Cenário Metal isso, Cenário Metal aquilo…mas quem é quem na fila do pão?

Nos últimos anos, ou melhor, sempre se falou da cena rock. E mesmo quando o cenário musical foi tomado pelas grandes gravadoras injetando muito dinheiro, o underground estava longe do ideal.Hoje, como qualquer “pau no cú de rede social“ pode escrever o que quiser, inclusive nós,  impor regras, posição política e o caralho, resolvi analisar e expor todos os lados que fazem parte da cena rockeira do Brasil.

Um dos grandes motivos de estar escrevendo isso, foi que no passado o site “A Ilha do Metal”, dedicado às vertentes do Heavy Metal Mundial, teve contato com várias produtoras de todos os estilos: do sertanejo ao MPB. Participamos até de coletiva de dupla sertaneja que gravaria um DVD na cidade de São Paulo, além dos shows do Roberto Carlos e Fabio Jr., entre outros tantos de MPB para conhecer o ambiente e comparar com o nosso, e até aprender um pouco, mesmo o nosso nome sendo relacionado à apenas um estilo específico, fomos muito bem atendidos.

Antes de entrar propriamente na análise, a primeira coisa a se destacar foi o respeito que TODOS tiveram com nossos colaboradores. Muitos nos conheciam e estavam felizes de verem um veículo de outro estilo, entrevistando e interagindo naquele lançamento ou show em divulgação.

Outro ponto: vale destacar que não comentamos preconceituosamente sobre outros estilos, pois, se simplesmente não gostamos, não ouvimos. Atualmente, com as redes sociais, a verdade é que ninguém esta aberto ao debate ou opinião contrária, e se você fala mal de um estilo, e não aceita o contra ponto você é um covarde, que não falaria abertamente e prefere os likes daqueles que são iguais a você ou te seguem, sendo fácil destruir o trabalho dos outros do que construir seu próprio com qualidade (uma capacidade que um setor dos fãs do Metal nacional anda se especializando, especialmente os wannabes anos 80).

As fotos que ilustram o post, foi um evento coberto pelo site “A Ilha do Metal”. Inclusive, colocamos as fotos do show do Fábio Jr. em destaque para mostrar que somos um site que respeita e representa o Metal com um trabalho honesto, entretanto, sempre mantendo as portas abertas à qualquer estilo. Somos aprovados pelas produtoras e assessores das casas de show e sempre bem recebidos por todos.

Em algum momento, não sei onde e quando, o metal se tornou conservador e  acomodado. Claro, toda a regra tem exceções, porém o comportamento da maioria possui padrões observáveis. Na história do metal, as grandes bandas são as que incomodaram ou inovaram de alguma forma a sociedade.

Black Sabbath incluiu temas como ocultismo em suas letras, Alice Cooper encenava assassinatos no palco, o Iron Maiden liderou todo um movimento no Reino Unido e o Metallica na Bay Area. Sem contar as bandas punk, como Sex Pistols, por exemplo. Essas bandas incomodavam o que era tradicional e o que era “comum” na sociedade.

Depois surgiram temas como satanismo, corpse paint, homens maquiados de mulher, e tudo isso, apesar de motivado por diferentes razões, todos incomodavam ou quebravam regras, ou paradigmas, isso é o conceito de que o que é ser Rock’n’Roll.

Essa análise leva o fato que a música tem que mexer com você que gosta de um som, de tudo envolvido e isso também é profissão de muitos e que pagam as contas da família com esse trabalho, e nada melhor que Fabio Jr. e todos seus casamentos para expressar contas a pagar…

Vamos fazer uma análise de tudo o que faz parte da cena.

Fãs.

A que deve ser a razão de qualquer existência de uma banda, pois sem fã ninguém é nada….

“Fã brasileiro é paga pau de gringo”, “paga 300 conto para ver show gringo e não paga 20 na banda do amigo”.

Quantas vezes já ouvimos isso? A verdade é que se uma banda não consegue levar 100 pessoas a um local, sinal que a banda não tem fãs e é ruim e ponto final, e os fãs gastam o dinheiro onde bem quiser.

Existe a crise financeira que assola o país, porém essa história vem muito antes….

Os fãs, os 40 mil que vão em um show do Metallica, Iron, Sabbath, tem ali bandas ícones, que escutam há décadas e cantam praticamente todas as músicas e sim o fã consome o que quer, se acha aquilo bom ou ruim, ele tem que querer o produto por ser bom e não ser uma “esmola”. Não adianta a banda do amigo custar 20 reais, mas ser um lixo. É preciso investir em qualidade, muito trabalho e ter uma relação direta com a mídia ajuda e muito.

