No dia 22 de janeiro de 2012, um domingo frio e chuvoso, o guitarrista norte-americano David Torn se apresentou no teatro do Sesc Belenzinho. O pequeno porém seleto público aguardava ansiosamente o início do espetáculo no aconchegante teatro do Sesc.
Texto e Fotos: Rogerio Suenaga
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O show iniciou pontualmente as 18 horas, e os três integrantes que compõe a banda: David Torn (guitarra), Ches Smith (Bateria e eletrônicos) e Tim Berne (alto saxofone) realizaram uma apresentação um tanto particular e discreto.
Basicamente o que foi apresentado neste show foi o puro improviso e versatilidade de cada membro da banda.
David Torn colaborou em trabalhos de vários outros artistas de renome como David Bowie, Jeff Beck, Sting, entre outros. E como não conhecia o seu trabalho solo, jurava que iria ver um grande guitarrista virtuoso, muitas firulas e solos de guitarra, um grande erro… (risadas)… David Torn apresentou-se de forma discreta a sua música, onde explorava os efeitos de guitarra através de sua parafernália eletrônica com ruídos e ecos, onde pouco se via o guitarrista tocando o seu instrumento e todos os acordes atravessava boa parte da música complementando com os demais instrumentos ao longo de trinta minutos, aproximadamente cada música.
Outros pontos altos do show foram as performances do baterista que deu um show a parte. Ches Smith é um jovem instrumentista e muito talentoso, e a pequena bateria eletrônica usada a exaustão, literalmente foi surrada por ele. Tim Berne é um outro grande instrumentista que, discretamente, compôs o espetáculo nesta noite, com solos de sax belíssimos e grandes improvisos em momentos de pequenas falhas técnicas nos instrumentos de seus companheiros.
O repertório foi uma gama de improvisações, que adentrou no jazz fusion, rock progressivo e pairando pela música eletrônica. O show foi discretíssimo e o set list um tanto curto, apresentando apenas duas músicas no show e uma terceira no bis, totalizando 80 minutos de uma grande viagem musical.
Após o show, David Torn e seus companheiros de banda circulavam a vontade pelo saguão do teatro do Sesc, onde conversavam, tiravam fotos com os fãs e autografavam os cds.