Free Pass Metal Fest @AudioClub – São Paulo/SP (07/12/14)
Postado em 27/12/2014


Desde anunciado o Free Pass Metal Fest gerou muita expectativa, três grandes atrações internacionais invadiram São Paulo, uma das melhores banda da Suíça, o Gotthard, e o aguardado retorno de dois grandes nomes do metal, o Hammerfall que lançou 3 álbuns desde a última vez no Brasil e o Edguy que ficou distante por conta das turnês do Avantasia, finalmente volta com um álbum novo e um grande show.

Texto: Bruno Bergamini
Fotos: Marcos “Bulino”

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Do lado de fora da Audio Club estava uma cena engraçada, a casa de shows ao lado estava realizando um evento onde era obrigatório o uso de roupas brancas causando um contraste engraçado com os fãs de metal e suas camisetas de banda sofrendo no calor infernal que fazia no dia. A situação só se agravou com o tempo por as aberturas das portas atrasaram em mais de uma hora e meia causando desconforto e impaciência das pessoas que estavam horas na fila. Por sorte o local era bem arejado, então ao entrar o alívio foi grande.

A primeira atração foi o GOTTHARD, e mais uma vez para um show mais curto, seria incrível poder assistir um show completo dessa banda considerando a performance da banda e a qualidade das composições. Pouco antes de começar o show alguns fãs começaram a gritar pelo Hammerfall, provavelmente frustados ainda pela último passagem da banda por São Paulo quando foram forçado a escutar Lacrimosa antes deles. Rapidamente outra parcela do publico gritou pelo Gotthard.

A banda entrou no palco com um grande desafio então, impressionar os fãs fanáticos que provavelmente só queriam ver o show de sua banda favorita a qualquer custo, e cumpriram muito bem. O começo foi um pouco morno, considerando que foi regado a músicas novas mas assim que as canções mais conhecidas começaram a aparecer o público foi animando mais e mais.

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Em “Remember It’s Me” o show atingiu o ápice, essa foi a primeira música lançada pela banda após a trágica perda do vocalista Steve Lee e ela se tornou indispensável no set da banda por tudo que ela representa. Vale a pena falar da presença de palco da banda, eles se movimentam muito pelo palco e passam o show todo interagindo com os fãs, nas apresentações do dia eles foram os que fizeram isso melhor. Em nenhum momento eles deixaram de tocar, se alguém tinha que parar para beber água ou trocar de instrumento, outra pessoa da banda fazia um pequeno solo ou o vocalista se comunicava com o público mantendo sempre as pessoas entretidas.

A trinca final encerrou da melhor forma possível o show, com aquele gosto de quero mais. Primeiro veio a versão da banda para “Hush” e as “clássicas” “Lift U Up” e “Anytime Anywhere”. Agora é só esperar a banda voltar para um show só deles ainda mais agora que eles definitivamente conquistaram mais fãs por aqui.

Setlist Gotthard:
1. Bang!
2. Get Up ‘n’ Move On
3. Sister Moon
4. Right On
5. Master of Illusion
6. Feel What I Feel
7. The Call
8. Remember It’s Me
9. What You Get
10. Starlight
11. Hush
12. Lift U Up
13. Anytime Anywhere

Formação:
Nic Maeder – Vocal
Leo Leoni – Guitarra
Freddy Scherer – Guitarra
Marc Lynn – Baixo
Hena Habegger – Bateria

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O HAMMERFALL parecia ser a único preocupado com horário, rapidamente a equipe da banda começou a organizar o palco para o show começar. Foram 7 anos esperando a banda voltar e a expectativa era grande. Abriram o show com “Hector’s Hymn” do álbum (r)Evolution. Quem esperava um show repleto de clássicos não se decepcionou, mesmo com 3 álbuns lançados nesse tempo longe do Brasil eles tocaram apenas 3 músicas “novas”, o resto foi dedicado aos discos mais antigos.

O show seguiu com “Any Means Necessary” e “Renagade” e com duas músicas o público já estava na mão da banda. Hammerfall é uma ótima escolha para um festival, você não precisa conhecer as músicas para cantar e agitar junto, é só ouvir a primeira parte e quando repetir é só cantar junto o que deixa show mais interessante para quem não foi exclusivamente assisti-los. Músicas como “Let the Hammer Fall” e Last Man Standing” serviram como prova para isso no show.

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[Parágrafo extra sem muita relação ao show mas que acredito que alguns fãs acharão interessante] Próximo ao final no show o guitarrista Oscar Dronjak apareceu com uma camiseta do Game of Thrones, para aqueles que prestam atenção aos detalhes a banda usa os livros como inspiração para as composições faz um bom tempo. Voltem ao álbum “Chapter V” e “Threshold” e olhem os nomes das músicas.

