Edenbridge: Entrevista Exclusiva com Lanvall
Postado em 18/09/2017


Primeiro de tudo, as nossas desculpas…

Imagina aquele desespero de nós editores, quando seu computador da aquela travada, seguida da temível tela azul e você perde quase todo seu trabalho, e após meses de recuperação do HD finalmente poderemos lançar várias entrevistas que vocês lerão nas próximas semanas, e a primeira que escolhemos é esta com o carismático e excelente guitarrista Lanvall.

Uma das bandas que sempre é citada para Festivais quando se tem algum tipo de votação aqui no Brasil e um dos nomes mais fortes do metal Simfonico, e no momento do lançamento do ” A Great Momentum” e agora a banda está em Crowdfunding para o lançamento de um álbum ao vivo ( Inclusive nós já estamos participando).

Com vocês um dos gênios da seis cordas, o excelente guitarrista Lanvall do Edenbridge.

A Ilha do Metal – ) Bem vindo ao Brasil bem vindo A Ilha do Metal, vamos começar perguntando como você define a música do Edenbridge?

Lanvall – ) Bem, quando começamos, nós inventamos o termo ‘Angelic Bombastic Metal’ para nossa música, e depois percebemos que tocamos Metal Sinfônico, considerando que nossa música é muito orquestral, com elementos de orquestras verdadeiras. E claro, tocamos metal, então acho que Metal Sinfônico define bem a nossa música. Todavia, acho que somos diferentes das outras bandas do mesmo gênero, porque combinamos muitos estilos diferentes em nossas músicas

A Ilha do Metal – ) A mescla da música clássica com o Heavy Metal é perfeita, e a maioria dos guitarristas sempre falam disso, e você já tocou com orquesta,, e pergunto qual a vantagem e se você imagina em tocar com uma orquesta algum dia?

Lanvall – ) Normalmente eu não toco com uma orquestra filarmônica. Eu estudei partitura em casa, o que é uma vantagem porque não precisamos contratar alguém extra, eu mesmo escrevo nossas partituras. Acho que isso é uma vantagem que temos sobre outras bandas.

A Ilha do Metal – ) vocês conseguem muito bem inserir guitarra e piano, 

Lanvall – ) Eu comecei a tocar piano com 7 anos, tive aulas por 12 anos, e depois eu comecei a tocar guitarra, então domino bem os dois instrumentos. Isto é uma grande vantagem quando se escreve as músicas, porque por um lado você pode escrever todos os seus riffs, e por outro lado todos os efeitos bombásticas. Então ambos os instrumentos são muito importantes e eu tento combiná-los no palco, revezando entre a guitarra e o teclado. O teclado é muito importante para criar a atmosfera bombástica de nossa música, mas claro que a guitarra é muito mais importante.

A Ilha do Metal – ) Se eu não me engano a última passagem de vocês por aqui foi em 2002, pretendem voltar?

Lanvall – ) Não, infelizmente não aconteceu. O show de 2002 estava planejado, mas foi cancelado poucos dias antes. Então nunca estivemos no Brasil, infelizmente. Já planejamos várias vezes. Nós adoraríamos tocar no Brasil, porque acho que temos muitos fãs no Brasil, e gostaríamos de tocar para eles um dia. Então, espero que algum produtor se interesse. O novo álbum será lançado no Brasil, assim como já temos um álbum que foi lançado oficialmente no país.

A Ilha do Metal – ) O último lançamento  “ A great Momentum” é excelente e pergunto como foi o clima das gravações para terem um resultado como esse?

Lanvall – ) Claro que o ambiente entre músicos é importante, mas eu diria que este peso maior no álbum foi um desenvolvimento natural. Usamos diferentes sons da guitarra base desta vez, o que ajudou em todas as partes da guitarra, e deixou mais espaço para a voz e também para a orquestra. Acho que foi a produção mais tranquila que tivemos até hoje, tudo ocorreu bem, o novo baterista fez um trabalho excelente gravando toda a parte dele em apenas 9 horas. Sim, ele é um baterista fantástico. Tivemos bastante tempo também, tivemos mais de três meses para as gravações, em nosso próprio estúdio então não nos estressamos com o tempo e pudemos extrair a mágica de cada momento. Também acho que a nova formação da banda é ótima, é incrível. Estamos fazendo os primeiros shows agora. Acho que toda esta atmosfera se reflete na música, é claro.    

A Ilha do Metal – ) “Shiantara” é o novo single e tem uma poderosa introdução, na minha opinião abre um show incrivelmente, e a pergunta é quando você está compondo você pensa como a música se comportará no palco em qual parte do show?

Lanvall – ) Não, de jeito nenhum. Acho que se você escreve uma música pensando em como ela vai soar ao vivo, isto te tira a liberdade de escrever o que realmente quer. É claro algumas músicas funcionam bem ao vivo e outras não. Em nosso novo álbum, as músicas funcionam bem ao vivo, podemos tocar todo o álbum. Então primeiro, eu tento fazer um bom álbum sem pensar muito no palco, e depois vemos quais músicas se encaixam melhor para um show ao vivo.

Nestes tenpos digitais, streaming e tudo mais, do mesmo tempo que você  alcança mais pessoas, os downloads quase que avacalham com tudo, como lhe dar com isso?