Há também o lado dos fãs que não querem saber de novidades. Parece existir uma “resistência” por parte do público em conhecer bandas novas, algo que tem sido um traço forte no Brasil. A polêmica do Heaven Shall Burn tocando no mesmo festival que King Diamond mostra não só este fato, mas também como o brasileiro está isolado do contexto mundial, e isso não vem de agora, já que rolou no primeiro Rock in Rio com Pepeu Gomes, onde solou o absurdo e foi ovacionado, e depois com Carlinhos Brown, que teve que sair do palco.  Não adianta chorar por um Wacken, achando que vai fazer gracinhas com essa mentalidade “mamãe-eu-sou-anos-80” que alguns adoram ostentar. Quando o fã não gosta de quem está no palco, vai procurar comida, bebida, Meet and Greet ou simplesmente senta no lugar e fica quieto.

Parece que a necessidade de reclamar, vaiar ou xingar um artista se torna essencial para os fãs. Muitos gastam mais tempo falando mal de outros artistas do que falando bem daqueles que gostam. Segue o exemplo de fãs que pagaram uma fortuna em ingresso pista do VIP de show do Nightwish em 2008 com a Annete simplesmente para xingar a vocalista. O que esses haters não percebem é que esse dinheiro iria parar no bolso da Anette no final das contas.

Fica a reflexão: Você pagaria 800 reais para ir num show do Justin Bieber apenas para xingá-lo? Se sim, é preciso rever alguns conceitos.

Por outro lado, as redes sociais vivem cheias de merda…

Aliás, os verdadeiros fãs dos anos 80 são aqueles que promovem a unidade entre passado e presente, entre o velho e o novo. Os diferentes disso são apenas chorões que ainda não compreenderam que a magia do Metal não morreu, apenas se transmutou para sobreviver e alcançar os mais jovens.

Existe uma guerra tão grande entre fãs de bandas antigas com os fãs de bandas novas, enquanto as mesmas não estão nem aí. Muito pelo contrário, músicos das bandas clássicas adoram conhecer bandas novas. Os integrantes do Metallica ouvem Linkin Park, Avenged Sevenfold e por aí vai. Lemmy, do Motorhead, deu uma entrevista alguns anos atrás falando que era fã de Evanescence. Se eles não se odeiam, pra quê essa briga toda? Se você torce para alguma agremiação, seja na NFL, na NBA ou no futebol sabia que tem gente que odeia seu time, e vc é contra as organizadas, então mané você está igual aqueles que você desaprova as atitudes!!!!

Gravadoras

Esse é o grande ponto: com o avanço dos downloads e da pirataria, as gravadoras não tem mais dinheiro para produzir as bandas. Um artista consegue de forma totalmente independente produzir um álbum e divulgar de forma online. As gravadoras sempre ajudaram na divulgação e distribuição de um álbum, porém o retorno está sendo pequeno para eles e menor ainda para a banda.

Dica: Assista “Artifact“! É um documentário produzido pelo Jared Leto que conta sobre a briga da banda dele, o 30 Seconds To Mars com sua gravadora. Mesmo que você odeie a banda, ele dá uma aula do que acontece atualmente com os problemas entre os artistas e gravadoras.

Voltando a falar sobre divulgação. O que o Metallica fez do seu último trabalho foi algo que beira a perfeição e aqui não estamos falando da qualidade do disco e sim da propagação, mas eles são uma das poucas bandas que recebem esse dinheiro, pois eles dão retorno, e um lançamento não termina na festa de lançamento, ali é o dia 1, tem muito que se trabalhar, e sem gravadoras essa função agora tem que ser administrada pela banda.

Esse é o grande ponto: o dinheiro que tinha de divulgação das gravadoras simplesmente não existe mais, deixando muito apenas pelas bandas, que não conseguem, seja por falta de tempo, dinheiro, ou bom profissional que o faça, fazer a devido trabalho que alcance ao nível que se tinha no passado, embora eles tenham muito dinheiro.

O que houve: os downloads ilegais enfraqueceram as gravadoras, então, os recursos financeiros caíram muito. Hoje, para se manter de pé, com a banda sendo capaz de fazer uma divulgação digna, é algo difícil. Veio a liberdade que muitos queriam, mas apenas os grandes nomes podem usufruir dela dignamente, e ter retorno com isso. Ainda se buscam alternativas por todos os lados, mas ainda não se encontrou uma fórmula, um Santo Graal que venha a solucionar este problema…

Bares / Casa de Show

Eles abrem o espaço, e contratam as bandas para que o público vá e consuma. Como qualquer negócio, eles visam ser um trabalho e pagar o salário de todos os envolvidos. Se a atração não é conhecida, tem público baixo e não é possível continuar daquela forma.

Se muitos não conseguem levar 100 pessoas e um Iron Maiden Cover lota, quem você contrataria? Nisso podemos voltar aos fãs que dão mais valor às bandas covers que as autorais. Por quê? Não fazemos ideia, ou melhor temos sim, e aqui uma explicação de um músico, ” É cada vez mais difícil inovar, é cada vez mais complicado soar como si mesmo e não como alguém que já existe, e, portanto, bandas que fazem algo novo de fato são cada vez mais raras (embora ainda existam!). Nesse caso, é compreensível, por completo, que o público acabe comparecendo mais em peso em shows covers. Lá ele vai ouvir músicas que já conhece, que os amigos já gostam. Normal.Ou o fã vai preferir ver um show de uma banda que ele não conhece, mas que soa parecido com as que ele já conhece e já gosta?

Sobre o preço dos gorós…. existem também as grandes casas de shows, lugares excelentes com cerveja gelada. Preços de todos os tipos. Sempre temos que consumir o que cabe no bolso. Muitos fãs saudosos reclamavam que o Black Jack fechou. O Mestre Paulinho Heavy, antigo dono do bar, abriu o Point – The Traditional Rock Bar e será que está lotando? Com pelo menos um décimo dos saudosos do Black Jack? ………..Também pensei o mesmo.

E não, não adianta curtir a página da banda, dizer que vai ao evento, mas na hora H, onde você está, caro fã? Provavelmente na net, falando mal dos produtores de eventos, porque você discorda de algo. Isso é a síndrome do leite com pera, do panaca inútil que acha que pode fazer algo reclamando.

Lojas

Onde normalmente se deveria comprar discos, CDs, material no Brasil.

Afinal, a Galeria do Rock em São Paulo é um lugar único e não existe algo parecido no mundo correto? Então, errado, tanto na galeria como em outros lugares espalhados pela cidade estão mudando o estilo para venda de confecções, não oficiais por sinal.

Essas lojas possuem normalmente um péssimo atendimento por preços exorbitantes, e quando reparam que você é fã te exploram ainda mais. Estou errado? Então a compra nas gravadoras, sites e lojas da net passam a ser mais interessantes não? Muitos lojistas reclamam dos downloads, das piratarias etc.. mas muitos deles nos anos 80/90/2000 vendiam cópias piratas de lançamentos nos antigos VHS, ou com gravações piratas e toscas, algo como as de celular e não pagavam nem um centavo para as bandas, nem um centavo como imposto, e hoje reclamam do youtube e dos stream.

É preciso ser honesto, equacionar o gasto e o lucro e forma mais justa. Para uma banda se manter ela precisa investir na gravação, produção, imprensa, shows e ainda receber para se manter apenas como músico. Comprar produtos oficiais é uma forma de ajudar uma banda a se manter. Ficar no facebook reclamando que a banda não lança álbum não adianta, é preciso compra CDs, DVDs, camisetas, o que fazer pra ajudar a banda que você ama a se manter. E ir nos shows, principalmente, principal fonte hoje em dia.

É preciso ser honesto, equacionar o gasto e o lucro e forma mais justa…E NÃO EXPLORAR QUE SIM COMPRAREMOS

Imprensa

Acharam que não falaríamos de nós mesmos? Essa análise começou do próprio umbigo. Sendo um dos sites que mais produzem material e não apenas um “control C / Control V” de matérias enviadas, sabemos bem a dificuldade do meio. Se por um lado pelo imediatismo que as noticias requerem agora, e a maioria das publicações imprensas façam milagres para continuar de pé, os custos de se manter uma revista, ou mesmo um site são bem grandes e a grande maioria dos que atuam, o fazem por amor de uma maneira colaborativa.

