Eu poderia ter escrito essa resenha antes, mas por gostei tanto desse material que resolvi fazer agora, na realidade, a falta de tempo também atrapalhou.

Eu ouvi Dying of Everything com medo e descrença, os álbuns anteriores não estavam a altura da grandeza de uma banda tão importante como o Obituary. Esse material é diferenciado, percebi de imediato após a audição, 03 vezes, realmente vale a pena. É um álbum vigoroso, sangrento, odioso e agressivo, calcado no molde dos primeiros trabalhos do Obituary do início de sua carreira. É claro que a chegada de Ken Andrews deu uma nova vida à banda e era algo que era necessário.

O álbum começa com “Barely Alive”, uma canção veloz e ríspida, mas por outro lado também é uma receita testada em vários álbuns como Treatening Skies, Back from the Dead, Brave, entre outros. É bom que isto prenuncie o que está por vir. “Torn Apart”, é uma faixa épica e raivosa, na minha humilde opinião, o divisor de águas dessa grande obra. Faixas como “The Wrong Time”, que ganhou um clipe, assim como “Without a Conscience”, que traz um clima mais alavonte e carrega elementos que lembra o World Demisse, de 1994. Na mesma pegada, um pouco mais escondida que a anterior, vem “War Will to Live”. “By the Dawn”, talvez seja a mais simples, mas sem deixar de ser uma boa canção, que segundo declaração de Donald Tarde, é uma de suas canções prediletas do álbum. “Weaponize The Hate” que claramente demonstra o quanto é odioso esse material. “Be Warning”, tem elementos do doom metal e lembra o Cause of Death, de 1990, e fecha brilhantemente esse álbum.

Não sou o dono da verdade, mas arrisco em dizer que foi o melhor álbum de death metal lançado em 2023.