Lanvall – ) Eu considero a internet extremamente importante nos dias de hoje. Se você posta alguma coisa no Facebook, atinge milhares de pessoas imediatamente, de modo que atualmente a internet se tornou muito mais importante que as revistas impressas. Em países do centro europeu como Alemanha, Suíça, Áustria, a presença do produto real ainda é muito presente. As pessoas adoram comprar o CD, o vinil, as ‘boxset’. Claro que os ‘streamings’ e ‘downloads’ tem crescido demais. Eu acho que tudo isso é bom, as pessoas podem conhecer nossa música e ouvir nossa música. Mas claro que é importante que eles comprem o material oficial, pois dependemos disso para sobreviver como banda. Então, cada maneira de consumir a música tem um significado importante.

A Ilha do Metal – ) O novo álbum se comprar a edição especial tem um CD bonus inteiramente instrumental das mesmas músicas , como foi essa decisão?

Lanvall – ) Sempre adorei fazer isso, na maioria de nossos relançamentos dos 5 primeiros álbuns, tem também um CD bônus com as músicas em versão instrumental, e os principais motivos são, primeiramente, que assim permitimos que as pessoas escutem os instrumentos, porque nossa música é bastante complexa, e se você escuta sem os vocais, consegue explorar melhor as diferentes partes da música. O segundo ponto é que aqui na Áustria nossa música instrumental é frequentemente usada para informar a previsão do tempo , o que é ótimo;  e o terceiro motivo é que as pessoas podem cantar junto, como numa versão karaokê.

A Ilha do Metal – ) Vocês tocam no Cruzeiro 70.000 Tons of Metal, Como é tocar nesse Cruzeiro, não como fã de música pesada, mas como um músico, já que para nós fãs, é perfeito.

Lanvall – ) Sim !! Foi fantástico, conhecemos muitos fãs lá. Nós tocamos com o pessoal do Angra de novo e nos divertimos juntos. Eu acho que o 70000 tons of Metal é um cruzeiro em que toda banda deveria tocar pelo menos uma vez, porque é uma loucura socializar e fazer festa com 4000 fãs. A única coisa negativa é que tivemos problemas com as guitarras e embarcamos sem guitarras. Tivemos que ver que bandas tinham guitarras sobrando que poderiam nos emprestar, e o Revocation nos emprestou e assim pudemos fazer os shows.  Mas foi uma viagem maravilhosa!

A Ilha do Metal- ) Você vive em Linz na Austria, Como é a cena em seu país?

Lanvall – ) Não é muito grande, algumas bandas que destacam no Metal Melódico, mas de modo geral é um país pequeno com uma cena pequena. A Alemanha é um grande mercado, e lá nos entramos nas “paradas”, o que é bom. Eu acho que o álbum está sendo bem recebido.

A Ilha do Metal – ) Uma pergunta que gosto de fazer a músicos de diversas partes do mundo, qual a melhor e pior parte de ser um músico?

Lanvall – ) Eu acho que a melhor coisa de ser músico é ser movido pela música, tentar sempre criar a melhor música, fazer o melhor possível. E claro, ter o direito de tocar ao vivo como músico, estar em contato com os fãs, toda a atmosfera. E descobrir o mundo! Já tocamos na Rússia, duas vezes na Coreia, em toda a Europa, tocamos agora no mar do Caribe, Vietnam, China, temos visto muito do mundo. A pior coisa em ser músico é que não ganhamos o suficiente, não somos bem recompensados financeiramente pelo que fazemos, isso eu diria que é a parte ruim. Mas não fazemos isso pelo dinheiro, e sim pelo bem da música.

A Ilha do Metal – )Agora uma brincadeira, que também gosto de fazer se fossem gravar um cover que não é Metal, qual cover seria?

Lanvall – ) Bem, até hoje só fizemos um cover, “For Your Eyes Only” do filme do James Bond, que não é metal. Foi uma faixa interessante para um cover, lançamos um single dela. No momento não tenho planos de fazer nenhum outro cover no momento, mas há 10 anos atrás foi uma boa escolha. Se eu fizesse um cover hoje, é uma pergunta difícil. Ahh… maybe “Skifall” from Adele, porque é uma de minhas músicas favoritas, me dá um arrepio na espinha escutar a voz dela e a música em si. Então acho que seria uma boa escolha

A Ilha do Metal – ) O que podemos esperar do Edenbridge?

Lanvall – ) Não tenho a minima ideia! Espero fazermos muitos mais shows, e claro vai haver um novo álbum. Em algum momento, espero que logo. Para começar a escrever um álbum, eu preciso de novas ideias e inspiração, e espero que esta inspiração volte logo. Temos que esperar para ver. E sim, adoraríamos tocar no Brasil! Se você conhece produtores confiáveis, diz pra ele que adoraríamos ir ao Brasil.

A Ilha do Metal – ) A Mensagem final…

Lanvall – ) Fala pessoal, aqui é o Lanvall do Edenbridge. Quero agradecer a todos os nossos fãs brasileiros, pelos numerosos emails e contatos. Espero ir ao Brasil logo. Obrigado!

 

Se preferir ouví-la em inglês.

You can listen the interview here.

 

 

A ILHA DO METAL tem o Apoio Cultural da T4F – SOLID ROCK FESTIVAL

SOLID ROCK – DEEP PURPLE, LYNYRD SKYNYRD E TESLA
Cerveja Oficial: Heineken
Realização: TIME FOR FUN

CURITIBA (PR) – Pedreira Paulo Leminski

Data: Terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Ingressos: de R$ 145 a R$ 660 (ver tabela completa)
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.

Pontos de venda no link: http://premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=pdv

SÃO PAULO (SP) – Allianz Park

Data: Quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Ingressos: De R$ 130 a R$ 580 (ver tabela completa)
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.

RIO DE JANEIRO (RJ) – Jeunesse Arena
Data: Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017.
Ingressos: de R$ 125 a R$ 650 (ver tabela completa)
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.
 

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