Dia Metal 1 @Rock in Rio – Rio de Janeiro/RJ (19/09/2015)
Postado em 22/09/2015


Todo Rock in Rio é quase a mesma coisa, sempre com muitas críticas ao cast do Festival, a loucura pela procura por ingressos, os preços da alimentação sempre altos divulgados anteriormente, mas chega a época do Festival quem vai se esbalda e quem não vai ou crítica por não estar lá ou fica assistindo e se divertindo com as transmissões simultâneas.

Esse ano tudo se repetiu mas o que muita gente não sabe é que o Festival que comemorou os 30 anos da primeira edição( em 1985 ). O Rock in Rio trouxe vida especialmente ao Pop Rock brasileiro onde muito do que vivemos hoje teve seu inicio no Festival, colocando a América do Sul nas Rotas das grandes turnês internacionais.

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Voltamos ao festival de 2015 que com sede fixa na Barra da Tijuca desde a edição de 2011 traz algumas vantagens no deslocamento como os Ônibus Primeira Classe que de pontos estratégicos da cidade levam o público direto para o Festival, ou até o Terminal Alvorada via ônibus BRT,  porém vale destacar que Taxi e carros particulares, só podem chegar até uma certa distancia do local do Show e não fica fácil ir a pé.

Após a entrada a maioria sempre entra olhando de cara o maravilhoso palco mundo e neste ano tínhamos uma fonte com o nome do Festival para que as pessoas fizessem o registro de sua chegada no mesmo, que claro era concorridíssima. Rapidamente me desloquei ao Palco Sunset, pois as  atrações deste dia 19 realmente chamava a atenção e os shows seriam bem diretos.

Noturnall

A primeira atração do Palco Sunset, que já estava bem lotado, tivemos a estreia do Festival do Noturnall, que até mencionamos no show de gravação do DVD, quando os entrevistamos se eles estariam no mesmo e dois anos depois se confirmou e ali estavam se apresentando, Thiago Bianchi, Vocal,  Fernando Quesada, no baixo, Léo Mancini, na guitarra, Juninho Carelli nos teclados e Aquiles Priester na bateria e já arrebentando com Fake Healers, Zombies com dançarinas trajadas conforme tema da música e Fight The System já empolgando a plateia embaixo de um sol bem escaldante.

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A faixa No Turn at all, que penso até ser um bom Revival, quando as bandas usavam os respectivos nomes em músicas ou verso e isso demonstra criatividade em composição, mandou muito bem, e pensei, esse Festival começou a milhão, e ainda tínhamos apenas uns 20 minutos do primeiro show. Thiago diz as primeiras palavras e convida sua mãe Maria Odette (Famosa cantora brasileira na época dos famosos Festivais da Tv Record) e juntos cantam a música da versão em vinil do álbum de estreia de Woman in Chains do Tears for Fears

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Muitas bandas são criticadas por tocarem covers no Festival e mesmo que a anterior tenha todo um significado pela luta contra o câncer do vocalista, e embora o cover do Pantera para Cowboys from Hell poderia muito bem ter sido substituído por outra faixa dos dois álbuns que a banda já lançou.

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Nocturnal Human Side volta em grande estilo e então surge o primeiro convidado, Mike Orlando do Adrenaline Mob tocando com aquela alegria que vimos na tour que a banda fez por aqui no primeiro semestre. Thiago chama então o “grande convidado”, e certamente muitos chegaram naquele horário para assistirem a performance de Michael Kiske que quando apareceu foi ovacionado até em função de todo seu histórico junto ao Helloween, encantou todos com seu carisma primeiro cantando a faixa Expectional de sua atual banda Unisonic.

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Sugar Pill, umas das melhores faixas do Noturnall, teve uma musicalidade bem interessante interpretada por Kiske que eu havia pensado que tocaria apenas em alguns versões de seus sucessos, porém o convidado cantou muito bem a música do grupo brasileiro. O final claro que foi dentre o esperado com Thiago perguntando qual seria a próxima e a galera respondendo “I want out” que claro foi atendido e o Rock in Rio finalmente recebia uma das músicass que mais imortalizou e representa o Heavy Metal que foi feito no final dos anos 80 e presente no clássico Keeper of Seven Keys encerrando uma apresentação de muita postura da banda no Festival

Fake Healers
Zombies
Fight The System
No Turn At All
Woman in Chains
Cowboys From Hell
Nocturnal Human Side
Exceptional
Sugar Pill
I Want Out

Angra

Seria hora da redenção do Angra no Rock in Rio? A verdade é que embora na edição de 2011 o público fez bonito , cantando junto, devido aos problemas de áudio, que a banda teve e culminou com saída do vocalista Edu Falaschi, porém a fase atual bem mais tranquila, com Fabio Lione consolidado como vocalista da banda e divulgando o excelente novo álbum Secret Garden não foi difícil a banda entrar com Newborn me do novo disco e emendar com o clássico Nothing to Say e praticamente ter o grande público que estava assistindo participar cantando as letras do show.

