Enquanto o boom de shows internacionais de Rock/Metal continua crescendo a cada dia no Brasil, chegamos a Abril, mês com diversas apresentações para todos os gostos e entrando no hall de shows do mês temos um dos nomes mais clássicos da história do rock, o Foreigner, que fez em São Paulo no último dia 06 sua única apresentação em solo tupiniquim neste ano.

Texto e Fotos: José Antonio Alves

Contando desta vez com Tom Gimbel (guitarra, saxofone, teclados), Chris Frazier (bateria), Jeff Pilson (baixo), Derek Hilland (teclados), Bruce Watson (guitarra) e Kelly Hansen nos vocais, a banda famosa por emplacar muitos hits nas melhores FM´s do mundo e por ter alta vendagem de discos em sua história fez uma apresentação digna de muitos aplausos em São Paulo.

O local desta apresentação foi o HSBC Brasil, na Zona Sul de São Paulo, casa já bem frequentada que contava com movimentação discreta por volta das 19h30, e quando as portas se abriram por volta das 20h, alguns dos presentes já foram buscar suas acomodações no interior da casa, esta disposta em mesas para esse show. Público este que era composto por pessoas que certamente viveram (e ainda vivem) muitas coisas boas através da música do Foreigner.

E quando as luzes no palco se apagaram por volta das 22h10, era hora do espetáculo começar. Uma breve introdução e um “Senhoras e Senhores, dêem as boas vindas ao Foreigner!” em inglês chamaram a trupe ao palco para o hit “Double Vision”, logo emendada com “Head Games”, do álbum de mesmo nome de 1979, que logo motivou a vibração do público ao seu final.

Com muita presença em palco, o vocalista Kelly Hansen sauda São Paulo e diz para todos se levantarem e tirarem seus “traseiros” da cadeira, pois aquilo era um show de Rock e foi assim que “Cold As Ice” foi executada, contando até com uma andada por sobre as mesas do público por parte do vocalista, um momento muito especial para os presentes.

O mesmo Kelly Hansen que pediu para o público ficar de pé logo depois pediu para os presentes se acalmarem com a próxima música que era mais que propícia para isso, “Waiting For A Girl Like You”, balada maravilhosa que emocionou e fez o público cantar forte. Alías, vale ressaltar a excelente qualidade de som, não há o que reclamar, todos os músicos com instrumentos em perfeita audição para todos.

Kelly Hansen, muito comunicativo, comenta o quão bom é estar no Brasil e em um dos momentos mais cômicos da apresentação, o vocalista tenta se lembrar de uma pergunta que faria em português para o público e com alguma ajudinha conseguiu fazê-la: “Quantas mulheres temos aqui hoje?’ Nem é preciso comentar a vibração das mulheres presentes, gancho mais que bem feito para emendar com “Dirty White Boy”. “Say You Will”, presente no álbum “Inside Information” de 1987 foi a próxima e de forma acústica, fato esse que de forma alguma tirou a animação do público que cantou junto mais uma vez, uma das ótimas músicas da noite.

Apresentando brevemente o “time” de músicos, que por sinal contou com a ausência neste show do mítico Mick Jones (por motivos ainda não bem esclarecidos) na guitarra e também de Michael Bluestein (com problemas de saúde) nos teclados, “Feels Like The First Time”, outro hit mais que adorado da banda só evidenciou uma performance destacada e animal da banda e também do baixista Jeff Pilson, que também fez parte da banda estadunidense Dokken, que agitava, corria e chamava o público para o show de forma impressionante.

Depois da grudenta “Urgent”, era hora dos músicos Derek Hilland e Chris Frazier mostrarem todo o talento que possuem nos teclados e bateria, respectivamente, em solos que levantaram público. “Juke Box Hero” fecharia o set regular da banda de forma épica e com grande interação de todos. Outro destaque é do guitarrista Bruce Watson, que teve a ingrata missão de substituir Mick Jones e com todos os percalços, o fez de forma notória.

Era hora do bis, e com todo o jogo de cena já tradicional, Kelly Hansen questiona o público se queriam mais. E veio mais. “Long, Long Way From Home” antecedeu aquele que talvez seja um dos hinos mais famosos da banda, e que despertou a emoção dos casais (ou não) presentes, “I Want To Know What Love Is”, baladona com direito a invasão de várias mulheres no palco cantando junto com a banda durante praticamente toda a música. O show poderia ter terminado ali e sem dúvidas muitos já se dariam por satisfeitos. Mas para fechar com chave de ouro, “Hot Blooded” deu tons finais ao show depois de pouco mais de uma hora e meia.

É mais que notória a importância do Foreigner para a história do Rock/Hard Rock, e por mais que os trabalhos de músicos como o incrível Lou Gramm e claro, Mick Jones, entre outros tenham grande e fundamental importância para tudo o que a banda já viveu, vale ressaltar que Kelly Hansen e Cia dão conta do recado atualmente e sem dúvidas conseguem trazer muitas das emoções que o Foreigner já proporcionou nos mais diversos momentos das vidas das pessoas. Esperemos que voltem logo, e enquanto isso não ocorre, veja abaixo dois  vídeos do show, um da música “Feels Like The First Time” e outro de “Say You Will”.

Setlist

Double Vision
Head Games
Cold as Ice
Waiting For A Girl Like You
That Was Yesterday
Dirty White Boy
Say You Will
Feels Like The First Time
Urgent
Keyboard Solo – Derek Hilland
Drum Solo – Chris Frazier
Juke Box Hero

Bis

Long, Long Way From Home
I Want To Know What Love Is
Hot Blooded