Após anos soltando o verbo contra seus, então ex-companheiros banda e juras de que nunca voltaria a tocar novemente com o Exodus, Steve “Zetro“ Souza acabou pagando com a língua e após a saída de Rob Dukes, ele novamente se juntou a Gary Holt & cia.
A volta de Souza a banda trouxe grande expectativa não só em relação ao futuro álbum da banda, “Blood In, Blood Out“,(já que a maioria dos fãs consideram as músicas da época de Zetro, melhores que as de Rob Dukes) mas também em relação aos shows, pois grande parte da geração dos anos 2000 nunca havia visto shows com ele nos vocais. (No Brasil seria a primeira vez pois em 2004, ele largou a turnê no meio pouco antes de passar pelo nosso país).
O público então faz a sua parte e ESGOTOU os ingressos para o show na capital paulista, ajudando assim a campanha “Metal do Bem“, quem levasse um quilo de alimento não perecível ganhava um considerável desconto no preço do ingresso.
Por volta das 17 hr, já se podia ver um imenso amontoado de gente na frente do Carioca Club, muita gente estava na procura de desesperada de um ingresso para assistir aos americanos e infelizmente muita gente ficou para fora.
A abertura do show ficou por conta dos veteranos do MX, que retornou aos palcos em 2012 após anos de hiato, nos anos 80 o grupo era chamado pelos mais aficionados de “Exodus Brasileiro“; Clássicos como ” Mental Slavery”, “Fighting for the Bastards “, “Dead World “, “Jason “ e “Dirty Bitch “ não ficaram de fora e fizeram a alegria dos que estavam no mosh pit.
Precisamente as 20 hr com as cortinas ainda se abrindo, Souza vem a frente enquanto, Gary Holt (guitarra), Jack Gibson (guitarra), Tom Hunting (bateria) e Lee Altus (guitarra) já estão posicionados, os riffs da faixa-titulo do maior clássico da banda começa a soar nos PA’s, Bonded By Blood, chega para abrir o imenso e frenético mosh pit que só aumentava ao longo da apresentação, o publico berrava, bangueava e pulava frenéticamente ao som do clássico.
“Scar Spangled Banner” faixa que abre o aclamado album tempo “Tempo of the Damned“ vem na sequencia.
Na primeira pausa da noite Steve diz: “Caramba São Paulo, muito obrigado e sejam bem-vindos ao nosso show, essa é a minha primeira vez no país, eu sempre ouvi por ai como vocês são insanos, espero que essa roda continue a noite inteira.“ E então anuncia “And Then There Were None “, com seu jeito desengonçado de banguear ele a todo momento instiga o público a cantar junto.
“Iconoclasm“ faixa cantada por Rob Dukes que agora ganha uma nova forma com Zetro vem em seguida.
O vocalista mais uma vez instiga: “São Paulo é hora de vocês se renderem ao comando do metal“. Claro, era a vez de “Metal Command“ um dos maiores clássicos do grupo e sem dúvida nenhuma dono de um dos melhores refrões do thrash metal, todos berravam em plenos pulmões os versos da faixa.
“São Paulo hora de voltar aos anos 80, hora de transformar esse lugar em um desastre fabuloso“, Souza agora da a deixa para “Fabulous Disaster“ faixa título do álbum de 88, um dos mais aclamados e adorados pelos fãs.
Temos então uma sequencia de tirar o folego “Children of a Worthless God“, “Piranha“, e “Pleasures of the Flesh“, Gary Holt sempre impecável bangueando e movendo sua guitarra de um lado para o outro enquanto tira riffs rápidos, cortantes e solos precisos.
Steve então instiga “São Paulo eu ainda acho que vocês precisam aprender uma lição.“ Lógicamente era a vez de “A Lesson In Violence“, as atenções se voltam para o Mosh Pit, que se mantem frenético.
Gary e Tom começam a ensaiar em seus respectivos instrumentos os sons de “Ole, Ole, Ole“, o público então faz a sua parte, Souza então brinca “São Paulo, desse jeito eu terei que botar o nome de vocês em minha lista negra“, era a deixa para “Blacklist“, mais uma do álbum de 2004, que o público cantou plenos pulmões.
Sem descanso tivemos “War Is My Shepherd“e “The Toxic Waltz“, Zetro vai mais uma vez ao microfone “São Paulo agora é a hora em que vocês dão o show, então se preparem para o ataque da besta“, sim, chegou a hora de “Strike Of The Beast“, clássico do debut da banda, que ficou marcado nos shows do grupo pelos grandes “Wall Of Deaths“ organizados pela platéia, e lógico que aqui em São Paulo não foi diferente, os que não participavam da brincadeira se posicionavam para filmar o que acontecia.
A banda então sai de cena, mas após os gritos fervorosos do público para a volta dos americanos eles retornam e pela primeira vez na noite, Holt resolve falar, visivelmente emocionado ele diz: ”São Paulo, Brasil, nós adoramos vir para cá, vocês fazem nós nos sentirmos em casa, aqui nós nos sentimos queridos, aqui nós nos sentimos amados, eu amo vocês, e eu também amo cachaça.“ Obiviamente após esse discurso emocionado todos aplaudiram e ovacionaram incessantemente o líder do grupo que anunciou “The Last Act of Defiance “, faixa que até então não havia sido tocada em nenhum show da turnê.
Para finalizar temos “Good Riddance“ mas antes de toca-la o grupo faz um brinde de cachaça ao Brasil, ao final sob uma chuva de aplausos eles deixam o palco do Carioca Club.
Obviamente, todos que compareceram saíram satisfeitos, pois o show foi repleto de clássicos de todas as fases. O que ficou foi a certeza de que, trinta anos após fazer sua estreia na industria fonográfica , o Exodus segue como umas das melhores, se não a melhor, banda de thrash metal ao vivo. Além de uma performance cheia de energia e agressividade, possui um repertório de clássicos como poucas.
Vale lembrar também que essa foi a primeira passagem de Zetro pelo país, sem sombra de dúvidas ela ficará marcada não só na memória do vocalista, mas também na de seus fãs que já estão mais do que preparados para receber novamente, de braços abertos a banda de São Francisco.
1 – Bonded by Blood
2 – Scar Spangled Banner
3 – And Then There Were None
4 – Iconoclasm
5 – Metal Command
6 – Fabulous Disaster
7 – Children of a Worthless God
8 – Piranha
9 – Pleasures of the Flesh
10 – A Lesson in Violence
11 – Blacklist
12 – War Is My Shepherd
13 – The Toxic Waltz
14 – Strike of the Beast
Encore:
15 – The Last Act of Defiance
16 – Good Riddance
Fotos: The Ultimate Music
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Tags: exodus • Gary Holt • Wall of Death • Zetro
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