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Mesclando clássicos como Waiting silence, conhecidíssima faixa do Temple of Shadows com as novas como Final Light e a obrigatória Lisbon que o público sempre canta o refrão e tenho certeza que você caro leitor cantou o mesmo neste momento, a banda foi pura energia com a sempre boa presença de palco da banda.

Chegava a hora da primeira convidada que Fabio Leone fez questão de introduzir como a Rainha do Metal, a banda chama ao palco Doro Pesch  para executar a música Crushing Room também do Secret Garden onde a vocalista gravou a faixa com o Angra e sendo essa acredito a primeira vez que a mesma tenha sido executada ao vivo.

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Vale lembrar também o carisma e simpatia de Doro que com sua energia mais que conhecida e nunca escondeu o carinho que sente pelo nosso país agitou bastante indo de um lado ao outro do palco e cantando bem como sempre fez em toda a carreira da nossa Rainha.

Após Rebirth, Rafael vem ao microfone e lembra que o companheiro de longa data Kiko Loureiro agora fazia parte do Megadeth e que ali anunciaria o substituto do amigo para as datas onde ocorrecem conflitos de agenda e que o substituto seria Marcelo Barbosa da banda Almah, e ali tivemos o medley com Carry On / Nova Era já iniciando o amigo guitarrista em uma excelente prova de fogo.

Era hora de chamar o segundo convidado e enquanto era anunciado Dee “fucking” Snider, como o próprio vocalista se apresentou,  o Angra executava um trecho de You can’t stop Rock’n’Roll Dee vem ao microfone e convoca a galera “I Wanna Rock” e ai meus amigos posso garantir que os 30 anos do Rock in Rio passaram na minha frente já que em janeiro de 1985, o Twisted Sister poderia muito bem estar naquele Festival já que o próprio vocalista veio um pouco depois ao próprio Rio de Janeiro divulgar na época o aclamado Stay Hungry.

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A plateia foi ao delírio com o Angra tocando perfeitamente e faixa e Dee Snider sendo o frontman que sabemos que é, e numa sequencia mais que devastadora com We’re not gonna take it, clássico do Twisted Sister onde aquele chavão de todos cantando junto encaixa com perfeição e Doro volta ao palco cantando junto fechou a apresentação que ao olhar para o lado, percebi muitos fãs mais velhos de verem no palco duas lendas e com as novas gerações do Metal e fãs do Angra vibrarem junto com fãs do Twisted Sister e Warlock foi sem dúvida o momento mais emocionante do Festival.

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Newborn Me
Nothing to Say
Waiting Silence
Final Light
Lisbon
Crushing Room
Rebirth
Carry On / Nova Era
I Wanna Rock
We’re Not Gonna Take It

Ministry

Como havíamos perdido o Show do Ministry em São Paulo em março deste ano, essa nova oportunidade caiu como uma luva e minha surpresa foi que do público que estava no Angra muitos se deslocaram ou para comer algo ou para ir buscar uma posição melhor para o Palco Mundo e tranquilamente pude chegar na grade para as fotos que ilustram o post o que de certa forma me surpreendeu por estarmos em um dia de evento dedicado ao Heavy Metal e a banda tem uma importância impar dentro do estilo.

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A banda formada por Al Jourgensen, Sin Quirin, Cesar Soto, Tony Campos (ele mesmo do Soufly e do Cavalera Conspiracy) , Aaron Rossi, John Bechdel entraram destruindo tudo com Hail to His Majesty com o Telão mostrando o vídeo de Al Jourgensen com a intro da música e o que se viu depois foi uma aula de Industrial.

Presença de palco da banda impecável, o vocalista carismático ao extremo chama toda a atenção mas a banda tem um peso e precisão poucas vezes vistos com a banda agitando bem. Al Jourgensen brincou muito fazendo caras e bocas e o seu pedestal emblemático era quase que um sexto membro da banda.

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Ao convidar ao palco o amigo Burton C. Bell do Fear Factory que se apresentará em outubro no Brasil Al Jourgensen disse que só tocaria clássicos e verdade seja feito, fez isso com méritos e a sequencia final começou com N.W.O (New World Order) e Just One Fix , ambas do clássico Psalm69.

A importância da banda praticamente criando o Metal Industrial deve-se ao álbum The Mind Is a Terrible Thing to Taste e a banda finalizou com duas deste álbum Thieves e sua batida inconfundível e o final apoteótico para quem não arredou o pé com So What.

Hail to His Majesty (Peasants)
Punch in the Face
PermaWar
Fairly Unbalanced
Rio Grande Blood
LiesLiesLies
Waiting
Worthless
N.W.O. (with Burton C. Bell)
Just One Fix (with Burton C. Bell)
Thieves (with Burton C. Bell)
So What (with Burton C. Bell)

Korn

Jonathan Davis nos Vocais, James Shaffer e Brian Welch nas Guitarras Reginald Arvizu no seu baixo com cordas verdes e amarelas e Ray Luzier na bateria finalmente a banda de volta ao Brasil pela primeira vez após o Monster of Rock 2013 e assim como no Ministry quando descobriram e deixaram o clássico pedestal a mostra o cenário parecia completo com o logo da banda ao fundo.

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Ao primeiro pulsar do baixo tocando no melhor estilo Korn, literalmente apareceu gente de todo o lado e quem estava descansando enquanto o Ministry se apresentava e a faixa Blind do disco de estreia de 1994, e todos pulando e a banda agitando sem parar era realmente reviver os anos 90 e penso esse ter sido o ideal que o Festival pensou no line up aproveitando o que teve de melhor nesses 30 anos de Festival.

Podemos dizer que tivemos até pouca comunicação com o público comparando com as passagens de 2008 junto com Ozzy e no Monster em 2013, mas sobrou atitude, e sobrou hits de todas as faixas da banda como Falling away From me,Got The life dos saudos anos 90 com novas músicas deste século como Coming Undone de 2005 ou Here to Stay e Did my Time gravadas no inicio dos anos 2000.

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Assim como o Angra esse set variando as músicas de toda a discografia da banda não dando preferência a esse ou aquele álbum, agradou geral e certamente fizeram um dos melhores shows do Festival principalmente por fechar a noite com o Mega hit Freak on Leash.

Como diríamos nos anos 90 o Korn literalmente representou.

Blind
Ball Tongue
Need To
Clown
Here to Stay
Coming Undone
Did My Time
Got the Life
Shoots and Ladders
Falling Away From Me
Freak on a Leash

Motley

Usei o tempo do Royal Blood, para dar aproveitar e jantar  e aguardar o que seria o show mais importante do dia, já que seria a primeira e única apresentação do Motley Crue na cidade do Rio de Janeiro, pois a banda esta finalizando sua Final Tour com último show agendado para o dia 31 de dezembro em Los Angeles.

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Formação clássica, Tommy Lee, Mick Mars, Nikki Six e Vince Neil e ao apagar as luzes e a intro de moto já anunciava o primeiro hit, Girls Girls, Girls, seguida por outro Wild side e pensei nesta hora, por que não vieram com a estrutura de rodar a bateria, ai pensei, deixa para lá afinal estávamos vendo a Tour de despedida e isso já valeria a pena

O tom de nostalgia só aumentava com as seguintes como Primal Screen, ou quando Vince pegando a guitarra para tocar Same Ol’situation depois o violão para a balada Don’t Go away Mad e vendo a banda bem mais de longe os efeitos pirotécnicos que fizeram parte de todo o set era outro show a parte.

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Clássicos do Inicio de carreira como Looks that Kill e ou novos como Saint of Los Angeles todos perfeitos, mas claro da maneira que o Motley faz que sabemos que apesar de possuírem uma boa técnica não são conhecidos por ela e sim pela energia em seus Shows.

A grande surpresa do set foi a versão do Sex Pistols que fizeram para Anarchy in The U.K., tudo impressionavam  até no mega hit Shot at the Devil com o baixo de Sixx cuspindo fogo, no melhor estilo glam ou hard rock oitentista, o nome que queiram dar aquilo, eu resumo apenas diversão garantida afinal Isso é Rock!!!!!

