Eminence é uma das maiores bandas do Brasil, com um enorme sucesso fora do nosso país, vindo diretamente do Estado de Minas Gerais, e com um álbum recém lançado, intitulado Stalker.
O site A Ilha do Metal conversou com o vocalista Bruno Paraguay e o guitarrista Alan Wallace nesta entrevista exclusiva e lembramos que o line up da banda se completa com, André Márcio , Bateria e Thiago Correa no baixo e nesta entrevista tanto o vocalista Bruno quanto o guitarrista Alan falaram sobre desde membros da antiga formação, as gravações do novo álbum, os próximos passos da banda e sobre conquistar merecidamente o público brasileiro que é sedento por apresentações aqui da banda.
1-) Como foi o começo da banda e o diferencial do som, já que esse não é o som característico do metal feito ai em Minas Gerais que é predominantemente Death metal com grandes lendas de nosso país?
Alan Wallace: eu formei o Eminence com a intenção de fazer um Thrash Metal diferente do que estava rolando aqui em Minas, essa foi a ideia inicial e deu certo. Começamos a tocar pela capital e pelo interior de Minas Gerais
2-) O Eminence sempre foi conhecido como a banda do Jairo, ex Sepultura, que já não esta mais na banda, porém sempre com muito sucesso mais no exterior do que no Brasil, Então acaba sendo duas perguntas, como lidar com a historia de ex sepultura e ser reconhecido mais lá fora que no Brasil.
Alan: não temos problemas em lidar com Ex Sepultura até porque um membro do Sepultura Paulo Xisto gravou com a banda 3 faixas do CD “The Stalker”. Somos amigos do Sepultura e por sermos da mesma cidade existe muitas comparações mesmo eu achando que fazemos um som completamente diferente deles! Temos muitos fãs em Minas Gerais , Recife, São Paulo mas o restante do Brasil ainda não conhece o Eminence. Sempre tivemos mais oportunidades fora do Brasil
3-) Como foi as gravações de seu último lançamento, o excelente Stalker, e o que diferencia ele do anterior? O que o produtor influenciou no novo trabalho?
Bruno Paraguay: as gravações foram ótima! Chegamos extremamente preparados em estúdio com plena consciência do que queríamos e deveríamos saber, mas sem saber ao certo o que esperar com o resultado final. Mas isso foi bom pois quando paramos pra ouvir todo o album ficamos surpresos, lembro de sentar na sala do apartamento onde o Tue estava hospedado aqui em BH. chegamos e colocamos pra tocar e ficamos todo mundo calado ouvindo, só trocando os olhares do tipo, pqp que ducaralho (risos). Acho que a grande diferença desse para as gravações do álbum anterior é ansiedade e momento diferente a qual a banda vive com a nova formação, vocal novo, ideias novas o que fez com que o “The Stalker” fosse algo ainda mais importante no momento.
4-) Como surgiu a participação do músico Pj no Jota Quest no CD? Como surgiu o convite? Eu particularmente gostei por ser um convidado fora do metal pois assim abre mais a cabeça de todos que acompanham o estilo
Bruno: que bom que gostou, nos também adoramos a participação e do Paulo. Ambas foram espontâneas. Estávamos gravando no estúdio do JQuest e o PJ, e também assim como todos os outros caras da banda nos viram ali como uma novidade, viramos ponto turístico durante as gravações. Acho que aquelas paredes nunca tremeram tanto antes (risos). E fizemos o convite/desafio pro PJ e prontamente ele aceitou e deixou todo mundo de cara! Foi foda!
5-) Como está sendo a divulgação do álbum pela gravadora ? E como está a resposta do disco?
Bruno: Não existe gravadora até o momento. E a resposta dos nossos fãs vem sendo muito positiva e da critica também! Não só do Brasil, mas fora do país estamos recebendo vários reviews positivos do “The Stalker”!