Encerraram a primeira parte da apresentação com “Glory to the Brave” e mais martelos caindo (“Hammerfall”), após uma breve pausa, voltaram com “Templars of Steel” e a melosa “Hearts on Fire” que você escuta e fica repetindo o refrão por um mês, terminando assim mais uma grande apresentação na noite.

Setlist HammerFall:
1. Hector’s Hymn
2. Any Means Necessary
3. Renegade
4. B.Y.H.
5. Blood Bound
6. Let the Hammer Fall
7. The Metal Age
8. Last Man Standing
9. Bushido
10. Glory to the Brave
11. HammerFall
Bis:
12. Templars of Steel
13. Hearts on Fire

Formação:
Joacim Cans – Vocal
Oscar Dronjak – Guitarra
Pontus Norgren – Guitarra
Stefan Elmgren – Baixo (Ex guitarrista da banda)
David Wallin – Bateria

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Passavam das 22h30 do DOMINGO e o Edguy ainda não havia entrado no palco. Eles trouxeram uma estrutura extra para o palco que acabou levando mais tempo para montar. Nesse tempo algumas pessoas já começaram a ir embora por conta do horário. E já era hora da banda votar ao Brasil, desde o último show (se não me engano) Tobias já trouxe o Avantasia 3 vezes para cá e nada de Edguy. Chegava hora de São Paulo matar as saudades.

Após alguns minutos, finalmente, o show começou. Foi direto uma explosão, o EDGUY demonstra muito carinho pelo Brasil por conta do comportamento dos fãs durante a apresentação que estão sempre cantando, gritando, agitando e foi assim desde as primeiras músicas “Love Tyger” e “Space Police” ambas do último disco de estúdio da banda.

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Após a apresentação das músicas novas era hora de voltar no tempo e a banda escolheu bem continuando o show com “All the Clowns” e “Superheroes”, nesta última algum fã ajudou a manter a piada viva e jogou uma tiara com orelhas de coelho no palco (se não entendeu é só assistir o clipe dessa música).

No meio do show fomos presenteados novamente com o solo de bateria de Felix Bohnke, eu não sei porque, mas ele tem que fazer solo em TODO show. Considerando que era um festival com tempo menor para o show, essa foi uma péssima escolha. Acredito que a maioria preferia escutar uma outra música do que o solo. Por falar em coisas que tomam muito tempo, Tobias em praticamente todas as músicas gasta minutos se declarando e repetindo as mesmas coisas. Mesmo sabendo o que está falando e arrancando gritos de empolgação da platéia, tem uma hora que fica chato.

A banda tocou algumas músicas a mais nos shows daqui em relação aos outros no país, “Rock Me Amadeus”, “Land of the Miracle” e “Babylon”. Um presente e tanto se não fosse o horário, quem tinha que acordar cedo na segunda ou estava na dependência de transporte público para chegar em casa acabou tendo que ir embora mais cedo e acabou perdendo a cereja do bolo, o bis, que contou com as obrigatórias “Lavatory Love Machine” e “King of Fools”.

Setlist Edguy:
1. Love Tyger
2. Space Police
3. All the Clowns
4. Superheroes
5. Defenders of the Crown
6. Vain Glory Opera
7. Drum Solo
8. Ministry of Saints
9. Rock Me Amadeus
10. Land of the Miracle
11. Babylon
12. Tears of a Mandrake
Bis:
13. Lavatory Love Machine
14. King of Fools

Formação:
Tobias Sammet – Vocal
Jens Ludwig – Guitarra
Dirk Sauer – Guitarra
Tobias Exxel – Baixo
Felix Bohnke – Bateria

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Entre as trocas de equipamento das bandas principais, no segundo palco em um local mal sinalizado, os renomados vocalistas BJ e Nando Fernandes se apresentaram para um pequeno grupo de pessoas. Foi uma ideia legal colocar músicos brasileiros mas toda a logística foi ruim, tinha só um pequeno corredor liberado para a passagem e as pessoas tinha que se apertar para passar pois tinha gente indo e voltando e a casa tinha várias portas fechadas que poderiam muito bem per sido usadas.

Espero que o festival continue nos próximos anos, a escolha das bandas foi boa, o público compareceu em peso e qualidade de som estava extraordinária, O único ponto negativo ficou por conta do horário, não tem porque, com tão poucas atrações, acabar tão tarde. São Paulo é a cidade brasileira onde o ingresso é mais caro e acabando tarde o evento, quem depende de transporte público ainda tem que programar um dinheiro a mais para pegar táxi. O festival foi realizado em um local próximo ao metrô, o melhor a ser feito é usar a estrutura disponível para o melhor conforto do público.

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