É muito difícil conseguir uma propaganda paga ao site, mesmo os maiores passam por essa dificuldade, e muitos acham que trabalhar em sites é conseguir um ingresso de graça para grandes shows. Isso passa longe da realidade do que se vive hoje em dia. Ir no Slayer em lugar bacana e postar no face todo mundo quer e achar alguém para ir naquele show underground em um bar bem longe? Isso ”non exziste“, ninguém aparece!  Esse site teve uma pessoa por dois anos cuidando de tudo.

Conheço um autor do Brasil que, em 3 oportunidades, esteve em São Paulo para cobrir eventos, sendo que ele mora no RJ. Todos eventos do underground, onde ele mesmo bancou passagens e estadia em hotel, sem falar nada do que fez. Ele apenas fez, e não fala sobre o trabalho alheio, mas sim das bandas. Ele prefere usar o próprio nome pelo crescimento do Metal, das bandas, enquanto ele permanece nas sombras, como outros que se permitem a nobreza como forma de pensar e ver o Metal, e assim também já fizemos indo para o Interior credenciados e após duas horas de viagem, a pessoa que te credenciou olha na sua cara com a maior cara de pau, que não credenciou e para não perder a viagem , pagamos o ingresso e assistimos ao show sem citar o nome do buteco, que não teve honra.

Existe isso também nessa cena sim, que muitos querem tudo de graça e esquecem que existe investimento em todos os lados inclusive na divulgação do evento. Seja dentro da imprensa musical como em qualquer outro lugar que se trabalhe, existe e sempre existirá aquele “veste a camisa” e não se deixa engolir pelas dificuldades, como também existe o “ser humaninho” que só aparece nas horas boas. Seja pra pedir ingresso ou credenciamento para algum show do próprio interesse. Afirmar que existem “santos” é pedir pra colocar mão no fogo. Por outro lado, o que existe é trabalho. SIM, MUITO TRABALHO ENVOLVIDO que demora meses, e até anos para ser reconhecido. Mas voltando ao ponto de se manter uma proposta honesta, seja ela qual for, sobrepõe a qualquer postura antiprofissional que vemos todos os dias.”

Produtores

Aqui seria muito parecido com os Bares/Casa de Shows, e é um negócio de alto risco: pagar cachê, reservar hotel, preparar som, luz, etc. E muito desse dinheiro é pago ainda sem o show ser divulgado. Quantos shows presenciamos de bandas gringas que o público não batia com a fama do artista, seja pela fase do músico do alto preço do ingresso?

Muitas vezes! O risco de tomar prejuízo é bem grande, e quanto mais prejuízo, mais produtores ficam de fora. É quando os aventureiros aparecem e o todos sabem da dificuldade de algumas bandas voltarem ao Brasil. Muito se vê de produtoras não profissionais que ridicularizam os fãs e acabam sofrendo com vários problemas durante uma tour. É fácil ver público não comprar ingresso porque uma banda, mesmo sendo de seu gosto, vir para o Brasil com certa produtora.

Dizem que King Diamond só retorna ao Brasil agora, depois de quase 20 anos, por absurdos acontecidos na última vez. É preciso apoiar produtoras e produtores sérios, não importando o que você acredite como certo ou errado. No fim, por sua omissão, você mesmo vai pagar um preço amargo, pois os verdadeiros produtores sairão e aventureiros chegarão. Existe alguns que são esnobes, que não estão preocupados com o futuro de todo o mercado, só com o evento dele. Se preocupam em divulgar de graça e não credenciar nenhum veículo. É claro que se credenciasse todos, seria um fracasso financeiro. Existem alguns que avaliam os sites, cobram feed back e isso é positivo a imprensa. Citamos aqui os melhores na nossa humilde opinião, Be Magic, CP Produções, Cronos, Dark Dimension, Free Pass, Liberation, Move Concerts, T4F, TC7, Corsário, Open The Road entre outros, como os Top do Brasil e que fazem os Shows nossos de cada dia.

Bandas

Chegamos no maior e mais interessado na melhoria da cena. Na verdade, desde sempre a banda tem que se sustentar por si só, tem que investir muito dinheiro, em estúdio, gravações, produção, tour e o principal, fazer um lançamento de qualidade, algo que impacte, e isso é muito mais difícil que no passado. O que acontece hoje é que simplesmente muitas bandas acham que lançando qualquer coisa estarão no Wacken na edição seguinte. Não buscam ir atrás do seu sonho e fazer acontecer. Nós, assim como outros sites, ouvimos todos os Cds que chegam e alguns beira o pavor. Preferimos não falar mal do trabalho de alguém, a não dizer nossa opinião sincera, e nos dias de hoje, pouca gente aceitaria uma crítica, mesmo que construtiva.