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O set do Motley é repleto de clássicos, praticamente um Best of e ainda rolaram Live Wire e a insana Dr. Feelgood, perfeita na execução, deixando para o final Kickstar my heart onde ali se encerrava a apresentação

Alguns minutos se passaram e pensei como não tocarão Home sweet home aqui, e de repente com o telão desligado os primeiros acordes no piano para a música mais conhecida talvez deles e ai sim se encerravam com todo o louvor possível sem dúvida o melhor show da noite e deixando claro não pela qualidade técnica, mas por tudo que o Motley representou e influenciou em todos esses anos.  Fantástico do inicio e fim.

Girls, Girls, Girls
Wild Side
Primal Scream
Same Ol’ Situation (S.O.S.)
Don’t Go Away Mad (Just Go Away)
Smokin’ in the Boys’ Room
Looks That Kill
Anarchy in the U.K.
Shout at the Devil
Saints of Los Angeles
Live Wire
Dr. Feelgood
Kickstart My Heart
Home Sweet Home

Metallica

Ah o Metallica no Rock in Rio é arroz de festa etc etc e tal..mas qual o problema?, afinal a banda é sensacional e sempre que esta presente no Brasil temos que vibrar sim, pois é muito difícil eles fazeremr um Show ruim.

E até como tradição é tradição antes da intro do show Ecstasy of Gold tivemos a música do AC/DC,  It´s long way to the top com o vídeo clássico do Bang Bang e com todos no palco já começam com Fuel  surpreendendo.

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Duas na sequencia , For Who the Bells tolls e Battery sem a característica intro, Ali percebemos que existia vários fãs que faziam parte do palco e estavam atrás da bateria de Lars e não há como não pensar, que inveja, mas aquela inveja da  boa e como eles conseguiram estar lá, assinaram alguma revista de novela, um ingresso a parte ou o que? Mas uma ideia genial, feito por uma banda genial,  que certamente quem pisou naquele palco não esquecerá nunca.

Os problemas de som que ocorreram no inicio, não interferiram em nada afinal já se passava da uma hora da manhã e para quem estava desde o meio da tarde na Cidade do Rock, pouco se importava e queria mais é curtir.

Do Load veio a surpresa com King Nothing e a  sucessão de clásscos da banda não parou e com todos os chavões de James, hoje mais que tradicionais, perguntando se estavam se sentindo bem pois a banda estava bem e queria todos melhores, ou perguntando se o público queria algo mais “heavy” antes de Sad but True.

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Outra grata surpresa foi Turn the Page, que realmente não esperava no set e o final meio que apoteótico e direto com One, Master of Puppets, Fade to Black e Seek & Destroy, era simplesmente tudo que os 85 mil presentes gostariam de ver e ouvir.

O bis veio rapidamente com Whiskey in the Jar, clássico imortalizado pelo Thin Lizzy, seguido pela balada novelística Nothing Else Matter e no telão mostrando sua palheta com os dedos tatuados com a palavra Riff praticamente emenda com a intro de Enter Sandman que sempre finaliza o show do Metallica e no Rock in Rio não foi diferente.

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The Ecstasy of Gold

Fuel

For Whom the Bell Tolls

Battery

King Nothing

Ride the Lightning

The Unforgiven

Cyanide

Wherever I May Roam

Sad But True

Turn the Page

The Frayed Ends of Sanity

One

Master of Puppets

Fade to Black

Seek & Destroy

 

Encore:

Whiskey in the Jar

Nothing Else Matters

Enter Sandman

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Um show dentro do esperado, porém mais que espetacular e só acrescenta ao festival mostrando a importância do Heavy Metal dentro de festivais do estilo do Rock in Rio.

Fatos Negativos do Festival, claro que teve, e sim citaremos no intuito da sempre melhora do mesmo, e vamos começar com a fila e atendimento das lanchonetes deixou bem a desejar e o público que em uma época que queremos melhorar nosso país ainda algumas pessoas insistem em querer levar vantagens cortando fila, sendo mal educados e os famosos etc etc etc… e em um dos melhores festivais do mundo isso realmente não pode acontecer, bem como a saída dos ônibus de Primeira Classe, que do nome realmente não teve nada e esse serviço bem idealizado realmente deveria ser melhor executado.

PARABÉNS ROCK IN RIO e SIM mais uma vez voltaremos em 2017.

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