6-) Como foi a escolha do primeiro single para que tivessemos o clip, como foi a concepção da ideia do clipe
Bruno: o primeiro single na verdade foi da musica “No Code”, que ganhou um lyric vídeo feito pelo Digo Gazzinelle. E nesse caso foi apenas da vida a letra baseando na arte da capa. Já “Unfold”, a qual gravamos um videoclipe com a banda, foi feito pela empresa e parceira toca filmes em BH. A ideia e desafio era não parecer com os demais, mas queríamos que tivesse a banda tocando. foi aí que chegamos no formato de estarmos tocando numa pegada meio ensaio. E pra não ficar só nisso inserimos inserts de imagens que casam co o contexto geral da letra. Coisas que representasse a ganância, vaidade, corrupção e pessoas corrompidas.
7-) Na era do Mp3 / facebook / Internet como a banda trabalha em cima das redes sociais e qual a decisão de liberar toda a discografia para download gratuito? E qual o feedback que tiveram por liberarem os downloads.
Bruno: como sempre falo, O álbum vai estar pra download gratuitamente em algum lugar para as pessoas baixarem, então porque já não partir isso de nós mesmos? Quem realmente gosta daquela cultura do CD, vinil…. daquela coisa com o encarte enquanto ouve as musicas não deixará de comprar por isso!
8- Vocês não são uma banda nova, e pergunto, vocês conseguem viver só da música ou todos tem outro emprego, e caso possuem outro emprego como conseguem acertar as agendas para excursões?
Bruno: infelizmente não. Todos têm seus trabalhos paralelos, porém como cada um trabalha pra si mesmo e é seu próprio patrão fica muito mais fácil para que possamos continuar tocando mundo afora sempre que a oportunidade é dada!
9-) No Brasil é muito comum as bandas de abertura terem que pagar para participar do evento, ou de um show de uma banda grande. Aqui no Brasil isso é chamado Pay-to-play. O que acham desta prática?
Bruno: existe isso em todos os lugares do mundo e continuará enquanto existir bandas pra financiar esse tipo de coisa.
10-) Se você pudesse escolher 5 momentos marcantes, bons ou ruins, da carreira do Eminence qual seria.
1) Primeira longa turnê do Eminence 65 shows em 87 dias;
2) Abrir o show do Motorhead;
3) Tocar no Japão e Rock Al Parque (Colombia);
4) Quando Tue Madsen resolver produzir o album “The God Of All Mistakes”;
5) Abrir o show do Mercyful Fate
11-) Voltando ao Stalker gostaria que a banda definisse ele, bem como em poucas palavras toda a discografia da banda.
“Chaotic System”: primeiro álbum com músicas mais grooves e muita pancada foi o nosso cartão de entrada no Brasil;
“Humanology”: segundo álbum, gravamos 17 faixas e criamos algumas músicas com contratempos. Um album de Thrash Metal dos anos 90 eu acredito;
“The God Of All Mistakes”: terceiro álbum do Eminence, onde usamos afinações diferentes e foi todo o começo para o uso de sampler nas músicas e vozes melódicas. Um álbum experimental que deu certo e abriu as portas no velho mundo para o Eminence;
“The Stalker”: dedicamos muito a este álbum tivemos mais tempo para trabalhar em todo o timbre e foi o primeiro trabalho de estúdio do Bruno Paraguay com o Eminence, acho que é o nosso melhor trabalho até hoje.
12-) Obrigado a banda e sintam-se livre para enviar uma mensagem a seus fãs e esperamos que toquem logo aqui em São Paulo.
Alan: muito obrigado pela entrevista e esperamos em breve estar ae em SP www.eminence.com.br
Bruno: não vemos a hora de tocar na capital paulista, nunca tocamos por ae antes e seria otimo poder estar o mais cedo possível ae! No mais muito obrigado pelo espaço e apoio!
Categoria/Category: Entrevistas
Tags: Eminence
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