Quando tentamos fazer entrevistas com as mais variadas bandas, temos muito mais contato e respeito, com grandes nomes do Pop Rock, do que com grande parte das bandas de Heavy Metal. As mesmas podem não gostar do site, não gostar do entrevistador, não achar interessante ver o nome da banda vinculada a um veículo, preferindo outros conhecido, mas todos os sites, passam por isso. Independente do tamanho da banda, todos querem visibilidade, serem conhecido por seu trabalho, mas fazem isso muito mal, e alguns muito pessimamente assessorados, selecionando veículos de amigos de panelinhas. Isso existe em todos os meios de comunicação. Porém o respeito aos profissionais, que encontramos no estilo MPB, Sertanejo e Pop, é impressionante. Músicos populares que conheciam o site, que viam nosso Papo Heavy Metal e antes de subir ao palco e tocar MPB ouviam para aquecer, Meshuggah.
Então, por que muitos músicos de hoje, com uma habilidade e técnica primorosa, não consegue trabalhar e divulgar seu trabalho de uma maneira que todos gostem de você e de seu trabalho como músico? Muitos colocam a visão política e esquecem que o rock surgiu da contestação do sistema, de lutar contra o opressor, sendo ele de esquerda de direita, de cima ou de baixo. Foda-se, queremos falar de tudo, de sexo, como o funk faz e o Doors cantava, “Vamos dar duas?” (Love Me Two Times) e o Velhas Virgens faz tão bem. O vocabulário é outro, não quer na sua casa, eu também não quero na minha, não escuto e pronto. Eu quero é ouvir um CD foda, com músicas boas, como os últimos do Ancesttral e Atrachta, ser inovador como o novo do Sepultura, que vai gerar criticas, mas e daí? Precisamos de hits, de novas músicas que impactem como Master of Pupets, Fear of the Dark, Rainning Blood entre outras, precisamos de músicas boas, que chacoalham a alma, que queiram fazer entrar numa roda, que as bandas de hard façam baladas que sejam trilha sonoras de uma linda pistolada no sofá, isso é rock, é viver.

Vale ressaltar também que os músicos não participam de shows em outras bandas sejam como convidados, ou como público, raríssimos são os que estão presente em eventos de outros, salvo exceções e normalmente de músicos conhecidos, temos que valorizar o que temos, ver Andreas tocando Sepultura no final da Olimpíada foi do caralho, no passado os fãs vibraram, outros reclamaram quando o Ratos de Porão foi no programa Viva a Noite do Gugu. Mas ali eram o underground chegando no Mainstream que o Raimundos alavancou. Muitas bandas, e são até hoje reconhecidos pelo seu passado.

Precisamos uma iteração maior, entre todos, que cada vez mais tenhamos mais públicos nos shows, com maior conhecimento e que cada lançamento tenha uma qualidade inovadora, que os músicos quando no palco sejam músicos e não fãs imitando seus ídolos, com atitude e postura de um músico que esta ali representando seu trabalho e não apenas para comer uma Groupie.

É necessário que as bandas entendam como gerenciar seu próprio negócio, bem como angariar fundos para que elas não tomem prejuízos. O Metal é um estilo movido pela paixão, temos fãs que são colecionadores. O que os afasta dos eventos?

Alguns a família, outros a distância, mas muitos estão fartos do quão arrogante o Headbanger veio se tornando nos últimos anos. Ele respira arrogância e arrota empáfia, algo que realmente é foda de engolir. E não obstante, quantos músicos não cagam na cabeça dos próprios fãs? E isso vai das lendas, quanto de bandas menores.

É necessário acabar com a pulverização estilística que aconteceu, que os fãs vão aos shows que gostarem sem reclamar. A melhora não começa pela crítica, mas pela mão no arado, a disposição real de ajudar, não a disposição de ser “true de rede social”. Ser verdadeiro é ser consigo mesmo, não com colegas de turminha.

FOI MAL O TEXTÃO

Agradecimento a Camila Dias e Costábile Salzano Jr. pelo apoio em realizar a matéria, e aos amigos que escreveram juntos, Tamira Ferreira, Marcos Garcia (Metal Samsara), Diego Sousa (Porão da Música), Phil Lima (Over Metal), Thiago Mauro (TRM Press) e Kito Valim (Hellarise e Final Disaster)

 

 

 

 

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