O que foi o show do Dark Tranquility… Puta que o pariu….
A Clash Club acabava de abrir, o público ia entrando e mal sabia eu que esse seria o último (rumores dizem que a casa vai fechar) show que eu veria na casa. As letras DT no telão de LED no fundo do palco já deixavam no clima, mesmo muito antes do show começar.
As 19h30, pontualmente, as primeiras notas anunciavam a espetacular apresentação. A banda entrou no palco com a excelente Force of Hand do mais recente trabalho da banda, Atoma.
Por Kito Vallim
A banda, formada por Anders Jivarp (bateria), Martin Brändström (teclados), Anders Iwers (baixo) além da talentosa dupla de guitarras Christopher Amott (ex Arch Enemy) e Johan Reinholdz (Skyfire, Andromeda) que estão excursionando com a banda devido ausência de Niklas Sundin, mostrou logo de cara porque é uma das mais originais bandas do death metal melódico e incendiou a Clash Club em seguida com o clássico Lesser Faith do álbum Fiction.
Destaque para o telão e as animações que mudavam e acompanhavam a banda com perfeita sincronia como um sétimo membro do Dark Tranquillity, agregando muito em termos visuais, tornando o show, uma experiência sensorial.
O carisma de Mikael Stanne é, em muitos aspectos, inigualável, e desde o começo já tinha o público na mão, o que fez com que a Clash viesse abaixo novamente com o empolgante clássico The Treason Wall, com o público cantando a melodia principal em coro, um dos pontos altos do show.
O show continua com Mikael esbanjando presença de palco com The Science of Noise. Vale destacar o impressionante entrosamento de Anders, Christopher e Johan, principalmente se analisarmos que dois deles estão com a banda (até segunda ordem) apenas para essa tour. Parece que eles tocam juntos há anos.
Em um dos momentos mais mágicos do show, a banda toca Forward Momentum, single do novo álbum, exibindo o vídeo clipe no fundo em uma sincronia impecável. Vídeo clipe este, que é uma obra de arte à parte. Para este que vos escreve, Forward Momentum já é um dos maiores clássicos (e presença obrigatória em TODOS os futuros shows da banda) nessa longínqua carreira dos suecos e uma prova de que é possível se reinventar sem abandonar suas raízes. A sensação de ver essa obra prima ao vivo, com todo a presença de Mikael Stanne que, mais do que muitos músicos no mundo, sente a música que canta de uma forma única, foi indescritível.
O Dark Tranquillity continua desfilando músicas excelentes como a espetacular Terminus (Where Death Is Most Alive), uma das minhas favoritas, e The Silence In Between carregada de melodias e peso. Mikael, então anuncia que irão tocar uma música que não havia entrado no set da tour até então, e a maravilhosa The Mundane And The Magic começa. As imagens do telão mudam de tom para acompanhar o clima da música. Destaque para o vocal de Laura Giorgi do Final Disaster com uma interpretação emocionante das partes femininas do refrão.
Após a pesada Final Resistance, Mikael anuncia um clássico do brilhante Damage Done e então começa Monochromatic Stains, um verdadeiro hino do Dark Tranquillity que, com certeza, deu muitas dores de pescoço para os presentes no dia seguinte.
A banda continua com The Wonders At Your Feet, White Noise/Black Silence e a abertura do Atoma, a agressiva Encircled, após um sincero discurso de Mikael afirmando que essa música seria uma espécie de desabafo.
Outro excelente momento de Atoma com a faixa Clearing Skies, contrapondo, propositalmente, o clima mais agressivo da canção anterior prepara o caminho para Endtime Hearts e várias nuances com o telão.
A guitarra de Christopher Ammot anuncia mais um hino da banda: ThereIn e seu melodioso e emotivo refrão que deixou muitos dos que estavam cantando juntos roucos (este que vos escreve, inclusive), com certeza é uma das que não pode faltar nunca em um show do Dark Tranqullity.
A banda sai do palco com gosto de quero mais e os presentes se mantém na casa com a certeza do bis.
E a banda não decepciona, voltando com State of Trust e Through Smudged Lenses.
A banda se prepara para encerrar o show com a clássica Misery’s Crown, que fecha a conta do Dark Tranquillity em um dos ápices do espetáculo e deixando o show com gosto de quero mais.
A intensidade do Dark Tranqullity no palco é algo digno de nota. Mikael Stanne interpreta as músicas com uma sinceridade absurda. O contraste de letras pesadas e, até certo ponto, tristes e depressivas formam um lindo paradoxo ao vivo quando o público pode vê-lo sorrindo e, claramente, contente com a reação do público. Isso cativa muito todos os presentes.
A banda, coesa, técnica e com uma precisão e competência invejável aos maiores dinossauros do rock/metal mundial, também é de impressionar.
Sem nunca deixar de lado os arranjos de Martin Brändström, um dos principais diferenciais da banda com relação a outras bandas do estilo.
Apesar de não tocarem Lost To Apathy, muito pedida pelos presentes ao longo da apresentação inteira, não é possível imaginar que alguém não tenha saído positivamente surpreendidos, satisfeitos e muito felizes. Oé o tipo de banda que pode tocar na sua cidade todo fim de semana e ainda vai valer a pena assistir.
Uma noite mágica e intensa. Esse foi o presente de Stanne e companhia para os presentes e (acho que nunca falei isso de forma mais sincera), que não demorem para voltar a tocar em terras brasileiras, pois bandas desse nível são sempre extremamente bem-vindas.
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