Mais um dia de invasão headbanger no Carioca Clube, casa esta que para quem nunca foi não sabe o terror ao ler a placa com a listagem das próximas atrações no local, mas apesar disso, há algum tempo o Carioca Clube vem sendo uma ótima alternativa para shows menores, e foi neste cenário que o produtora Seven Stars trouxe o Evergrey devolta ao Brasil, após 2 anos desde sua última apresentação.

Resenha: Edu Escobar
Fotos: Bruno Bergamini
O Evergrey é atualmente formado por Tom Englund (vocal e guitarra), Rikard Zander (teclado), Johan Niemann (baixo), Hannes Van Dahl (bateria) e Marcus Jidell (guitarrista), estes três últimos entraram em 2010 na banda e vieram ao Brasil pela primeira vez, divulgando o mais recente trabalho, o ótimo “Glorious Collision” na “Glorious Collision Brazillian Tour 2011”.

O show com início marcado para as 20 horas, começou com poucos minutos de atraso, com as músicas “Leave It Behind Us”, do último álbum, o que deixou o público bem entusiasmado, na sequência vieram “Monday Morning Apocalypse” e “As Lie Here Bleeding” com Marcus mostrando bastante empolgação indo de um lado ao outro no palco com sua guitarra. Antes de uma pequena pausa, a banda emendou a música “The Masterplan” que foi muito bem recebida, e fez o público todo cantar seu refrão fácil.
Pequena pausa para conversar com o público – e principalmente beber -, Tom além de cumprimentar os fãs paulistas dizia também ter aprendido uma expressão tupiniquim pouco antes do show, e como era de se esperar, coisa boa não era, digo apenas que ela rima com a palavra carvalho, o que fez todos darem boas risadas antes da continuação do show.

“Rules of the Mind” e “Mark of the Triangle” não demonstrarão tanta resposta da plateia, mas tudo bem, pois soaram como um prelúdio para o último sucesso da banda, a música “Wrong” com a belíssima interpretação de Tom e a atmosfera dos teclados de Rikard, resultado: público cantando em uníssono, muitos aplausos e gritos de “Evergrey, Evergrey” por todos os cantos.

Na sequência veio a também ótima “Blinded” onde os refrões ficaram em parte por conta do público, que não decepcionou e mostrou estar ensaiada com a banda, por falar em banda, muito se suspeitava da performance dos três novos membros neste show, mas Johan, Hannes e Marcus mostraram a que vieram, e esbanjaram técnica – era engraçado ver Johan, o baixista, fazendo sinal de chifres discretos para o público, com uma certa timidez.
A sequência final ficou por conta das músicas “Solitude Within”, “Nosferatu” – duas músicas ótimas que só abrilhantaram ainda mais o set-list da banda -, a balada “I’m Sorry” e a emocionante interpretação de Tom afrente dos vocais, e “Frozen” que evidencia a linha metal moderno característico do Evergrey. Muitos aplausos, muita bebedeira, mas muita coisa ainda estava por vir!

Pouco tempo depois, a introdução de “When the Walls Go Down” com apenas o tecladista Rikard Zander e o baterista Hannes Van Dahll no palco tocando durante alguns minutos, logo depois toda a banda volta, trazendo o peso restante da música.
O encore continuou com a conhecidíssima “Recreation Day”, “Broken Wings” e para fechar, o indiscutível maior sucesso da banda, “A Touch of Blessng” que foi o ponto alto da noite, com todos cantando em uníssono, pulando e bangueando, em uma bagunça organizada em que o pensamento só poderia ser um: um show para guardar na memória!

Alguns momentos bem legais de interatividade com o público durante o show foram quando o tecladista Rikard tocou um ritmo de samba, e depois rapidamente Tom disse algo como “Fuck the samba, let’s drink” retornando ao set-list e em outro momento, depois de entornar alguns goles, Tom sentou no palco com seu amigo Jack Daniels, enquanto Marcus fazia seu solo virtuoso e o restante bebia cerveja.

Set-List:
Leave It Behind Us
Monday Morning Apocalypse
As I Lie Here Bleeding
The Masterplan
Rulers Of The Mind
Mark Of The Triangle
Wrong
Blinded
Solitude Within
Nosferatu
I’m Sorry
Frozen
Encore:
When The Walls Go Down
Recreation Day
Broken Wings
A Touch Of Blessing
Galeria de Fotos: